Segunda-feira, 17 de dezembro de 2018 - 20h00
Em testemunho de quem conhece a
floresta, o índio Beto Marubo, membro da União dos Povos Indígenas do Vale do
Javari (Univaja), deduziu que as derrubadas e queimadas de castanhais em terras
da União são promovidas por elementos estranhos a ela.
Por desconhecimento da floresta,
os destruidores podem até pretender tirar dela riquezas para beneficiar pessoas
necessitadas de renda, mas ignoram que as castanheiras “são como cadernetas de
poupança da selva, produzindo dinheiro certo a cada estação”. Como castanha é
agro, é pop e rende dinheiro permanente, derrubar um castanhal, além de criminoso,
é também estúpido.
O caso da castanha põe em xeque a
política de reprimir e multar quem é apanhado – mesmo porque a destruição
avança mesmo com satélites e maior fiscalização, inclusive apoiada por ongs. A
tarefa de reprimir é só a menor e mais custosa parte de toda uma política de
aproveitamento racional, legal e sustentável do melhor que a floresta pode
proporcionar.
Isso passa por alcançar quem não é
flagrado cometendo os crimes ambientais com a informação (e meios adequados) de
que poderão ganhar muito mais sabendo como usufruir melhor das riquezas que a
Amazônia oferece.
Derrubar e queimar dá trabalho, é
arriscado e significa rasgar notas de cem em troca de centavos. Não é agro, nem
pop.
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Os orçamentos
Caso nada mais seja alterado com
emendas, o presidente eleito Jair Bolsonaro vai governar o País com um orçamento
de R$ 3.351 trilhões, o governador eleito de Rondônia com pouco mais de R$ 8
bilhões, e o prefeito de Porto Velho com R$ 1,45 bilhão. O salário mínimo será
de R$ 1006,00 e o caixa para a saúde foi reforçado em todos os níveis.
Alinhamento
Com a expectativa da divulgação do
seu corpo de secretários ainda hoje, o governador eleito Marcos Rocha ainda buscava
ontem alinhamentos para a bancada governista na Assembleia Legislativa. Uma coisa
esta certo: estará livre das pressões do crime organizado com a prisão do deputado
estadual eleito Jair Montes que articulava tomar conta do Legislativo e mandar
no pedaço com os confrades Da Gata e El Baba.
Pedra cantada
Antes de viajar Marcos Rocha tinha
cantado a pedra a La Confúcio quando quer se livrar de indesejáveis. Tinha
deputado eleito que seria preso por suas bandalheiras. Naquele momento Jair
Montes se sentiu ofendido, vestiu a carapuça e exigiu satisfações como se fosse
o cara mais pitoco de Porto Velho. Exigia que Rocha desse os nomes aos bois. A
justiça deu os nomes e uma verdadeira manada da Apocalipse acabou atrás das
grades.
Mais um
Com as idas e vindas no parlamento
estadual, quem se deu bem com a prisão de Jair Montes foi o suplente Gerenildo
José de Oliveira, com domicilio eleitoral em Presidente Médici, mas que reside
e trabalha em Ji-Paraná. Por conseguinte, a capital da BR terá mais um deputado
estadual. Laerte, importado de Alvorada, Gerenildo, de Médici, além de um
milico discípulo de Bolsonaro.
Os venezuelanos
Pelas mobilizações nas paróquias
católicas, dos movimentos sociais, das igrejas evangélicas teremos um grande
contingente de venezuelanos deslocados
para Porto Velho nas próximas semanas.
As primeiras fornadas já estão chegando e ao todo serão cerca de 1000. Tem
desde médicos, administradores até alfaiates buscando uma nova vida em solo
brasileiro. Manaus, São Paulo, PR, SC e RS são os destinos mais procurados.
Via Direta
***Com uma boa largada e depois com altos e baixos, o prefeito Hildon
Chaves (PSDB) completa 1º de janeiro dois anos de gestão *** Comparado ao paulista João Dória, Chaves chegou a
ser cotado como candidato forte a sucessão de Confúcio *** Os funcionários fantasmas que infestam os órgãos públicos em Porto
Velho procuram abrigo nas repartições municipais e estaduais para 2019 ***
Alguns já foram chutados da ALE e foram se pendurar na Prefa. Tem até um anão
fantasma empoleirado por lá que foi fotografado e filmado semanas seguidas fora
do expediente *** Pode, Arnaldo?
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