Quinta-feira, 3 de dezembro de 2009 - 05h05
Vulcão legislativo
Depois de uma trégua de alguns dias, a crise estabelecida entre o baixo e o alto clero da Assembléia Legislativa, voltou a explodir, como um vulcão em erupção. De um lado, os parlamentares que defendem a construção da nova sede do parlamento estadual, de outro, aqueles que querem gastar os recursos do prédio na campanha de reeleição através de emendas.
Projeto ficha limpa
OAB e CNBB retomam a mobilização contra os políticos fichas sujas. O projeto ficha limpa continua paralisado no Congresso Nacional e precisa ser reavivado para impedir que políticos o governador José Roberto Arruda do Distrito Federal continuem prevalecendo. Arruda, mesmo com todas maracutaias, quer se reeleger em Brasília.
Poder feminino
Depois de muitos anos, as mulheres entram com força para ampliar a representatividade feminina na Assembléia Legislativa, que já foi mais expressiva nos anos 80. As ex-prefeitas Sueli Aragão (Cacoal), Milene Mota (Rolim de Moura), Lucia Tereza (Espigão do Oeste), entram nas paradas com boas chances de conquistar cadeiras.
Puxadores de votos
O PP aposta nos nomes de Jaqueline Cassol (Rolim de Moura), do ex-prefeito Carlinhos Camurça (Porto Velho), Jaques Testoni (Ouro Preto do Oeste), Fernando Prado (Porto Velho), Maurão de Carvalho (Ministro Andreazza) para puxar votos de legenda e sacramentar a maior bancada da Assembléia Legislativa no ano que vem.
Fidelidade dos clãs
O prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura, pré-candidato do PMDB ao governo do estado esta conseguindo escapar de coisas que inicialmente pareciam inevitáveis. 1- Conseguiu desviar do punhal do casal Raupp e confirmar sua candidatura 2 – Esta obtendo a fidelidade de outros clãs políticos traíras que infestam o partido (Donadons e Muletas) 3 – E escapou de ser vice de Sobrinho.
A desincompatibilização
Com a desincompatibilização do prefeito Confúcio Moura em abril, assume o cargo o vice Márcio Raposo, do DEM. Com isso, os Democratas ficam em poder de prefeituras importantes, como Ji-Paraná (com José Bianco), segundo maior município do estado, e Ariquemes, terceiro no ranking municipalista de Rondônia. O DEM, como uma fênix, renasce.
PDT mais ágil
O que se vê, com a entronização do ex-vereador Mário Jorge no comando do partido na capital, é um PDT mais ágil e participativo nas bandeiras regionais. A legenda começa a se oxigenar com seminários discutindo Rondônia, buscando a renovação dos quadros políticos. Algo salutar para o socialismo moreno.
Racha do PMDB
Já era esperado. O PMDB nacional consolidou de vez o racha com relação ao apoio a presidenciável e ministra petista Dilma Roussef. Com apoio de 15 diretórios estaduais – entre eles estados importantes como São Paulo, Paraná, Bahia e Rio Grande do Sul – foi lançada a candidatura do governador do Paraná Roberto Requião.
Estratégias oposicionistas
Os partidos oposicionistas em Rondônia continuam paralisados com relação a estratégias de campanha 2010. Aguardam uma definição em torno da cassação do governador Ivo Cassol e a escalação do candidato da base aliada para iniciarem acordos para eventuais coligações.
A espera da cizânia
Ocorre que a definição situacionista quanto a um nome para disputar o Palácio Presidente Vargas – entre Cahulla, Neodi e Expedito – vai gerar cizânia e descontentamentos dos nomes preteridos na base aliada. E os estrategistas da oposição pensam em atrair os descontentes para reforçar suas paliçadas
Do Cotidiano
A invasão dos clones
Uma natureza sem sexo poderia ser a concretização do sonho dos moralistas pudicos, mas tende a trazer perigos para o futuro, segundo um estudo promovido pelo Instituto de Biologia da Universidade Federal de Uberlândia (MG), sob a coordenação do professor Paulo Eugênio Oliveira.
De acordo com o estudo, a crescente pressão do uso de áreas do Cerrado para plantações comerciais, criação de gado e produção de carvão pode contribuir para o predomínio de plantas apomíticas – cujas sementes são formadas sem fecundação –, resultando em um empobrecimento da biodiversidade no bioma.
As pesquisas coordenadas pelo professor Oliveira foram anunciadas durante o simpósio internacional “Biologia evolutiva e conservação da biodiversidade: aspectos científicos e sociais”, realizado em novembro na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Segundo ele, estudos realizados há cerca de oito anos na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, levantaram a hipótese de que a quantidade de plantas apomíticas no Cerrado seria muito maior do que o estimado.
A pesquisa mostra que de 6% a 10% das plantas lenhosas do Cerrado já foram alcançadas pela apomixia. E a tendência, a manter as atuais condições de degradação ambiental, é piorar: “Com diminuição de fluxo gênico, o que podemos prever é que essas espécies apomíticas serão favorecidas”, diz Oliveira. Quando ocorre a apomixia, as plantas geradas são idênticas à planta mãe. “É um tipo de processo no qual a reprodução sexuada parece ocorrer, mas na verdade os embriões são clonais”, explicou. Em suma: sai o sexo, entra a clonagem.
Evolução ou desastre? – Uma curiosidade é que estudos anteriores sugeriam um papel importante para a apomixia em termos de evolução, porque manteria o genótipo intacto, mesmo em condições de degradação ambiental. Isso deveria ser um mecanismo de proteção para o futuro, porque as plantas poderiam se manter mesmo que toda a rede de polinizadores perecesse.
No entanto, o novo estudo sinaliza que a expansão das comunidades formadas crescentemente por espécies apomíticas terminaria reduzindo a capacidade de suporte dos polinizadores. Oliveira explica que, quando há um grande número de animais e plantas, o desaparecimento de uma delas não afeta tanto a teia de interações. Mas, à medida que muitas plantas somem, a teia provavelmente será empobrecida.
Via Direta
*** O PT já projeta o lançamento de dois nomes para à Câmara Federal em Porto Velho: Tácito Pereira e Israel Xavier *** E a dengue vai tomando conta da capital rondoniense exigindo esforços redobrados da área de saúde *** Por conta de falta de planejamento, milhões tem ido para o ralo em Porto Velho *** Já se vê até quebradeira de asfalto novo para implantação da rede de água e esgoto.
Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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