Terça-feira, 4 de novembro de 2008 - 00h00
Eleições na roça
Constatando a disposição de tantos possíveis candidatos ao governo do estado para 2010 na capital – só o PT teria três pretendentes – recorro à memória para falar que se trata de um projeto altamente arriscado. O último governador eleito pela capital foi Oswaldo Piana em 90 e precisou do apoio de Bianco e Acir na região central e de Cassol e Expedito na Zona da Mata.
Nomes de ponta
Nomes de ponta da política estadual fracassaram na tentativa de alçar o Palácio Presidente Vargas. Odacir Soares, Jacob Atalah, os prefeitos José Guedes e Chiquilito Erse, etc. Eleições na roça é um desafio. O interior vota maciçamente no seu candidato, seja ele quem for. E o interior tem dois terços do eleitorado rondoniense.
No segundo turno
Colonizado majoritariamente por paranaenses, catarinenses, gaúchos, capixabas, mineiros e baianos, e com um eleitorado bairrista, o pujante interior em 2002 chegou a mandar dois candidatos ao segundo turno na peleja ao governo: Bianco que tentava a reeleição e seu pupilo - que fingia ser oposicionista - Ivo Cassol (Rolim), que acabou levando.
Querem mais?
Em 2006, praticando a linha burra, a capital mandou cinco candidatos contra um da roça, no maior erro de estratégia já praticado até hoje em eleições estaduais e, consagrou Ivo Cassol para mais quatro anos. Vamos atualizar a parada em termos de eleitorado: Porto Velho hoje tem 250 mil eleitores, o interior 776 mil votantes
Fórmula mágica
Tudo isso para lembrar, que no momento se articula o lançamento do grande campeão de votos de Porto Velho para governador, mais a grande campeã de reeleições no interior, numa chapa já considerada favorita para 2010. Mas se houver um candidato do interior – seja quem for - até botando vice mixuruca da capital (Aparício e Odaisa já foram...) em primeiro ou segundo turno, o bicho da roça leva! Aposto minha estância sem piscar!
As coisas mudaram...
As eleições municipais mostraram que ser político com a marca de cassolboy na testa é uma fria. Os deputados da base aliada, que disputaram a prefeitura de Porto Velho – Garçon e Alexandre Brito - levaram pau e só agora entenderam que ser coleguinha do Palácio Presidente Vargas é um peso nas costas. E já estão preocupados com 2010...
Os cassolboys
Entende-se por Rondônia afora, que cassolboys são aqueles deputados que votam e obedecem cegamente, as determinações emanadas do governo estadual. É o sinônimo de capacho, de vaca de presépio etc. Quase toda a legislatura segue esta toada. Apenas Neri Firigolo está fora deste cenário e, mais uns dois ou três que encenam “independência”.
Marca da testa
A marca na testa de capacho, já perturba os deputados estaduais. Tanto é verdade, que desde o ano passado, Euclides Maciel (PSDB-Ji-Paraná) busca mudar esta imagem. Na semana passada, Alexandre Brito (PTC) falou claramente que deixará de ser um capacho. Arre, já existem pelo menos dois que pretendem se arriscar como “independentes”.
Sem oposição
A grande verdade é que o governo estadual não tem oposição na atual legislatura. Até os deputados petistas se comportam como base aliada e pulam cirandinha com o Palácio Presidente Vargas. Sem oposição, o governo estadual não é fiscalizado, sem fiscalização pintam as barbaridades. Por isso já se fala em renovação máxima na próxima legislatura. A população clama por deputados com atitude.
Do Cotidiano
Territórios da Cidadania
Estuda-se a criação de novos territórios na Amazônia, mas não para efeito de redivisão territorial da região Norte, como abordei nesta coluna no final do mês de outubro. São os chamados Territórios da Cidadania.
Trata-se, segundo o economista Jorge Weley Ferreira, do Ministério de Desenvolvimento Agrário - MDA de uma política de desenvolvimento territorial promovido pelo governo Lula através do Ministério de Desenvolvimento Agrário, como foi tratado em recente reunião realizada no interior, com as explicações técnicas concedidas aos prefeitos de todo o estado, pelo delegado daquela pasta em Rondônia, Olavo Nienow.
Desde 2003 o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável, que era presidido na época pelo secretário de Estado Marco Antônio Petisco, dividiu Rondônia para efeito de regionalização das políticas públicas em sete territórios. Ainda neste ano, o governo do presidente Lula homologou mais três: O território Madeira-Mamoré, que compreende os municípios de Guajará Mirim, Nova Mamoré, Porto Velho, Candeias do Jamari e Itapoã do Oeste; o território do Vale do Jamari que engloba o município de Ariquemes e mais oito cidades da região e, por último, o Território Central que incorpora Ji-Paraná e região.
Em 2008, como relata Jorge Weley, o MDA homologou a criação de mais um, que é o Território do Rio Machado, que compreende Cacoal e a região do café. Com esta configuração, a pasta trabalha com recursos orçamentários em blocos regionais.
Como essa política de regionalização tem se mostrado eficiente, o presidente Lula, no seu segundo mandato decidiu que não só os recursos do Ministério de Desenvolvimento Ambiental, mas também de 19 outros ministérios deveriam trabalhar integrados, segundo essa política de desenvolvimento.
O tema tem avançado e as discussões se sucedem. Encontros regionais já foram realizados no mês de outubro em Ariquemes em Ji-Paraná. Em Rondônia, por enquanto, apenas o território central trabalha a unificação dos recursos dos 19 ministérios.
Para o próximo ano já esta previsto também, que o Território do Vale do Jamari passe a ser território da cidadania. Para 2010 será a vez de incluir nesse processo, o Território Madeira Mamoré.
Para tratar destes projetos os prefeitos rondonienses têm realizado seguidas reuniões de mobilização, onde participam autoridades estaduais e federais, alem dos mais variados segmentos da sociedade.
Via Direta
*** O Orçamento da União será discutido na Assembléia Legislativa na próxima quinta-feira, em audiência especial *** Os prefeitos rondonienses vão acompanhar atentos o evento em busca de recursos através de emendas parlamentares *** Das capitais da região Norte, Porto Velho é a que detém o titulo de campeã de roubo de energia *** A “honraria” é atribuída às classes mais abastadas e não aos pobrinhos, como se acreditava.
Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião
csperanca@enter-net.com.br
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese
É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira
DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec
A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026
Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri