Uma coluna sem papas na língua 04/04/08

Que discriminação?

Os deputados federais Lindomar Garçon (PV) e Moreira Mendes (PPS)  estão equivocados com o governo Lula. Afirmar que a União discrimina Rondônia é no mínimo uma piada: As obras mais importantes e dispendiosas do atual governo federal em todo o Brasil, que são as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, foram direcionadas para nosso estado.

Pontes e viadutos

No governo Lula estão fixados recursos para as pontes sobre o rio Madeira na altura do Abunã e  outra quase na divisa com o Amazonas; a ponte binacional em Guajará Mirim, a duplicação da ponte sobre o Rio Machado em Ji-Paraná, sem contar os recursos destinados para 100 por cento de água encanada e tratamento de esgoto domiciliar em  Porto Velho.

As comparações

O que Lula está destinando á Rondônia, só se compara aos tempos de Teixeirão, quando o presidente João Batista Figueiredo e o ministro Mário Andreazza atiraram rios de dinheiro para o novo estado se organizar, ganhando a pavimentação da BR 364 e a construção da hidrelétrica de Samuel. Por conseguinte, a Terra de Rondon está muito bem aquinhoada.

Coração valente

Com a desincompatilização do cargo de prefeito em Cacaulândia, Adelino Follador (DEM), demonstra que sua postulação a prefeitura de Ariquemes é prá valer. Trata-se de um coração valente, pois enfrentar o melhor prefeito de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB) e o clã do caudilho caipira Ernandes Amorim (PTB), não é tarefa fácil.

Comércio ilegal

Num Parlamento repleto de madeireiros, o deputado estadual Alexandre Brito (PTC-Porto Velho) apresentou projeto de lei versando sobre o comércio ilegal de madeiras em Rondônia. A proposta quer impedir que os proprietários das empresas envolvidos em infrações, obtenham qualquer outro tipo de comércio enquanto estiver ocorrendo a apuração dos fatos pela Polícia ou pela Justiça.

Catimbando o jogo

Alguns políticos rondonienses já exageram na catimba política. Parecem aqueles jogadores de futebol, os boleiros malandros que se atiram na área e pedem pênalti. Vejam: o governador Ivo Cassol não se filia ao PTB e ainda acena para a possibilidade de ingressar em alguma outra legenda. Os partidos da base aliada estão aflitos pela falta de definição.

Outros casos

Mas não é só o caso de Ivo, se comportando como avantes argentinos e uruguaios, catimbeiros. Vejam o prefeito de Ji-Paraná José Bianco (DEM) que ainda se diz “indeciso” pela peleja a reeleição. O prefeito Confúcio Moura, de Ariquemes, vai na mesma toada. Tenham dó!

Vale a experiência

A experiência vale muito na política. Vejam em Porto Velho, a catimba de Mauro Nazif. Quietinho, negaceando daqui e dali, até agora nem telepata consegue arrancar dele a confissão que é pré-candidato a prefeitura de Porto Velho. A gente sabe que é, a militância cobra sua presença na disputa. A experiência, a tarimba tem feito a diferença nas disputas paroquiais, mas já se constata um exagero na coisa.

Salas de aulas

Duas medidas voltadas a educação, pelo governo federal,  chamam a atenção: a primeira é a criação de barcos-escola para atender as abandonadas crianças ribeirinhas nesta sofrida vida dos caboclos da Amazônia. A segunda é a implantação de salas de aulas nos presídios, também de largo alcance social, mas que ainda depende de aprovação no Congresso.

Do Cotidiano

A espera das definições

Como se observa, na maioria dos municípios do estado de Rondônia, a sucessão municipal ainda não esquentou. Os quadros esperam definições que são postergadas pelos atuais prefeitos, interessados em adiar o máximo possível as discussões neste sentido, além das questões financeiras decorrentes, já que com candidatos definidos, começarão inevitavelmente os pedidos (embora na moita), de dentaduras, telhas etc. Não há  quem agüente isso, desde já, sabendo-se que a eleição só vai ocorrer em outubro.

Porto Velho, por exemplo, é uma das cidades repleta de indefinições quanto as eleições municipais. Embora exista um enxame de pretendentes ao Palácio Tancredo Neves, sabe-se que ao final restarão menos de meia dúzia concorrendo de fato.

A oposição espera a definição do nome do candidato a vice prefeito na chapa do prefeito Roberto Sobrinho, para então traçar a estratégia de ataque. Isso, porque, se o prefeito petista errar na mão, misturando água com óleo, na sua aliança, já dará um prato cheio para as primeiras articulações dos adversários.

A definição de Roberto Sobrinho não é apenas aguardada por causa do seu vice. Ocorre que a partir desta escolha, a oposição estará de braços abertos para acolher os pretendentes rejeitados e cheio de mágoas pelo descarte. Esses reforços são aguardados com ansiedade pelos principais adversários de Sobrinho, já que entre os possíveis preteridos poderão reforçar  legendas poderosas na capital, como o PMDB de Valdir Raupp e o PDT de Acir Gurgacz.

Do lado da oposição,  o deputado Mauro Nazif (que errou na mão na sua aliança em 2004), aguarda com cautela os acontecimentos, mas já está abrindo conversações sobre a conveniência ou não de entrar em mais uma disputa. Tudo indica que só entrará na peleja, se for numa boa, pilotando uma poderosa coalizão que já começa a ser formatada com a adesão de meia dúzia de deputados estaduais e de lideranças estaduais.

Também anunciado, como pretendente ao Palácio Tancredo Neves, o deputado federal Lindomar Garçon (PV), depois de alguns equívocos cometidos na abertura da jornada – como piratear projetos de colegas deputados federais – ainda é dúvida na peleia, porque teve seus direitos políticos cassados. Vai recorrer ao STE, se escapar da degola, terá o apoio do governador Ivo Cassol que pretende indicar o médico Amado Rahal como  seu vice. É uma chapa pronta e acabada.

Além do primeiro pelotão, formado pelo prefeitos e pelos dois deputados federais, outros nomes já estão se movimentado. Adilson Siqueira (PSOL), Davi Chiquilito (PC do B), Alexandre Brito (PTC), Hamilton Casara (PSDB), entre tantos outros cogitados, como Fernando Prado (PMDB).

Via Direta

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Fonte: Carlos Sperança