Domingo, 7 de outubro de 2018 - 05h01
Tentáculos do narcotráfico
Por sua amplitude, variedade de povos e atividades, a Amazônia protagoniza situações originais e surpreendentes. A lamentar, os quadros negativos de destruição ambiental, a ampliação dos tentáculos do tráfico sobre a floresta e enfermidades, que precisam ser de pronto resolvidas.
Há, porém, uma cornucópia de belezas que traz ânimo para este país entristecido pelas divisões e rancores, que se não forem vencidas pela reconciliação nacional fragilizarão o país no contexto planetário.
Não chega a ser uma novidade um projeto de construção brasileiro ser selecionado entre os finalistas de um importante prêmio de arquitetura – o Riba International Prize. A arquitetura brasileira, na trilha de Burle-Marx, Lina Bo Bardi e Oscar Niemeyer, é sempre valorizada mundo afora.
Mas é uma surpresa que a obra selecionada seja de uma escola, longe dos grandes centros, enfiada na floresta, construída na Fazenda Canuanã, na Zona Rural de Formoso do Araguaia, a 320 km de Palmas (TO).
Surpresa, também, é o projeto do arquiteto Marcelo Rosenbaum ter a colaboração direta de alunos e professores. Só não surpreende ter anteriormente vencido o prêmio de Melhor Edifício de Arquitetura Educacional do Mundo da Building of The Year.
Uma maldição
Temos uma maldição contra os favoritos em Rondônia. Aqui sempre se diz que os “últimos serão os primeiros”. Lembram? Guedes, o vereador menos votado, virou prefeito em 85, Angelim o deputado menos votado virou governador. Raupp virou sobre Chiquilito, Bianco dobrou Raupp, Sobrinho martelou Nazif; Nazif virou em Garçon. Hildon bateu Leo, etc. Neste ano os favoritos –Ivo Cassol e Acir Gurgacz - ficaram pelo caminho.
Eleições 2018
Com projeção de eleição ao governo estadual em dois turnos, o eleitor rondoniense vai às urnas no dia hoje também para decidir as duas cadeiras ao Senado, as oito cadeiras à Câmara dos Deputados e as 24 vagas para a Assembleia Legislativa. Com uma multidão de indecisos e de milhares optando por não comparecer as urnas, temos verdadeiras incógnitas neste pleito.
Na reta final
Ao governo estadual se constava desde sexta-feira com o obstáculo criado para o registro da candidatura de Acir, um baita crescimento do jovem candidato Vinicius Miguel (Rede-Porto Velho) e de Marcos Rocha (PSL). Mas com a cara de Harry Porter e uma boa participação nos debates televisivos, e pelo fato de ser pitoco, Vinicius cativou a juventude, os universitários, professores e os formadores de opinião. É o novo.
Duas cadeiras
Na peleja ao Senado, uma cadeira já era considerada como favas contadas desde o inicio da campanha, com larga vantagem do candidato Confúcio Moura, ex-governador do estado. A outra cadeira entrou numa disputa encarniçada, com o atual senador Valdir Raupp (MDB) em queda livre e enfrentando enorme rejeição do eleitorado em todo estado. É uma cadeira em aberto.
Anos de trevas?
Rondônia corre o risco, hoje, de eleger um saqueador
do Beron ao governo do estado, um filho do saqueador do Beron a
deputado federal e um senador Lava a Jato. Não bastasse, temos vários
políticos bancados pelo crime organizado. Não querendo voduzar, mas já
voduzando, a perspectiva é de quatro anos de trevas, caso o eleitorado
não reaja com um efeito manada do bem nas urnas.
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