Sexta-feira, 3 de julho de 2009 - 06h02
Entrando em erupção
Mesmo com o recesso legislativo, a Assembléia Legislativa esta como um vulcão em erupção. A perspectiva de uma eleição indireta, com a cassação do governador Ivo Cassol, mobiliza vários deputados na tentativa de disputar o cargo. Os trabalhos de articulação prosseguem, e pelo que se observa é uma verdadeira corrida maluca.
Emitindo sinais
Se depender de Ivo, por enquanto Neodi Carlos seria seu substituto no Palácio Presidente Vargas na eleição indireta e Miguel Sena assumiria a presidência do Poder Legislativo. Mas, ele procura, ao mesmo tempo, nomes de consenso, enquanto assiste algumas ovelhas desgarradas já fugindo de sua orientação política.
Madeira rondoniense
A reclamação do deputado federal Mauro Nazif (PSB-RO) dando conta que o Ibama estava despachando madeira apreendida em Rondônia para atender a demanda de casas populares no Acre, acabou dando resultados, No meio da semana, o órgão anunciou a entrega de toras para sete municípios rondonienses.
Segurança pública
Ao me debruçar sobre a questão de segurança pública, e constatando mais uma vez que cada esfera – União, estado e município – não está cumprindo o dever de casa, eis que me deparo com números. Um deles, preocupante: mais de 2 mil mandatos de prisão rolando pela aldeia. Ora, com tanto bandido solto na rua, não tem como resolver problema de segurança em lugar nenhum do mundo.
Faltariam vagas
Se as autoridades conseguissem prender toda a bandidagem que esta na rua, na capital, seria necessário usar até o estádio Aluízio Ferreira para abrigar tanta gente. E como todo final de semana pelo menos duas dúzias de traficantes e “noiados” são presos, nem o Aluizão daria conta de atender a demanda carcerária local.
Será eu funciona?
Será que penitenciária de segurança máxima, inaugurada recentemente em Porto Velho, vai funcionar direitinho em Rondônia, um estado onde mafioso delata e traficante cheira e presidente de Tribunal de Justiça é preso por corrupção? Onde até alguns delegados, na década passada, já foram flagrados se confraternizando com os barões do pó? Olha, tenho minhas dúvidas...
Bode de bicheira
O senador José Sarney (PMDB-AM), presidente do Senado, se transformou num verdadeiro bode de bicheira na política e os aliados de primeira hora – como os Democratas – estão em ritmo de debandada. Já, os petistas, por imposição do Palácio do Planalto são obrigados a se misturar nas bandalheiras dos atos secretos. Entonces, a bandeira da moralidade fica com a oposição.
Rivalidades tribais
As alianças políticas, botando no mesmo palanque grupos rivais, costumeiramente tem proporcionado dores de cabeça em Rondônia. São tantos exemplos, mas os mais conhecidos são de Jacob Atalah com Raquel Cândido, Chiquilito com Raupp, Carlinhos Camurça com Mauro Nazif etc. Agora, Ivo Cassol, que tanto criticava Lula e cia, entrou no mesmo palanque dos petistas, ao aderir ao PP.
Pulando cirandinha
Com o ingresso de Cassol no PP, nosso governador passa a defender com unhas e dentes – pulando cirandinha com os petistas - a candidatura da ministra Dilma Rouseff à presidência. Ora, Ivo que diz horrores de Lula, passará a tecer louvaminhas tanto ao presidente, como a Dilma. Esta misturando água e óleo e pode pagar, como os outros já citados, um alto preço político por isso em 2010.
Do Cotidiano
Discriminação conjuntural
A crise financeira mundial introduziu um novo tipo de “racismo”, que seria a “discriminação conjuntural”. Devedores e inadimplentes em geral com nome “sujo” no Serasa e SPC encontram dificuldades para lidar com os cuidados que os comerciantes tomam para evitar ver seu capital de giro detonado por dívidas acumuladas de cobrança muitas vezes impossível.
“Se não fossem o suficiente as dificuldades de recolocação no mercado, o trabalhador desempregado encontra uma barreira quase que intransponível que é voltar a trabalhar quando ele está com seu nome sujo no Serasa e SPC”, diz Emanuel Gonçalves da Silva, consultor de dívidas e criador do site www.sosdividas.com.br.
“Trata-se de uma discriminação perversa que vem sendo praticada nos quatro cantos do Brasil com a indiferença total das autoridades competentes e também de muitos sindicatos de classe”, diz ele. “Ora, você perde o emprego, fica sem trabalho e claro, sem salário, logo, não tem como pagar suas dívidas assumidas e consequentemente seu nome vai para o Serasa e SPC”.
Quando isso acontece, a pessoal procura uma saída, mas ao entrar em contato com empresas, elas consultam a ficha do cidadão no mercado e sem que ele consiga entender, já foi descartado para qualquer espécie de interesse. Obviamente, ninguém vai fazer esse descarte alegando a ficha suja, recorrendo a evasivas e eufemismos.
Estudantes endividados – Gonçalves menciona também o caso daqueles que já estão desempregados há um bom tempo e mantiveram seu nome limpo, mas não conseguiram recolocação pela falta de vagas e com o acúmulo de necessidades e gastos, acabaram com nome sujo, e isso bloqueia completamente a chance de voltar a trabalhar.
Para os jovens a situação também é dramática. Muitos ainda não conseguiram sequer o primeiro emprego e já estão com nome sujo, como os estudantes que são financiados pelo FIES – o chamado financiamento estudantil. Depois de formados, nem sempre conseguem honrar o compromisso assumido e logo caem nos registros dos “caloteiros”.
“A pessoa estuda, se forma e o programa de financiamento que deveria ser uma grande ajuda torna-se um pesadelo maior ainda no momento mais importante que é o primeiro emprego depois da conclusão dos estudos”, diz o consultor de dívidas. “Trata-se de um verdadeiro beco sem saída e as empresas de restrições cadastrais impedem que o cidadão tenha acesso ao mais sagrado direito das pessoas que é trabalhar, ganhar seu dinheiro para manutenção pessoal e de sua família”.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br
csperanca@enter-net.com.br
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