Terça-feira, 6 de novembro de 2007 - 06h09
Base aliada
A maior parte da base aliada do governador Ivo Cassol fechou com proposta de autoria do deputado estadual Miguel Sena (PV-Guajará Mirim) que extingue o auxílio-moradia aos juizes, conselheiros, desembargadores, promotores e procuradores. Conforme a proposta, também será cortado o auxilio dos deputados estaduais e do governador.
Grupo dos 14
No último “recenseamento” de deputados favoráveis a aprovaçao do corte do auxilio-moradia foram contabilizados 14 o que aprovará a medida com tranqüilidade. Já os aliados dos conselheiros e desembargadores continuam fazendo gestões para virar o placar, mas já não existe muitas esperanças de que o quadro seja revertido nesta altura do campeonato.
O matriarcado
O regime de matriarcado político em Rondônia ameaça crescer nas eleições municipais do ano que vem. Em Cacoal, onde a prefeita Sueli Aragão cumpre seu segundo mandato, o PMDB espera emplacar o nome da vereadora Raquel Carvalho. Em Ariquemes, a deputada Daniela Amorim quer revanche com Confúcio Moura. Em Nova Mamoré Ana da Oito desponta com grandes possibilidades.
Em Candeias do Jamari
Em Candeias do Jamari, o embate promete. O prefeito Chico Pernambuco (PMDB) vai para a reeleição enfrentando Dinho Garçon (PV) e Wagner do Rio Preto (PSDB), outro nome de grande apelo popular. A divisão da oposição beneficia o alcaide local que aposta na força do PMDB para se manter no poleiro.
Obras prá chuchu
Aproveitei o feriadão para percorrer os bairros de Porto Velho. Tem obras da prefeitura prá chuchu - reformas de logradouros, asfaltamento drenagem, reforma fundiária, moradia etc - e para todos os quadrantes da capital. Impressiona como a malha asfáltica aumentou nos últimos anos e o movimento do comércio aos domingos nos eixos dos bairros operários JT/Tancredo, Eldorado/Caladinho.
Calcanhar de Aquiles
É tanta coisa, que o prefeito Roberto Sobrinho não consegue divulgar direito tudo que faz e até as inaugurações são mal exploradas, devido o acúmulo. Mesmo assim o Palácio Tancredo Neves também tem seu calcanhar de Aquiles: na saúde ainda falta muito. Uma área que também não funciona bem nas esferas estadual e federal.
Nova rodoviária
De tudo o que foi anunciado pelo prefeito Roberto Sobrinho o que mais parece emperrado é a nova rodoviária. Primeiramente a discussão se prolongou por causa da definição de um local, depois o projeto teve que passar pela Câmara de Vereadores e a licitação das obras acaba sempre adiada. A próxima licitação está prevista para dezembro.
Contas do PV
Nas contas do Partido Verde está a conquista de pelo menos cinco prefeituras nas eleições do ano que vem. Conforme as previsõesA elas seriam as de Porto Velho, com Lindomar Garçon; em Colorado do Oeste com Edinho da FM; em Nova Mamoré com Ana da Oito; em Candeias do Jamari com Dinho Garçon e, São Francisco com Tião da Vaca.
Favas contadas
O PSL dá como favas contadas a recuperação do mandato para o partido do deputado estadual Eucldies Maciel. O Diretório Regional pretende agilizar o processo e para tanto tem advogado do Diretório Nacional para tocar a demanda. O ex-presidente da Assembléia Legislativa Carlão de Oliveira não fala nada mas já mandou confeccionar uma fatiota nova...
Do Cotidiano
O desmatamento na Amazônia
Se é o receptador que efetivamente faz a prosperidade do ladrão, são as siderúrgicas as principais incentivadoras do desmatamento ilegal na Amazônia. Essa dedução poderia ser obtida quando se considera que a atividade ilícita de extrair e comercializar ilegalmente madeira na região responde pelo fornecimento de quase 60% da matéria-prima de siderúrgicas.
Atacado por todos os lados, ora por ser o herói do filme, ora por ser tido como um vilão e um freio ao desenvolvimento do País, o Ibama até que cumpre sua parte, ao impor pesadas multas aos infratores identificados, mas a extração, “na lei ou na marra”, como se dizia da reforma agrária na década de 60, não pára de avançar. Segundo as estimativas, as multas aplicadas pelo Instituto já ultrapassaram a marca do bilhão, o que proteja os lucros dos infratores para a escala trilionária.
É certo que o Brasil não pode parar e as empresas, precisando de matéria-prima, adquirem as partidas que lhes chegam às portas sob a presunção de que transitaram legalmente do sítio extrativista até os depósitos das empresas adquirentes. Mas em tempos de aquecimento global e diante de todas as graves conseqüências ambientais que já se anunciam, além das já presentes, seria melhor vigiar bem o caminho.
O historiador Maurílio de Abreu Monteiro, professor do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (UFPA), apontou em estudos elaborados em 2006 que o desmatamento não-autorizado fornece 57,5% da madeira que alimenta os fornos das carvoarias. Ao pesquisar a produção carvoeira desde o final da década de 80, quando as primeiras indústrias se instalaram nessa região sob a influência do projeto Grande Carajás, Monteiro chegou a algumas conclusões que confirmam a tese de que o caminho precisa ser mais bem vigiado.
Hoje, 80% do ferro-gusa da região é exportado para o EUA, um grande comprador que manda e não pede. Não se pode fechar os olhos, portanto, para a imensa demanda de carvão existente no setor. A produção de 3,5 milhões de toneladas de carvão vegetal consumida pelo setor siderúrgico brasileiro requer um volume de 22,2 milhões de metros cúbicos em toras de madeira, valor muito maior que o volume autorizado (9,4 milhões de metros cúbicos) pelo Ibama para a extração no Maranhão e Pará.
Só no Pará são pelo menos 20 mil fornos funcionando sem autorização. O resultado é que a devastação da floresta para retirada da madeira e sua transformação em carvão vegetal já alcança mais de 300 mil hectares, aumentando diariamente. Afora as pesadas multas já aplicadas, o Ibama entrou em julho com quatro ações públicas contra as siderúrgicas cobrando indenizações de R$ 832 milhões. São números estonteantes. Mesmo assim, a extração não cessa.
Via Direta
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Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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