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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 05/08/08


 

A interdição

A semana abre com ameaça da interdição da BR-319, na altura do km 40, entre Porto Velho e Humaitá. Trata-se de um movimento de protesto de agricultores que se dizem prejudicados com a criação do Parque de Reserva Ambiental do Mapinguari, assinado pelo presidente Lula em junho.

Muitos prejuízos

Milhares de famílias de posseiros, assentados e sem-terras se sentem prejudicados com a medida. Muitos extrativistas residem na área há 40 anos e também foram atingidos pela criação do parque que não permite a exploração de lavouras e tampouco da pecuária.

As movimentações

O final de semana marcou algumas movimentações dos candidatos à prefeitura de Porto Velho pela cidade. Davi Chiquilito (PC do B) inaugurou seu comitê no bairro 4 de Janeiro, enquanto que Garçom (PV) tocava passeata pelas ruas centrais e o tucano Hamilton  Casara (PSDB) visitava a região portuária etc.

Caso dos pintainhos

Mas quem fez o nome mesmo no final de semana foi o candidato a vereador que trocava votos por pintainhos na periferia de Porto Velho.  O filho do ex-prefeito Luiz Gonzaga, o Gonzaguinha, por conta da proeza que lhe rendeu alguns dias de prisão, teve sua história repercutida nacionalmente em publicações de expressiva circulação.

Reabertura dos trabalhos

A Câmara Municipal de Porto Velho reabre os trabalhos nesta terça-feira com novo horário de sessões visando melhor aproveitamento do material das reuniões perante a imprensa. As sessões serão realizadas no período da manhã, a partir das 9 horas. É tempo de eleições e os vereadores buscam mais visibilidade.

Marcando em cima

O departamento jurídico do PSB de Mauro Nazif marca em cima a campanha do prefeito petista Roberto Sobrinho e já obteve algumas vitórias, como a retirada de propaganda irregular. Os petistas devem estar de barbas de molho com as botinadas desses verdadeiros “zagueiros” socialistas.

Restaram dois

Eram vários deputados estaduais intencionados em disputar as prefeituras municipais. Ao final só restaram dois, Alexandre Brito em Porto Velho e Alex Textoni em Ouro Preto do Oeste. O primeiro não é considerado candidato de ponta e o segundo está cedendo terreno para Sônia Arrabal. Os suplentes já estão perdendo as esperanças.

Parque Ecológico

O professor Adilson Siqueira, candidato do PSOL a prefeitura de Porto Velho inseriu na sua plataforma de governo uma série de melhorias para o Parque Ecológico de Porto Velho, criado ainda na gestão do falecido prefeito Francisco Chiquilito Erse. A área foi doada pelo ecologista Raimundo Paraguassu.

Opção de lazer

Siqueira lembra que o Parque Ecológico local se constitui numa das únicas opções de lazer dos portovelhenses e a freqüência tem diminuído pela falta de atrações e até de conservação daquele logradouro público. “Vamos resgatar o Parque Natural”, assegura.

Pauta definida

Já com pauta definida, a Assembléia Legislativa reabre os trabalhos nesta terça-feira priorizando o aumento de salários para a Polícia Militar e o fim de auxílio-moradia a autoridades e servidores graduados dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A última medida visa adequar os orçamentos aos rigores da Lei de Responsabilidade Fiscal.



Do Cotidiano

Histórico de traições

Ecoa em Vilhena aquilo que foi considerado “traição” política e denunciado pelo dirigente comunista Júlio Olívar, que seria candidato a prefeito naquele município e que acabou barrado no baile pelos convencionais da sua própria agremiação, identificando-se como cúmplices (?) Vera Paixão e Nilton Schram, do PSB.

Traição política em Vilhena ou em Rondônia não é novidade nenhuma. Lembro que ainda em meados da década de 80, Paulo Mazola, uma grande liderança do PMDB no Cone Sul, virou a casaca, se aliando ao grupo político do PDS, atraído pelo governador Jorge Teixeirão, Odacir Soares e o Golbey rondoniense José Renato da Frota Uchoa, causando fúria da oposição liderada por Jerônimo Santana e cia. Aquela aliança ajudaria o PDS a infringir uma baita derrota ao favorito PMDB naquele pleito de 1982, elegendo os três senadores, cinco dos oito deputados federais e os 24 deputados estaduais na Assembléia Legislativa. Foi barba, cabelo e bigode.

Olivar foi derrubado em Villhena por um tanto de ingenuidade e um tiquinho de inexperiência. Também não sabia que Vera Paixão e Schram estavam fazendo o jogo do governador Ivo Cassol, ao fecharem com o vereador Zé Rover (PP). Tinham suas razões: derrubar o clã Donadon por lá exige mais unidade da oposição.

Ainda revoltado com o que ele classifica de “traição”, Olívar dispara para todos os lados para denunciar o ocorrido na cidade Portal da Amazônia (na verdade ele foi um verdadeiro pato nas mãos dos aliados de Cassol e Zé Rover).

A traição política é dolorida. Bianco sentiu na pele quando dois aliados de mais de vinte aos (Chiquilito e Camurça) fecharam com o então governador Valdir Raupp em 98. Para sorte do atual prefeito de Ji-Paraná, a militância dos dois não seguiu a nova orientação e acabaram elegendo Bianco (até então na rabeira naquela campanha), num clima de revolta.

Aliás, as revoltas contra decisões das cúpulas tem sido uma tônica em eleições recentes no estado. A própria eleição do prefeito Roberto Sobrinho em 2004 é atribuída à revolta do eleitorado que se sentiu traído e não aceitou a aliança Mauro Nazif/Carlinhos Camurça.

Num passado menos recente, também na disputa pela prefeitura de Porto Velho, tivemos a aliança Jacob Atalah/Raquel Cândido, que no papel sairia como grande favorita para conquistar o Palácio Tancredo Neves. Mas as bases não entenderam a mistura de um político conservador a uma política considerada vermelhinha na época.

Traições e miscelâneas políticas se confundem. Na temporada temos várias alianças frankstênicas montadas. Em Porto Velho já se sabe de alguns lances de espionagem política rolando a solta em cima de um dos candidatos. Vamos ver onde tudo isso vai parar....

Via Direta

*** Repercute o culto do descarrego em Ouro Preto do Oeste que se transformou em pancadaria *** Foi preciso até intervenção da Policia Militar para acabar com a coisa *** A criação da Guarda Municipal é uma unanimidade entre os candidatos da oposição em Porto Velho *** O prefeito Roberto Sobrinho (PT) poderia até se antecipar e botar a entidade para funcionar desde.

Fonte: Carlos Sperança

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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