Sexta-feira, 12 de junho de 2020 - 09h39
Não
fosse a soma de tragédias que infelicitam o país e o mundo, este mês poderia
ser de comemoração além das festas dedicadas aos santos populares. São motivos
de satisfação, por exemplo, as ações dos governos estaduais da região para
proteger a floresta com recursos recuperados da corrupção pela Operação
Lava-Jato. Se pelo menos aliviar o desmonte progressivo que o Ibama sofre na
última década já será um fator a comemorar em festas juninas sem fogueiras nem
quadrilhas.
É
difícil, porém, festejar seja lá o que for na situação que o país vive. Com
trajetória rumo ao topo da mortalidade mundial na pandemia, o Brasil chega a um
ponto de sua história em que o mundo já não olha mais para cá cheio de
confiança no futuro melhor que a floresta amazônica poderia garantir. Olha,
lamentavelmente, com muito medo. O temor cresce quando o desmatamento dispara ao
invés de ser contido e ao se juntar, agora, com o surpreendente impacto do novo
coronavírus na região, mais grave que em outras partes do mundo.
Pulmões
fragilizados por queimadas, mutações favorecidas pela degradação do bioma e a
combinação de crimes ambientais com prevaricação governamental são fatores que
agravam os temores. Precisamos, urgentemente, de mais razões para comemorar que
para lamentar. Fundos com fartos recursos para proteger a vida e a natureza,
por certo, serão bem-vindos.
.....................................................
Pau cantando
Os
dois blocos bolsonaristas com interesses na disputa da prefeitura de Porto Velho
estão claramente rachados. De um lado a ala do deputado Eyder Brasil, que tem
apoio do governador Marcos Rocha, de outro a do deputado federal coronel Crisóstomo, coincidentemente os dois
considerados prefeituraveis. Por conta das diferenças, Crisóstomo posa de oposição
ao governador Marcos Rocha já proferindo denúncias contra o QG governista, o
CPA.
Um novo mapa
Lideranças
regionais têm lutado há pelo menos duas décadas para a criação de novos estados
na região amazônica o que desenharia um novo mapa na região Norte. O Pará, por
exemplo, seria dividido em mais dois pedaços com o surgimento dos estados de
Carajás e Tapajós. O Amazonas, pelo menos com mais um, o Estado do Solimões.
Rondônia quase rachou ao meio ainda nos anos 90, com a criação do estado do Aripuanã,
reunindo municípios de Rondônia e Mato Grosso.
O divisionismo
Ainda
na Amazônia existe o projeto da criação do Território Federal do Oiapoque no
Amapá, e seguindo a tendência divisionista
pelo Nordeste com a criação do estado do São Francisco (Bahia), da Gurguéia (Piauí).
Não faltam tentativas de emancipações pelo País afora, já que existem os movimentos
pelo estado do Pampa (Rio Grande do Sul), do Iguaçu (Paraná/Santa Catarina),
Triângulo Mineiro (Minas Gerais), São Paulo do Sul, etc, etc.
Soltura de presos
Com
justa razão o deputado federal Léo Moraes (Podemos-RO) pediu ao Supremo Tribunal
Federal-STF que revogue a soltura de presos durante a pandemia. Muitas
denúncias têm circulado pelo Brasil afora onde detentos, principalmente relacionados
ao tráfico de drogas, crimes do colarinho branco e lavagem de dinheiro tem sido
liberados. Depois cortam a tornozeleiras eletrônicas e somem do País. Presos condenados até com 50 anos de prisão já foram
beneficiados. É coisa de louco.
Não viram nada!
Para
o cara-pálida de Porto Velho, ao aldeão de Ji-Paraná, os peles vermelhas de
Cacoal e Espigão e os quilombolas de Costa Marcos a coisa está ruim com o
coronavirus? Não viram nada! A dengue está chegando forte, a temporada de fumaça
com as queimadas já começou depois do desmatamento acelerado e as gripes virais
que já circulam nos estados do Sul do
país estão chegando na Amazônia para
atazanar nossa vida.
Via Direta
*** Mais um ex-deputado estadual, este pioneiro no Vale do Jamari, Jair Miotto
subiu para o andar de cima. Ele também foi prefeito do município de Montenegro *** O PROS de Porto
Velho é a primeira legenda nanica a anunciar que terá nominata completa a
vereança nas eleições municipais *** A
maioria das agremiações ainda estão inertes na campanha eleitoral deste ano em
vista da pandemia do coronavírus *** O governo brasileiro tenta resgatar a
imagem no exterior para fazer jus aos recursos
do Fundo da Amazônia desprezados pelo presidente Bolsonaro no ano passado ***Agora controlar as queimadas passou a
ser prioridade e o vice-presidente Mourão está à frente da missão. Com jogo de
cintura visa melhorar as relações com a Noruega, Alemanha e França importantes
doadores de recursos para o Fundo da Amazônia.
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese
É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira
DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec
A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026
Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri