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Carlos Sperança

Um símbolo brasileiro + Centrão vitaminado + O prefeito Hildon Chaves tinha duas cartas + Uma reação


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Um símbolo brasileiro

Há slogans muito repetidos em campanhas eleitorais, geralmente entre marchinhas de louvor e aplausos de claque. Um deles foi “mais Brasil, menos Brasília”. A Amazônia Legal é mais Brasil por natureza e por lei. Além de ser um dos símbolos brasileiros mais significativos, a região compõe 58,9% do território nacional, segundo o mapa atualizado do IBGE.

A integração da Amazônia Legal veio com a lei 1.806, de 1953, que abriu o caminho à integração regional e permitiu o fio histórico que deu origem ao Estado de Rondônia. Lamentavelmente, as ótimas ações que se seguiram a essa lei foram maculadas por erros graves de planejamento. A tecnocracia ambientada no conforto dos palácios não levou em conta, nas pranchetas, os impactos ambientais e sociais das ações propostas.

Hoje, o mundo cobra providências para a proteção da floresta e de seus povos, mas foi o mundo – sua II Guerra – que atrasou o desenvolvimento da Amazônia. Getúlio Vargas prometeu em 1940 uma política para a região, mas o conflito externo imobilizou o planeta. Eram idos de Rondônia território federal.

 Finda a guerra, Vargas foi deposto por um golpe militar pró-democracia, voltou à presidência pelo voto e em 1953 criou a Amazônia Legal. Pouco pôde fazer, pois foi levado ao suicídio em 1954. Com a corrida do estanho, naquela década, ficou visível quanto a falta de planejamento fez falta. Ainda não havia Brasília, só um Brasil ansioso para ser mais.

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Centrão vitaminado

Desde a janela partidária de abril, que permitiu a transferência de vereadores e prefeitos, o chamado “centrão”, hoje a grande base de apoio do atual governo federal foi a coalizão de partidos que mais cresceu em decorrência da busca de legendas mais a direita depois da vitória do presidente Bolsonaro em 2018. Em Porto Velho quem ganha com isto é a pré-candidata a prefeita do PP, Cristiane Lopes que poderá ser reforçada com o apoio de outras legendas conservadoras.

Duas cartas

 O prefeito Hildon Chaves tinha duas cartas importantes para a reeleição, casos dos compromissos para a implantação do novo sistema de transporte coletivos em Porto Velho cuja licitação foi objeto de embargo na justiça – o processo já estava bem adiantado inclusive homologado – e a conclusão das obras no Complexo Madeira Mamoré na orla do Rio Madeira que também pode atrasar como efeito do agravamento da pandemia do coronavírus. A expectativa dos palacianos, no entanto, é que as coisas vão se resolver a tempo.

Tucano urra

Pense num prefeito tucano revoltado e com justa razão! Além da questão da licitação do sistema de transportes coletivos embaralhada, o presidente Jair Bolsonaro tinha vetado a liberação no meio da semana dos recursos oriundos de emendas parlamentares da bancada federal para obras de pavimentação no Bairro da Lagoa, Igarapé e Planalto (a ligação ao Jardim Cristal pela avenida Calama). Hildon Chaves tenta reverter a situação, mas as ações podem também sofrer atrasos.

Uma reação

Mesmo em tempos de pandemia a economia de Porto Velho reage como pode. A Rede de Lojas Novalar, já com forte presença no interior do estado, acaba de se instalar na capital rondoniense gerando mais empregos. Também  a Fortal Alimentos reforça o setor atacadista se instalando na Zona Leste. Enquanto isto, o centro histórico da capital desmoronou de vez com prédios abandonados e invadidos por viciados em drogas, mendigos e foragidos da justiça.

Nosso Incra

O Incra comemorou 50 anos de atividades, depois de suceder o antigo Ibra e em release enviado a imprensa foi enfatizada a importância do órgão em solo rondoniense. A assessoria do Incra cita os projetos de colonização que deram origem a grande maioria dos municípios rondonienses. Acrescentaria neste contexto a importância de Assis Canuto, que tocou vários projetos de assentamentos. Ele marcou presença na criação de pelo menos 40 municípios a partir do gerenciamento de projetos de colonização.

Via Direta

 *** Circula nos bastidores que já pintaram emissários do crime organizado do RJ para perscrutar o mercado de vans em Porto Velho ***A Zona Leste, a mais populosa de Porto Velho mostra pujança em plena pandemia de covid-19. O movimento no comércio é enorme *** E por falar em pandemia, quando é que o governador Marcos Rocha vai se entender com o prefeito Hildon Chaves? *** Assessores de ambos futricam e estimulam o embate ao invés de funcionarem como bombeiros *** Muitas lojas já estão deixando as avenidas Sete de Setembro, Carlos Gomes e Calama na capital e aportando em outras regiões onde o aluguel é mais acessível *** Já lançados na arena, os vermelhinhos Samuel Costa (PC do B) e Ramon Cajuí (PT) serão os primeiros prefeituráveis entrevistados na temporada pelo Diário.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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