Amazônia doente?
Um clima de desalento cercou a renúncia do estimado ministro francês da Ecologia, Nicolas Hulot. Incapaz de vencer os grupos que lucram com a destruição ambiental, Hulot pediu o boné após o segundo verão mais quente da história europeia. A elevação da temperatura, segundo seu Ministério, pode provocar o breve desaparecimento das ostras no país.
É um desalento que o jornal Les Echos estendeu à escala mundial, afirmando que a região amazônica está doente. O “pulmão do planeta”, afirma, “está com enfisema”.
A Europa ainda não sabe que a narrativa sobre o “pulmão do mundo” é falsa e se desmoralizou. Na verdade, a Amazônia está mais para uma caderneta de poupança do mundo: o Brasil e vizinhos panamazônicos poupam sem contrapartidas justas.
A imprensa europeia destaca que além das 150 usinas construídas na região, mais 300 barragens estão previstas e há estimativas apontando para o desmatamento de um terço da região, modificando o regime de chuvas.
O ato de Hulot foi um ato de coragem: abriu mão do poder no auge da popularidade para dramatizar a situação mundial do meio ambiente alvejado pelos lobbies interesseiros que controlam a economia mundial. Para os ambientalistas, porém, soou como rendição.
Horário gratuito
Com o horário gratuito já a pleno vapor espera-se finalmente que o clima de eleição ganhe força. Ainda se vê muita rejeição e indiferença a classe política. O percentual de indecisos é enorme e daqueles que sequer pretendem votar, é maior ainda. Por isto está difícil até para fazer pesquisa decente para a projeção do atual cenário eleitoral.
O efeito manada
Com tantos indecisos e outros tantos se recusando a votar, a ameaça de um efeito manada para os últimos dias de campanha deste pleito é enorme. Aliás, isto já tem se tornado uma tradição nas eleições municipais de Porto Velho, tirando candidatos a prefeitos da rabeira (casos dos eleitos Sobrinho, Nazif e Hildon Chaves) que acabaram catapultados ao pódio.
A reação do eleitor
Outra coisa para se medir é o comportamento do eleitorado quanto aos políticos profissionais, há mais de trinta anos ocupando cargos públicos ou fazendo negócios com o governo, vendendo de agulha e avião. Muitos políticos enriqueceram com os esquemas de vigilância, marmitex e merenda escolar e estão aí belos e formosos, disputando cargos eletivos.
Via Direta
*** Especulações nesta fase de campanha e os chamados fak news são o que mais rolam nesta fase da disputa *** Segue o mercado imobiliário se ajustando. O maior problema é no segmento comercial. Temos centenas de salas desocupadas na capital. *** O desmatamento e a construção de usinas hidrelétricas em Rondônia tem mudado o regime de chuvas na região*** Caro leitor, em outubro, diga não aos candidatos apoiados pelos traficantes e saqueadores do Beron.
Quarta-feira, 27 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)