Quarta-feira, 4 de novembro de 2009 - 05h52
Eleições 2010
Os últimos acontecimentos vão indicando uma eleição claramente regionalizada em 2010 e com a base governista possivelmente rachada em dois candidatos. Vão pintando como pré-candidatos ao governo Confúcio Moura (PMDB-Ariquemes); Acir Gurgacz PDT (Ji-Paraná), Expedito Júnior (PSDB) e João Cahulla (PPS) ambos de Rolim de Moura); Melki Donadon (PHS-Vilhena), Roberto Sobrinho (ou Eduardo Valverde, ou ainda Fátima Cleide (PT)) em Porto Velho.
Aliança dividida
Chama atenção o caso de autofagia na base governista com dois candidatos e ainda por cima da mesma região, a Zona da Mata. Ora, para a oposição esta situação é uma verdadeira festa: tudo o que os adversários querem é pegar a aliança situacionista dividida em dois candidatos.
Naufrágio certo
No caso de canabalização envolvendo Cauhlla e Expedito, um deles acabará inevitavelmente naufragando ainda em primeiro turno. E aí, se pergunta: Até aonde Ivo conseguirá transferir votos para Cahulla? Mas ocorrendo isso (fortalecendo El Bigodón) Ivo acabará enfraquecendo Júnior, com a base aliada correndo o risco de não levar nenhum deles para o segundo turno.
Dever de casa
Os oposicionistas apostam tudo, ao fazer o dever de casa. Confúcio (PMDB) está bem posicionado nas regiões do Vale do Jamari e Bacia Leiteira; Acir esta sem predador na região central e circunvizinhanças; o mesmo ocorrendo com Melki no Cone Sul e dificilmente um candidato petista (sem Cassol na disputa direta ao governo, é uma festa...) vai perder na capital.
As desvantagens
Com os oposicionistas fazendo o dever de casa, e com os pré-candidatos governistas rachando suas próprias bases (Zona da Mata/Região do Café), pode ser identificada a primeira desvantagem para os representantes da situação, que disputam entre si apoio de 17 siglas.
Ritmo de autofagia
A segunda desvantagem, também em ritmo de autofagia, vai ocorrer nos pequenos e médios municípios, onde a presença do governo do estado é mais forte e, isso deverá acontecer a favor de Cahulla, fortalecendo o vice, prejudicando Expedito, que em contrapartida se mostra mais forte nos pólos regionais, causando ele, então, estragos à Cahulla.
Ainda a base aliada
O racha da situação é muito perigoso numa eleição claramente regionalizada. Se Cahulla e Expedito não forem bem nas suas próprias bases, já que são da mesma região, terão que descontar a diferença para saltar para o segundo turno em Vilhena (mas lá tem Melki), em Ji-Paraná (onde prevalece Acir...), na capital (onde o PT tomou conta), ou em Ariquemes (lá à ponta é de Confúcio), onde se encontra o grosso do eleitorado rondoniense.
Ciência inexata
A política realmente não é uma ciência exata, mas para levar seu ungido Cahulla ao segundo turno, Ivo vai precisar de Expedito e de unidade na base aliada. Igualmente Expedito, para alçar o segundo turno, vai precisar do respaldo de Cassol e unificar as forças governistas. Com Cahulla e Expedito divididos, a oposição agradece penhoradamente.
Mago das viradas
Numa eleição como a de 2010, também não se pode subestimar a possível presença do enigmático prefeito de Ji-Paraná, José “Hitchcok” Bianco na disputa. Ele foi o grande mago das viradas de 98 (quando ele ganhou de Raupp) e de 2002 (quando lançou Ivo se fingindo de oposicionista).
Coelhos da cartola
O ex-governador conhece profundamente os meandros da política regional e sempre tira um coelho da cartola para virar o jogo, mesmo parecendo que perdeu, como ocorreu com a peleja com Ivo em 2002. O que estará tramando o veterano bruxo da BR contra seus adversários? Estará com Expedito? Com Cahula? Ou fervendo as poções de alquimista a seu favor?
Do Cotidiano
A construção naval
Acompanho com atenção os desdobramentos dos trabalhos da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e do Desenvolvimento Regional que trabalha no sentido de recuperar a indústria Naval na Região Norte. Trata-se de uma missão de relevante importância, na medida em que visa facilitar a renovação da frota de pequenas e médias embarcações na Amazônia, evitando assim um fantástico índice de tragédias nos rios Madeira, Amazonas, Negro, Tapajós e outros.
Existe um grupo de trabalho criado pelo Ministério dos Transportes, por sugestão da Comissão da Amazônia especificamente para tratar da elaboração de políticas públicas pra a navegação fluvial na Amazônia, onde os naufrágios se sucedem com centenas de vítimas fatais.
Os trabalhos avançam e uma das primeiras decisões foi a de criar subsídios, uma linha de crédito subsidiado para a modernização das embarcações, de forma a dar mais segurança à navegação fluvial na região.
Um primeiro diagnóstico a respeito do transporte de cargas e passageiros elaborado pela comissão resultou no grupo de trabalho criado destacando a falta de recursos de crédito subsidiado para a renovação da esquadra. Descobriu-se que dos créditos liberados pelo Fundo da Marinha Mercante no Brasil, nos últimos anos nenhum foi destinado para os estados da região Norte, onde mais se utiliza o meio fluvial, onde os rios se tornam verdadeiras estradas para o desenvolvimento regional.
Como não poderia deixar de ser, foi criado uma proposta que já se encontra na Casa Civil do Palácio do Planalto destinado a subsidiar a construção das navegações de pequeno porte. Mas além do financiamento, o poder público precisa investir na formação técnica e acadêmica dos construtores e navegadores fluviais da Amazônia.
Ela entende que o governo federal, através da Secretaria de Educação Tecnológica Federal com o Ministério da Ciência e Tecnologia deveria operacionalizar mais na criação de escolas navais na região.
O projeto em andamento para subsidiar a construção das embarcações prevê financiamentos de até 100 por cento das embarcações com período de carência de dois anos prorrogável por mais um, prazo para pagar de até 12 anos e bônus de adimplência de até 50 por cento. É um início, um verdadeiro pontapé inicial, para reduzir os naufrágios pelos rios desta Amazônia.
Via Direta
*** Num acordo tácito entre os partidos os casos de infidelidade partidária já estão caindo no esquecimento Brasil afora *** O deputado estadual Euclides Maciel, o traíra da BR, quer ficar bem com todo mundo *** Num dia diz que esta com Acir, noutro com Expedito e já falou até em votar no Cahulla também *** Coisa de Louco!
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