Uma coluna sem papas na língua 04/07/09

Pró-Emancipação

Em revoada, lideranças da região da Ponta do Abunã desembarcam na semana que vem em Porto Velho para manter audiências com autoridades dos três poderes, visando esclarecer em quantos anda o processo de emancipação do novo município de Extrema, que terá em seu território as localidades de Nova Califórnia, Vista Alegre e Fortaleza do Abunã.

Briga antiga

A peleja pela emancipação de Extrema vem de longe e o primeiro projeto da sua criação remonta a 1985, logo depois do imbróglio criado pelos acreanos, que invadiram a região e a incorporaram ao seu território. Reconquistada pelos rondonienses, de lá pra cá, o movimento Pró-Emancipação tem trabalhado incansavelmente na busca da independência, infelizmente sem êxito.

Mesma situação

Na mesma situação de Extrema, esta o progressista distrito de Tarilândia, no interior de Jaru, cuja luta também já passa de duas décadas. Mais meia dúzia de localidades, também acompanham o desfecho da mobilização da Ponta do Abunã pra entrar na briga emancipacionista, como Jacy-Paraná, Jacinópolis, Nova Dimensão, Rio Pardo, Abunã, 5º BEC, Migrantinópolis, Triunfo, Riozinho, Nova Estrela etc.

PEC da transposição

No sentido de não iludir e criar falsas expectativas, creio que deputados e senadores da nossa bancada federal deveriam ser mais sinceros com nosso funcionalismo. A Proposta de Emenda Parlamentar da transposição, até pode ser colocada em votação em agosto, no entanto a própria base aliada é contra a aprovação da matéria. Trocado em miúdos: a coisa não esta fácil.

Comportamento

Já existem algumas alterações dos comportamentos dos deputados estaduais em vista da provável cassação do governador Ivo Cassol. O presidente do Poder Legislativo, Neodi Carlos (PSDC-Machadinho do Oeste) - favorito para ganhar a provável eleição indireta - já fiscaliza obras no interior, com um verdadeiro governador.

Com entrosamento

Pelo que tenho acompanhado, Neodi e Miguel Sena (PV-Guajará Mirim), provável futuro presidente da Casa de Leis, já estão entrosados para as futuras funções que devem assumir brevemente. E o deputado estadual Miguel Sena, provável futuro presidente, começa a formatar um planejamento de reestruturação do Parlamento estadual.

Prévias tucanas

A decisão do Diretório Nacional em organizar prévias já indica que não houve acordo entre os presidenciáveis, os governadores José Serra e Aécio Neves. O tucanato está dividido quanto à realização da consulta interna:  uma parte acredita que pode dividir a agremiação, outra que poderá motivar as bases em torno do postulante escolhido.

Se arriscando

Parte da força política do governador Ivo Cassol residia no fato de representar o antipetismo em Rondônia. Temos um interior ruralista, ganadero, madeireiro e conservador, não afeito às propostas ambientalistas. Na própria capital, o sentimento contra os petistas é enorme. O que era perdoável em Chiquilito, por exemplo, não se perdoa em Sobrinho. Estou alertando: Ivo esta se arriscando.

Abrindo espaço

Ao se juntar a base aliada de Lula, e misturar água e óleo na política – ficar no mesmo palanque com os petistas - Ivo abre espaço para o surgimento de uma nova liderança que represente o conservadorismo regional. E como Sansão, que perdeu a força, ao Dalila lhe podar a juba, vai perder muito, ao pular cirandinha, com quem criticava acidamente na roça até dias atrás.

Do Cotidiano

Medo como insumo

A indústria da segurança particular, que se beneficia da incompetência da máquina pública e da troca de time de policiais que se vendem ao bilionário negócio do crime organizado, entendeu que o mote é atacar, mas sem matar.

O negócio da segurança particular está abrindo um novo e forte veio na economia nacional. O medo é seu principal insumo. Sem contar a procura por armas, que é a pior maneira de se proteger, um estudo sobre quanto custa para um cidadão garantir a própria segurança no Brasil de hoje apontou gastos que podem ser feitos apenas uma vez ou constantemente. 

Gastos mensais, por exemplo, como pagar um guarda de rua em cotização com os vizinhos ou pagar mais caro pelo condomínio cujo prédio instale um sistema eletrônico de segurança. E gastos freqüentes, como pagar flanelinhas ou estacionamento toda vez que sai de casa, ou estruturais, como aumentar muros e botar grades nas janelas de casa, colocar sistema de alarme monitorado em casa ou apartamento, película protetora nos vidros do carro ou optar pela compra de um carro blindado, que no mínimo é o dobro do normal.

Dentre os produtos de segurança privada mais requisitados no momento, além de todo um vasto arsenal de gadgets, está a Taser, uma arma que permitiu a redução do número de indenizações nos Estados Unidos em milhões de dólares. Não sendo letal e de uso permitido no Brasil, as empresas prestadoras de segurança privada no País começam a protocolar autorizações para importar o equipamento junto aos órgãos do governo americano.

A Taser, já vista em muitos filmes policiais, paralisa a pessoa abordada por 5 segundos através de uma descarga elétrica, tempo suficiente para algemá-la. Nos EUA, esse tipo de arma diminuiu o número de indenizações pagas pelo governo às pessoas que eram alvejadas pela polícia. No Brasil, alguns organismos públicos já contam com a Taser, que passou a ser usada pelas polícias americanas a partir de 2000. A pistola também está em outros 45 países, incluindo o Brasil. 

A Taser não substitui armas de fogo, mas cria uma etapa intermediaria nas ações policiais. Em algumas cidades americanas o número de tiroteios entre a polícia e suspeitos se reduziu a zero. Nos locais onde a Taser foi implantada a redução do emprego de armas de fogo é em média de 80%. Tem tudo para ser uma nova moda. Infelizmente, também pode ser operada por bandidos, que vão nos derrubar com o choque mas, pelo menos, nos deixarão vivos.

Via Direta

*** Impressionam os recentes levantamentos dando conta sobre a insegurança na aviação e na navegação fluvial na Amazônia *** É de ficar de cabelos em pé *** O deputado Moreira Mendes (PPS) percorre o estado costurando alianças para o blocão em 2010 *** O objetivo é que o agrupamento que reúne DEM/PSDB/PPS lance candidatura própria ao governo no ano que vem.  

Fonte: Carlo Sperança / www.gentedeopiniao.com.b 
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