Quarta-feira, 2 de julho de 2008 - 06h52
Corrida sucessória
Definidos os candidatos a prefeito na capital, começa finalmente a corrida sucessória, cujo auge vai ocorrer durante o horário gratuito. O prefeito Roberto Sobrinho (PT) vai enfrentar seis candidatos da oposição e a fragmentação do eleitorado indica eleições em dois turnos. Veja, abaixo, os candidatos.
Roberto Sobrinho (PT)
O prefeito Roberto Sobrinho larga na frente e, conforme sondagens confiáveis, poderia até ganhar em primeiro turno, caso a oposição não tivesse tantos postulantes. O ingresso de última hora de Mauro Nazif (PSB) determina uma reavaliação de campanha. A aliança PT/PMDB/PDT é poderosa e tem as chapas mais fortes de candidatos a vereança.
Mauro Nazif (PSB)
O deputado federal Mauro Nazif foi atraído de última hora para reforçar a oposição e garantir eleição em dois turnos na capital. O Pacto Tacacá, que tem como signatários a maioria dos candidatos oposicionistas, indica que quem for ao segundo turno terá o apoio dos demais. Neste contexto, Nazif é beneficiado como polarizador daqueles que não votam nos petistas e cassolistas.
Lindomar Garçon (PV)
Com apoio do governador Ivo Cassol e do senador Expedito Júnior, escoltado por uma aliança chapa branca da base aliada do governo estadual, o ex-prefeito de Candeias desponta com força. Havendo eleições em dois turnos deverá disputar uma das duas vagas a dentadas com Nazif, para um confronto final com Sobrinho. Para os petistas é mais conveniente pegar Garçom do que Nazif lá na frente.
Alexandre Brito (PTC)
Dissidente na base aliada do governador Ivo Cassol, ele foi fritado pelas lideranças governistas e caminha quase isolado, já que todas as agremiações cassolistas acabaram ficando com Garçon. Deputado estadual em primeira legislatura, o Dr. Alexandre, não desistiu, o que já demonstra perseverança e coragem para enfrentar os grandes favoritos.
David Chiquilito (PC do B)
Como o PC do B continua ocupando uma penca de cargos na administração Roberto Sobrinho fica a pergunta do eleitorado: Davi Chiquilito é mesmo um candidato de oposição? Porque seu partido continua apegado a administração petista? Se não definir melhor seu perfil - atualmente o PC do B é meio oposição, meio situação – a coisa poderá lhe causar prejuízos eleitorais.
Hamilton Casara (PSDB)
O ex-deputado federal Hamilton Casara foi um tucano ilustre ao longo da administração do presidente Fernando Henrique Cardoso. Em Rondônia, não conseguiu se reeleger deputado federal. O alto tucanato vem a Porto Velho para apoiá-lo. Casara ainda é uma incógnita. Nas primeiras sondagens do ano, não mostrava força para alçar o segundo turno.
Adilson Siqueira (PSOL)
Professor universitário renomado, é um nome qualificado e que deve levar vantagem nos debates com os adversários. Já mostrou qualidades nas eleições ao governo em 2006. Tem muito para crescer e a surpreender nas eleições municipais deste ano deixando para trás nomes inicialmente considerados mais fortes.
Pelo interior
Em Ji-Paraná, mais uma vez se revelando um mago da articulação, José Bianco conseguiu botar no mesmo palanque os grandes caciques da política de Rondônia, o que era considerado impossível. Terá como vice o tucano Zé Otônio. Em Cacoal, uma surpresa: Nilton Capixaba (PTB) desistiu e vai apoiar Glaucioni Neri (PSDC), num frentão cassolista, contra o favorito Padre Franco (PT).
Do Cotidiano
O crescimento desordenado
O município de Porto Velho paga até hoje um preço elevado pelo seu crescimento desordenado. Foi ainda no final da década de 80, com a administração Francisco Chiquilito Erse, que com o auxílio de técnicos da Universidade de São Paulo –USP, que a capital rondoniense desenvolveu seu primeiro Plano Diretor com olhos voltados ao futuro. No primeiro documento já se planejava melhorias como adensamento urbano, o respeito aos fundos de vale, a utilização do solo, questões emergenciais como saúde, educação, moradia, até malha do sistema de transportes coletivos.
Em meados dos anos 90 também o prefeito José Vieira Guedes voltaria a tratar do assunto e anos depois um novo Plano Diretor seria concluído ao longo da administração Carlinhos Camurça.
O governo do prefeito Roberto Sobrinho, com a realização do 1º Seminário Técnico da Revisão do Plano Diretor de Porto Velho, centrou suas preocupações para o futuro, buscando a participação popular. Situações novas como a construção das hidrelétricas bem como a implantação do anel viário estão vindo a tona, ao lado de outras diretrizes já tratadas em estudos desta natureza.
Vejo com bons olhos a revisão do nosso plano diretor porque o crescimento atual é direcionado para a Zona Leste, mais baixa e alagadiça, enquanto que a melhor opção para a municipalidade é estabelecer estacas para direcionar o nosso desenvolvimento para a Zona Norte, região onde está o eixo Eldorado/Caladinho/ Cidade do Lobo.
É claro, que um estudo detalhado, como nosso Plano Diretor tem que ir bem mais além. Temos problemas graves para ser combatidos, a partir das alagações durante os rigorosos invernos da Amazônia, quando Porto Velho se transforma num verdadeiro igapó. Existe a necessidade, por conseguinte, de investimentos maciços na macrodrenagem, ações que exigem muitos recursos, mas que funcionaram onde foram tocadas pelos ex-prefeitos Chiquilito, José Guedes e Carlinhos Camurça.
Com ocupação desordenada, Porto Velho cresceu a razão de 11 por cento ao ano nos anos 80, o que seria atualmente incorporar a população de Rolim de Moura anualmente. O poder público, naturalmente não acompanhou as demandas sociais causando com isso enormes déficits no abastecimento de água, de pavimentação, moradia, saúde etc.
Resgatar todas necessidades além de se projetar para uma nova onda migratória por conta da construção das hidrelétricas do Madeira se torna o grande desafio da nossa municipalidade.
Via Direta
*** Em mais uma coalizão familiar, Melki Donadon (PMDB) escolheu a esposa Rosani, como vice em Vilhena *** A petista Sônia Arrabal começa a ameaçar o cassolista Alex Textoni (PTC) em Ouro Preto do Oeste *** Mesmo em baixa, a prefeita Milene Motta (PT¨B) disputa a reeleição em Rolim de Moura *** Em Vilhena, Zé Rover (PP) e Mauro Bill (PT), vão tentar tirar os Donadons do poleiro.
Fonte: Carlos Sperança - Gentedeopinião
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