Quinta-feira, 4 de outubro de 2007 - 07h09
Siglas de aluguel
O Brasil já conta com 28 agremiações partidárias e somente 19 possuem representação no Congresso Nacional. A proliferação dos partidos é estimulada em função do gordo fundo partidário criado pela legislação eleitoral, e, também para balcão de negócios para candidaturas. Essa situação tem sido freqüente em Rondônia e algumas legendas nanicas chegaram a surpreender nas últimas eleições, elegendo deputados, como o PSDC e PTN.
Ordem no galinheiro
A propósito da proliferação partidária, o cientista político Davi Fleischer da Universidade Federal de Brasília defende a liberdade para a criação de novas siglas, mas ao mesmo tempo sustenta a necessidade de limites. “Tem que ter alguma penalidade para o partido que se organiza e elege poucos ou ninguém”, afirma. Que tal, a criação de uma segunda divisão, como o Brasileirão? A sigla não elege ninguém, cai para a Segunda Divisão...
Censo desmente
O Censo 2007 desmente implacavelmente o ufanismo sobre o crescimento demográfico de Rondônia. Algumas regiões do estado foram esvaziadas, com milhares de pessoas trocando nosso estado na última década. Alguns exemplos: as cidades de Colniza e Rondolância, no Mato Grosso, e Apuí, no Amazonas, foram colonizadas por migrantes rondonienses. Veja mais na seção “Do Cotidiano”.
Baita surpresa
Recebo ligações de Cacoal para explicar porque estou atribuindo a condição de fenômeno político ao Padre Franco (PT), afinal é um nome desconhecido da grande mídia, etc e tal. Ora, também fiquei surpreso, mas as pesquisas são bem claras. O Padre Franco já está no primeiro pelotão em Cacoal, como também está Garçom em Porto Velho e Romeu Reolon em Alto Paraíso
Avanço petista
Depois de conquistar Porto Velho surpreendentemente nas eleições de 2004, o PT que nos últimos vinte anos apenas conseguia bons resultados em municípios de pequeno e médio porte, já se habilita para entrar em condições de igualdade para disputar as prefeituras de Cacoal, Ouro Preto do Oeste e Jaru nas próximas eleições municipais.
Em erupção
Como um vulcão a Ponta do Abunã volta a dar sinais de erupção por conta da peleja da emancipação política e administrativa do município de Tancredo Neves, cujo projeto tem o objetivo de aglutinar as localidades de Extrema, Nova Califórnia, Vista Alegre e Fortaleza do Abunã. Um novo fechamento da BR-364 na região foi desencadeado para chamar a atenção das autoridades rondonienses.
Canto do Cisne
Na verdade toda esta revolta das lideranças da Ponta do Abunã, mais me parece com o canto do cisne, que dá entoa seu último grito antes de dar adeus a esse mundo cruel. A emancipação foi para as cucuias e o sonho de eleições para eleger o primeiro prefeito e a primeira Câmara de Vereadores no ano que vem estão virando fumaça. Tudo depende do Congresso que não está nem aí para a coisa.
Esvaziamento
O PSL, liderado pelo ex-presidente da Assembléia Legislativa Carlão de Oliveira sofre um pesado processo de esvaziamento no estado. Depois de perder o deputado estadual Euclides Maciel para o PSDB, o vice-prefeito de Cacoal Luiz Contec também pulou fora e voltou ao ninho dos tucanos. Ambos são possíveis candidatos a prefeito em suas bases.
Mercado do Peixe
Com a inauguração do Mercado Popular do Peixe (foi construído ainda na gestão do ex-prefeito Carlinhos), o prefeito Roberto Sobrinho começa a revitalizar a região do Cai N’Água, abandonada durante décadas e cartão postal negativo da capital rondoniense que festejou 93 anos na terça-feira. O petista também toca obras de infra-estrutura e na região.
Do Cotidiano
O censo da polêmica
Com 311.791 habitantes, o município de Porto Velho, que festejou terça-feira, dia 2 de outubro, seus 93 anos de emancipação, conforme os dados preliminares do Censo 2007 do IBGE, é o maior de Rondônia e o terceiro da Amazônia, perdendo somente para Manaus e Belém. Já, Pimenteiras, na fronteira com a Bolívia, no extremo sul do estado, é o menor município rondoniense com apenas 2.341 habitantes. Vilhena foi o que mais cresceu, ultrapassando Jaru, ficando agora na 5ª colocação do ranking das maiores cidades rondonienses.
Embora haja uma enorme gritaria dos prefeitos com relação aos números preliminares do censo e o eleitorado de municípios como Porto Velho – 240 mil eleitores – sinalize para uma população de pelo menos 360 mil, valores bem maiores do que os auscultados pelo IBGE, sabe-se que o Estado de Rondônia foi objeto de deslocamentos migratórios internos e externos nos últimos anos.
Alguns municípios, toma-se como exemplo Ouro Preto do Oeste, perderam habitantes para novas frentes de colonização em Rondônia, Mato Grosso, Acre e Sul do Amazonas e, também, exportou mão de obra operária para os Estados Unidos, Portugal e Espanha. Atualmente milhares de pedreiros empregadas domésticas, eletricistas e azulejistas da região central estão trabalhando em grandes empreiteiras americanas, espanholas e portuguesas.
O mesmo problema ocorrido na Bacia Leiteira de Jaru e Ouro Preto também foi detectado em Ji-Paraná, cujas perdas demográficas tem a ver com o avanço da exploração da madeira e da pecuária nas regiões da Ponta do Abunã, Buritis e Nova Mamoré, onde pipocaram várias localidades em plena selva nos últimos dois anos.
A rigor, poucos municípios conseguiram números positivos. A própria Buritis, campeã nacional de crescimento na última década, também acabou cedendo migrantes para a Ponta do Abunã e Vale do Guaporé. Mesmo assim teve força para ultrapassar Pimenta Bueno conquistando a décima colocação entre os 52 municípios do estado.
Os números definitivos do Censo 2007 serão divulgados nesta sexta-feira, mas já existem vários pedidos de revisão porque muitos municípios se sentem prejudicados com a contagem para efeito de repasses do Fundo de Participação dos Municípios –FPM, conforme revelou recente reportagem especial do jornalista Luiz Martins deste Diário da Amazônia.
Via Direta
*** Ontem todas as atenções estavam voltadas para os casos dos infiéis no Supremo Tribunal Federal-STF *** Previsão de confronto entre gays e evangélicos para audiência pública que vai discutir a homofobia na Assembléia Legislativa *** Depois da figura do nepotismo cruzado, agora temos o nepotismo disfarçado *** São os velhos hábitos e costumes da política rondoniense *** No feriadão, mais uma vez maridos desgarrados foram aprontar nas praias de Fortaleza do Abunã...
Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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