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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 04/07


Fome e violência

 

Como conseqüência do projeto de lei, de autoria do magnata dos combustíveis Alex Textoni, que proibiu a pesca mas bacias dos rios  Guaporé e Mamoré,  já estaria ocorrendo no meio dos pescadores a fome,  o desemprego e violência. A denuncia é da senadora Fátima Cleide (PT).

 

Inferno astral

 

O parlamentar da Bacia Leiteira depois que voltou da Rússia e da Alemanha, só tem levado porretadas na cabeça. O mais "querido" deputado de Rondônia, também recentemente teve suas asas aparadas pelo mandarim estadual, ficando só ele de fora na futura mesa diretora do Poder Legislativo. E agora mais essa paulada da petista...

 

Boas intenções

 

Na verdade, quando apresentou seu projeto, Textoni queria implantar o mesmo regime de exploração do turismo no pantanal matogrossense, onde as medidas deram certo. Mesmo sendo o pantanal rondoniense mais bonito que o mato-grossense, e a Amazônia de Rondônia, mais exuberante do que a do Amazonas, levamos desvantagem na briga por turistas, por falta de divulgação de nossas belezas naturais.

 

As extraordinárias

 

A confirmação de um período de sessões extraordinárias pelo governador Ivo Cassol obrigou a Assembléia Legislativa a mudar de planos, já que os deputados estaduais esperavam o início do recesso a partir do dia 1º de julho. Mesmo assim o Parlamento estadual,  não funcionará com todo corpo de funcionários. Muitos já entraram em férias.  

 

Plano Diretor

 

O município de Rolim de Moura comemora um feito histórico: a conclusão do seu plano diretor, depois de 12 meses de trabalho unindo técnicos municipais, vereadores, lideranças comunitárias etc. O estudo vai nortear o desenvolvimento da cidade, respeitando-se a utilização do solo, o adensamento da cidade e o meio ambiente.

 

Os preparativos

 

O PSOL que começa a crescer no estado a partir de filiações de ex-petistas tem encontro preparativo dia 14 para o I Encontro estadual, programado para acontecer em Ouro Preto do Oeste em agosto. O presidente regional, Adilson Siqueira deve disputar a eleição a prefeito em Porto velho no ano que vem.

 

Correndo trecho

 

O dirigente pedetista Ruy Motta garante que a legenda já trabalha na articulação partidária e que a agremiação terá candidaturas próprias em quase todos os municípios do estado. Na capital, no entanto, existe a possibilidade de uma aliança do socialismo moreno com o prefeito Roberto Sobrinho (PT). Motta abre visitações no interior para a organização da legenda.

 

Muita semelhança

 

Depois que o deputado Maurinho lembrou que o presidente regional do PSDB Hamilton Casara é um verdadeiro sósia do presidente da Bolívia Evo Morales, bocudos de plantão garantem que Amorim é um irmão gêmeo do  polêmico presidente Hugo Chaves. No último caso, mais pela camisa vermelha, hábito cultivado pelos dois caudilhos


Vespasiano Ramos

 

O poeta Vespasiano Ramos, que viveu seus últimos dias em Rondônia, e que foi sepultado no cemitério dos Inocentes, tem seu túmulo e sua história esquecida nestas bandas. Embora seja considerado uma celebridade internacional até hoje, Vespasiano – assim como Percival Farqhuar, o pai de Porto Velho – ainda não foi devidamente reconhecido na terrinha.


Baby boom

 

Constata-se nas maternidades de Porto Velho um verdadeiro baby boom, ou seja uma explosão de natalidade. Como tem aumentado o índice de gravidez nas adolescentes e nas famílias da periferia sem condições de cuidar de mais uma boca para alimentar, tem ocorrido muitas adoções. Temos verdadeiras campeãs de fertilidade por aqui: num desses casos, Martinha, moradora do JK, ( com recém completados 21 anos) já tem sete filhos e já está grávida do oitavo. Nem coelha...

 

Do Cotidiano

Margens da sustentabilidade


Estamos habituados, na Amazônia, a contemplar margens amplas, espaços a perder de vista, a grandiosidade encarnada como fauna e flora de imenso alcance, imenso potencial, imenso futuro. No entanto, há questões nas quais as margens repentinamente se estreitam: por que, por exemplo, a legislação de proteção à Amazônia é tão perfeita e a prática é tão imperfeita?

Ninguém no planeta poderá negar que a legislação ambiental brasileira, no que toca ao manejo sustentável das nossas florestas, é justa, adequada, democrática. Decorreu da superação de uma ditadura cuja megalomania estava conduzindo o país a um beco sem saída. Sobreveio ao cabo de mais de uma legislatura no Congresso Nacional, em meio aos debates mais intensos, calorosos e dignos das amplas margens dos nossos caudalosos rios. Mesmo assim, continuamos no olho do furacão: as obras necessárias são atrasadas muitas vezes por firulas técnicas, questiúnculas pseudo-políticas e o predomínio da força sobre a inteligência.

É a força do decreto, da iniciativa predatória, do crime organizado, em oposição à desorganização da sociedade, do Estado muitas vezes ausente em defesa da vida, da cidadania e da lei, apesar do gigantismo paquidérmico das máquinas oficiais, com o cidadão entregue à própria sorte. Evidencia-se o excesso de esperteza no campo da rapinagem, observa-se um povo ainda vitimado pela ignorância, com uma estrutura educacional atrasada, digna de todas as reprovações.

A Amazônia e seu povo multinacional e multirracial fazem por merecer uma educação qualificada não apenas nas luminosas capitais, mas também para descortinar e iluminar as amplas margens pelas quais as pessoas agem, vivem e se multiplicam. A sustentabilidade sofre com uma exploração florestal de apetite pantagruélico e insensato, a expansão da agricultura não obedece a padrões de sensibilidade e adaptação. De um lado, derrubadas irrefletidas, projetos egoístas, amplas margens para a ilegalidade, as invasões e o desrespeito às leis. De outro, margens estreitíssimas para o direito, a proteção, a projeção do amanhã.

Produzir apenas por um lustro, no máximo, e deixar para trás a terra arrasada seria como que repetir o feito demoníaco dos insensatos que atiraram napalm no Vietnã porque não iriam mais poder utilizar aquela terra. É uma espécie de matricídio, matar a nutriz dos próprios lucros, condenar-se ao lucro cessante. 
  


Via Direta

 

*** O prefeito Confúcio Moura (PMDB), o primeiro a instalar guarda municipal no estado, vai fazendo história em Ariquemes *** Será o primeiro também a instalar coleta seletiva de lixo no estado de Rondônia *** Com Renan Calheiros e Joaquim Roriz em apuros, o Senado entra num  conveniente recesso em julho.  

Fonte: csperanca@enter-net.com.br

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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