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Carlos Sperança

Solucionar problemas + Balcão de negócios + Laerte na parada + Perdendo força


Solucionar problemas + Balcão de negócios + Laerte na parada + Perdendo força - Gente de Opinião

Solucionar problemas

O poeta estadunidense Ezra Pound, como os leitores mais velhos, assistiu à passagem de um século para outro e viu fenômenos que se repetem nas primeiras décadas do século XXI: “Governar”, escreveu ele, “é a refinada técnica de criar problemas cujas soluções mantenham o povo em suspense”.

O tratamento governamental à Amazônia, desde os relatos do padre Gaspar de Carvajal, foi sempre trazer problemas, manter os povos sob constante apreensão e impor soluções sem procurar ouvir as comunidades tradicionais da floresta. As expectativas que cercam o Conselho da Amazônia, caso atendidas com democracia e bom senso, poderão vencer o crônico e permanente estado de problemas e suspense que a Amazônia vive, em meio a relatos diários de destruição, crimes, assassinatos e sofrimento.

Expert em assuntos amazônicos, o escritor Alfredo Lopes nega que a Zona Franca, cuja extinção é um sonho do ministro Paulo Guedes, da Economia, seja um problema. Sem uma base econômica como a ZF, diz Lopes, o volume de carbono emitido aumentaria em 163,8 milhões de toneladas ao ano.

Só o Amazonas, por isso e pelo que preserva, poderia ganhar US$ 145 bilhões por ano. Estudos para aprofundar e estender esse raciocínio a toda a região poderiam trazer soluções excelentes para seus povos, mas isso não vai acontecer enquanto a arte governar ainda for criar problemas.

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A preocupação

Com todo mundo voltado ao combate do novo coronavirus,  as autoridades da saúde acabaram esquecendo outras patologias como a dengue  que avança em solo rondoniense e os casos de câncer se multiplicando geometricamente. Como as doações usadas para o tratamento do câncer diminuíram em razão da crise econômica gerada pela pandemia, o Hospital do Amor já encontra dificuldades para manter toda a estrutura daquele complexo de saúde que atende toda a região amazônica e países vizinhos.

Balcão de negócios

No Congresso Nacional, em busca de uma maioria confortável para não sofrer descontroles com uma oposição cada vez mais robusta, o presidente Jair Bolsonaro volta ativar o modus operandi dos ex-presidentes com o “toma- lá- dá cá” para a captação de aliados. Os partidos do “Centrão” e o MDB devem ser a nova cara do Palácio do Planalto. Lembrando que  o líder do governo no Senado já é do MDB e com problemas na justiça no Pernambuco onde se pretende trocar o comando da Polícia Federal.

Laerte na parada

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Laerte Gomes (PSDB) chamou os assessores e anunciou: é candidato a prefeito em Ji-Paraná nas eleições de outubro – ou novembro se for adiada – e se prepara para a campanha costurando alianças. Deverá contar com o apoio do senador Marcos Rogério (DEM) e do ex-senador Expedito Junior (PSDB) no enfrentamento com o prefeito Marcito Pinto (PDT) que provavelmente terá uma grande coalizão a seu favor, inclusive o PSB.

Perdendo força

A cassação do mandato do deputado estadual Aécio da TV, cacique maior do PP em Porto Velho, prejudica a candidatura da vereadora Cristiane a prefeitura da capital. É uma candidatura ligada ao ”Centrão”, famigerada coalizão de siglas que já participou de escândalos nos governos de Lula e Dilma e com grande infestação na Lava Jato, seguiu na gestão Temer e agora se acerta com Bolsonaro para voltar as tetas governamentais.

Um exagero

Já são quase 30 pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, um exagero, pois não é momento para mais uma crise desta natureza para  causar mais problemas , sendo que o foco principal do País agora   deveria  ser o combate ao coronavirus e o equilíbrio da economia. É impressionante como a classe política pensa apenas no seu umbigo, deixando questões cruciais para a Nação de lado. Até quando?

 

Via Direta

***Curioso, enquanto governadores como Helder Barbalho (Pará) e Renan Filho (AL) bem como políticos de alto calibre com David Alcolumbre tem revelado que positivaram no coronavirus, em Rondônia nossos políticos parecem imunes a doença. Pelo menos até agora, né? *** Tudo aberto e com o pagamento dos salários do funcionalismo estadual, o comércio espera reagir no decorrer desta semana em Porto Velho depois de um mês fechado ***Impressiona Vilhena, na entrada de Rondônia, polo regional de municípios de Rondônia e Mato Grosso controlar tão bem suas fronteiras contra  o coronavirus *** A cidade tem grande intercâmbio com os estados do Sul do País e poucos casos registrados da doença ***Não demora e os deputados estaduais raivosos com o Executivo voltam a pular cirandinha com o governo estadual *** É tudo uma questão de indicação de cargos, nada que não se resolva com “diálogo” e “espaço político”. A conferir. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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