Quarta-feira, 6 de maio de 2020 - 09h58
Na
primeira década do milênio, 2001 a 2010, havia em relação à Amazônia uma
divisão às meias entre os otimistas e os pessimistas. Para os primeiros, a
consciência ambiental crescente e a democracia resolveriam os seculares
problemas da destruição da floresta e ações genocidas. Para os pessimistas, o
negacionismo inflado pelas teorias da conspiração prejudicaria a campanha
ambiental e a democracia foi apenas uma formalidade para que grandes empresas
se beneficiassem dos favores públicos enquanto distribuíam propinas aos
congressistas facilitadores e migalhas ao povo anestesiado pelo lulismo.
Agora,
até por conta da Covid-19, o número de otimistas encolheu e o de pessimistas
disparou. Sem grande contestação, os pessimistas supõem que a soma da doença
descontrolada com incompetência, desídia, prevaricação e omissão governamentais
permitirá aumentar a mortandade entre os povos e ao mesmo tempo acelerar a
devastação da floresta.
Os velhos
otimistas achavam que mais informação científica ajudaria no combate ao crime e
na proteção ao meio ambiente, mas agora já não parecem tão certos disso. Segundo
o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o desmatamento sem freio
deste ano tende a aumentar a intensidade do fogo, sobretudo nas terras públicas
que a União e os Estados não protegem como deveriam. Mais um baque no otimismo.
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As convenções
O
calendário eleitoral segue o mesmo sem alterações até agora com as convenções
previstas para o meio do ano. Estamos a pouco mais de um mês para as definições
das candidaturas a prefeito em Porto Velho, mas o que existe é um compasso de espera.
A expectativa é que a eleição seja adiada, com todo calendário eleitoral
alterado por conta da pandemia do coronavírus. Por isto a campanha está morna,
só candidatos a vereança estão se
movimentando.
A geada negra
Está
completando 45 anos de um dos maiores fenômenos climáticos do País: a geada
negra no Paraná que dizimou os cafezais, arrasou a economia daquele estado,
levando milhares de pequenos produtores a
falência e ao desespero, marcando o início da migração dos paranaenses para
Rondônia. Tão forte foi a tragédia climática que gerou até neve em cidades que nunca tinham visto.
Rondônia foi uma alternativa de recuperação destes colonos que chegavam às
pencas na década de 70 para o então território federal.
Sinais claros
Existem
vários indícios de que a pandemia da coronavírus deverá tomar proporções dramáticas
em Porto Velho a partir de agora. Primeiramente pela desobediência do
isolamento social, um dos menores do País. Em segundo plano, pelo início das
queimadas que provocam o aumento das doenças respiratórias na região. Por
último, é a temporada da circulação dos vírus de diversas infecções gripais nos
estados do sul do país que tem grande intercâmbio com Rondônia.
Exige união
E
um momento em que o País precisa de união e dedicar todos os esforços no
combate a pandemia. Mas o que se constata é o contrário, prefeitos com rixas
com o governadores, deputados em pé de guerra com os governos estaduais e rivalidades
tribais se acirrando num modelo adotado em Porto Velho que é o mesmo que levou
toda desgraceira a Manaus. Lá ao invés da classe política deixar a politicagem
de lado se comportou como selvagens cães
de guerra e a saúde pública despencou.
Em colapso
A
recente aprovação de recursos na ordem de R$ 125 bilhões para estados e municípios
pelo Congresso Nacional foi considerado um alento pelos prefeitos e governadores,
mas não cobrindo inteiramente as folhas dos servidores municipais e estaduais.
Já se sabe que por conta da epidemia do
coronavírus os pequenos municípios vão entrar em colapso nas próximas semanas.
Antes as demandas como saúde, transporte e merenda escolar já não eram
atendidas. Muito pior será a partir de
agora com tantas limitações.
Via Diretas
*** Como já se sabe o partido Aliança
pelo Brasil está fora das eleições
municipais, e com isto os dissidentes do
PSL e o bolsonarismo em geral estão se transferindo em Rondônia para os
Republicanos, PRTB, e Patriotas *** No ano que vem, depois de usar a barriga de
aluguel destas legendas, os bolsonaristas vão retomar os esforços para a implantação
do Aliança pelo Brasil para a disputa das eleições presidenciais de 2022 *** Em marcha lenta seguem as movimentações
dos partidos na capital visando o pleito do ano que vem. Algumas legendas estão
mais ativas, como o MDB, PTB, PV e PSB *** Depois dos consórcios das Usinas que foram depenadas
pelos políticos rondonienses agora é a vez da Energisa *** Mesmo “macaca velha” em outros estados, certamente seus diretores não imaginavam da volúpia dos
políticos rondonienses *** O bicho está pegando, é coisa de louco, torcida
brasileira! *** E isto que nem começou a
campanha eleitoral. E pagar o pato é preciso, Energisa!
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