Sábado, 1 de setembro de 2007 - 06h54
Tráfego pesado
O vereador Mário Jorge (PDT) tem manifestado sua preocupação com relação ao tráfego pesado pelas ruas de Porto Velho. Ele pretende estudar um horário definido para que a trafegabilidade não seja prejudicada na área urbana. Infelizmente, enquanto não sair o anel viário a cidade continuará penando com esse problema.
Polêmica ligth
Durante a semana o governador Ivo Cassol e o prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho trocaram acusações pela mídia. Nada grave, uma polêmica até light: um acusa de o outro de fazer cortesia com o chapéu alheio. Nem se enlamearam como é de praxe nas pendengas regionais. Bom nível.
Grande expectativa!
Ora, do jeito que Sobrinho falava de Cassol, lançando desafios nas últimas semanas esperava-se um pega mais quente. Do lado de Ivo também aguardava pelo menos uma caneladinha em Sobrinho! Lembro que com o então prefeito Carlinhos Camurça nosso governador foi mais contundente. Apelidou até o ex-prefeito de "pescador".
Chapéu de Lula
Na rusga, ambos tem razão. As acusações sobre o chapéu alheio realmente procedem para os dois lados. Ivo e Sobrinho tocam a maioria das suas obras na capital com dinheiro de Lula. Neste caso, pelo menos Sobrinho tem autorização de usar o chapéu de Lula já que é do PT. Cassol não e inclusive acusa os senadores da base aliada Raupp e Fátima Cleide: "Se puder eles me afogam!". No que também não está errado...
Em Presidente Médici
As primeiras sondagens eleitorais em Presidente Médici indicam o ex-prefeito Gilson Borges (PDT) largando na frente sobre o candidato do PMDB Joãozinho da Farmácia. Outros nomes cogitados são Sônia Arrabal e Silvia Cunha, que também pintam bem nas intenções de votos.
A industrialização
Por falar em Gilson Borges, o ex-prefeito esteve quinta-feira na capital participando de reuniões partidárias e revelou que uma de suas propostas para o município é a criação do Distrito Industrial. "Vamos brigar para atrair industrias através de incentivos", explicou. Borges manteve audiências também na Assembléia Legislativa.
Regularização fundiária
Com o propósito de agilizar a implantação do sistema de água tratada bem como pleitear a regularizarão fundiária dos módulos rurais de São Francisco, o vice-prefeito Vanilton Petronildo de Jesus, o Preto, percorreu órgãos públicos e foi pedir apoio na Assembléia Legislativa. Preto também cobrou uma ambulância para o município da Secretaria de Saúde.
PSDC inchando
Com maciça filiações de cassolistas, o PSDC liderado no estado pelo presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos e pelo chefe da Casa Civil Juarez Jardim vai ganhando terreno. O presidente regional Edgar do Boi tem sido bem sucedido na missão de arregimentar novas lideranças no interior numa peregrinação que começou no início de julho.
Estradas vicinais
Terceiro maior município do estado em extensão territorial, São Francisco sofre com o problema de estradas vicinais. As autoridades locais buscam apoio para dar conta de tamanha malha viária. Com quatro distritos e quatro assentamentos do INCRA em andamento, a população cobra também mais obras de infra-estrutura para o distrito de Porto Murtinho.
Despertando interesse
A perspectiva de megainvestimentos federais em Porto Velho nos próximos anos tem aumentado o interesse dos políticos em disputar a prefeitura local. Além da fartura de postulantes em administrar tantos recursos provenientes da União, o próprio prefeito Roberto Sobrinho prefere a permanência no cargo do que se aventurar na conquista do governo do estado em 2010, onde os recursos são mais escassos.
Do Cotidiano
A crônica da invasão
A história do Brasil tem sido a crônica de uma invasão. Aos cortadores de pau-brasil no litoral e aos bandeirantes apanhadores de índios na mata sucederam os colhedores de gemas e minérios preciosos, por sua vez secundados por desbravadores e colonos. Gente que não possuía nenhuma identidade com a terra ocupada, na qual apenas procuravam identificar aquilo que poderia dar dinheiro para embarcar as preciosidades achadas para Portugal.
O mesmo aconteceu com a Amazônia. Os projetos oficiais do reino português, do Império brasileiro e dos governos republicanos sempre trataram de convencer as pessoas às voltas com fronteiras agrícolas e econômicas esgotadas a ocupar a Amazônia para trazer até ela o desenvolvimento. O modelo econômico desenvolvimentista reclamava o aproveitamento das regiões inexploradas do Oeste e do Norte. Com isso, vários projetos de ocupação e exploração da Amazônia foram desencadeados e uma grande multidão, ao longo das décadas, deixou suas regiões (e países) de origem para se deslocar à Amazônia, para a qual traziam o "progresso" que conheciam aproveitar o que estivesse ao alcance da mão e pudesse render o máximo.
Eram os novos povos da floresta, que iniciariam uma relação nem sempre amistosa com os antigos povos da floresta. Ao mesmo tempo, os povos originais foram dizimados e os novos povos cresceram em número. Com isso, chegou-se ao atual estágio, em que a maioria dos amazônidas não conhecem o próprio meio em que vivem e, por exclusão social, ignoram noções de sustentabilidade e como aproveitar as riquezas da floresta a seu favor sem danificá-la.
Um estudo feito pelo professor Alain Ruellan, diretor do Ministério da Agricultura da França e do Programa de Meio Ambiente do Centro Nacional de Pesquisa Científica de Paris, aponta para o fato de que mesmo sendo nativos da Amazônia, por sua origem "alienígena" ou submissão à ideologia do desenvolvimentismo, os novos povos amazônicos não conhecem a Amazônia.
"Essas populações, no que toca às mais recentes", afirma Ruellan, "não conhecem o meio amazônico. Nele se perderam e, em conseqüência, são levadas a fazer qualquer coisa para sobreviver. Resultado: elas destroem. É preciso ajudá-las a viver sem destruir". O governo brasileiro, com o apoio das sociedades privadas nacionais e multinacionais, diz o cientista, "é culpado de explorar essas populações ao invés de ajudá-las e protegê-las".
Via Direta
*** O Distrito de São Domingos está criando asas e suas lideranças já falam na emancipação de Costa Marques *** Os partidos de esquerda não conseguem se entender para uma coalizão em Vilhena *** Começa hoje na Região 01 o calendário de queima controlada da Sedam *** Infelizmente falta fiscalização para que a coisa funcione.
Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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