Uma coluna sem papas na língua 08/11

Casa em ordem
Apupado pela opinião pública no início de sua gestão – também fui porta voz das reclamações dos jiparanaenses – o prefeito José Bianco chega ao terceiro ano de mandato bem na foto. Além de botar a casa em ordem, Bianco trabalha com afinco na drenagem e na pavimentação das ruas da capital da BR e consegue reduzir os gastos de pavimentação drasticamente ao fazer a opção pelos bloquetes.

Emprego e renda
Ao invés de engordar as empreiteiras, hábito corriqueiro dos políticos rondonienses, Bianco consegue com a pavimentação de blocos de cimento uma economia de cerca de 30 por cento e gerar renda, centenas de empregos, numa cidade carente de postos de trabalho. Uma estratégia das mais acertadas já que nos próprios reparos de tubulações da Caerd ou de telefonia, o bloqueteamento se mostra mais barato.

El Bigodón
Ungido do governador Ivo Cassol para sua sucessão em 2010, El Bigodón, também conhecido na aldeia como João Caúlha já se movimenta com desenvoltura e tem sido constantemente escalado para solenidade e visitas aos municípios e distritos. É um vice ativo e participativo e faz política a moda mineira. Seu estilo tem agradado na roça.

A visibilidade
Quem seria capaz de imaginar que algum político rondoniense conseguisse mais visibilidade na mídia nacional que Amir Lando, que chegou ao posto de ministro? Pois Valdir Raupp, líder do governo no Senado está conseguindo a façanha. Tem sido figura carimbada nas redes de TV e nos jornais de maior circulação do país. O barbudo queixada está mandando bem!

Canto do cisne
Só restará a Maciel o canto do cisne, aquele entoado pela última vez, antes do bicho bater as botas. Pelo que comentam os sabichões jurídicos da aldeia, só resta ao deputado estadual Euclides Maciel, que pulou de galho do PSL, a saída pela porta dos fundos da Assembléia Legislativa. Começa a andar o processo de cassação por infidelidade.

Carlão ou Arimar?
Com os primeiros suplentes de Euclides Maciel, Romeu Reolon e Tião Serraia  também enquadrados como infiéis e  Carlão de Oliveira ainda com pendências na justiça, pode acontecer uma zebra danada, sem precedentes na história política rondoniense: o ingresso de Arimar Sá ou até de Silvana Davis no Parlamento estadual.

A patinha do gato
O governador Ivo Cassol não tem se mostrado um pastor atento ao seu rebanho. Por isso algumas ovelhas se perderam na Assembléia Legislativa e outras, da base aliada, que pretendem entrar na disputa pela prefeitura de Porto Velho se engalfinham num processo de autofagia, usando a tática da patinha do gato. É preciso botar ordem na coisa.

Só na cabeça
Os tucanos só levaram na cabeça com as últimas adesões. Em Ji-Paraná, Euclides Maciel está perdendo o mandato e em Guajará Mirim  o cristão novo Dedé de Melo administra a Pérola do Mamoré sob fogo cerrado. O presidente regional Hamilton Casara – que é pré-candidato a prefeito em Porto Velho - precisa se benzer!

Asas crescidas
Com lançamento da sua pré-candidatura em Ji-Paraná, Joarez Jardim, já anda de asas crescidas e entusiasmado em disputar o Palácio Urupá. As recentes adesões dos partidos da base aliada em torno do seu nome animaram a militância cassolista na capital da BR. Sob escudo chapa-branca, Joarez começa a mexer as peças no tabuleiro político local.

Poder paralelo
Percorri os bairros da capital no último final de semana e voltei a constatar que um poder paralelo, o dos traficantes, vai se impondo em nossa periferia. E a coisa não ocorre apenas nos eixos populosos do Tancredo/JK/Ulysses, ou no Eldorado/Caladinho/Cidade do Lobo. Vi isto Nacional,  na Esperança da Comunidade e até no Floresta. Coisa de louco!

Do Cotidiano
As pressões do crescimento
Importantes órgãos da imprensa brasileira tem enfocado  matérias sobre os reflexos da construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira. De um lado, alguns segmentos afirmam que as usinas vão pressionar  e colocar em perigo espécies da fauna da região como a ariranha, a tartaruga-da-amazônia, o tatu-canastra, o jacaré-açu e a piramutaba.
De acordo com as reportagens já veiculadas, o Ibama emitiu em julho a licença prévia para a construção as hidrelétricas. Para uns, o investimento de R$ 13,2 bilhões para produzir 6.450MW de energia por ano a partir de 2912 é crucial para evitar o racionamento de energia no país.
Já, para outros  o empreendimento é uma temeridade para todo ecossistema regional, como se posiciona o Greenpeace, que entende que a demanda brasileira poderia ser suprida com pequenas centrais hidrelétricas, energia eólica, solar, fotovoltaica, gás natural e biomassa somadas as hidrelétricas atuais.
Como cuidado com o meio ambiente, a licença do Ibama exige 33 medidas de mitigação de impactos, como a instalação de herbários e centros de reprodução de peixes. O órgão governamental também revela que problemas como os de sedimentação, acúmulo de mercúrio e migração de peixes já foram esclarecidos.
A grita dos ambientalistas, no entanto, continua e é grande. Enfatizam que apenas a área de alagamento foi estudada, excluindo a de abrangência que passa por Rondônia como os vizinhos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, além dos países como a Bolívia (onde nasce o madeira) e o peru.
Outra argumentação usada pelos ambientalistas contras as usinas diz respeito as cidades da região que não estão preparadas para o crescimento do agronegócio e da população e a pressão sobre as terras indígenas.
Enquanto o calendário das obras avançam ao meio de uma  disputa voraz entre mega empreiteiras, as usinas do madeira continuam animando as perspectivas de alguns setores da economia da capital rondoniense. Por conta de suas perspectivas já houve uma verticalização da cidade, com a construção de dezenas de aranhas-céus. O maior contará, quando concluído, com 28 pavimentos, em pleno centro da capital rondoniense, com  vista privilegiada para o Rio Madeira e monumentos históricos, como a  Estrada de Ferro Madeira Mamoré, Catedral, caixas d'água, etc.

Via Direta
*** O Partido dos Trabalhadores -PT prossegue os debates em torno da renovação do Diretório Regional *** Ao todo, a discussão sucessória do novo comando estadual vai atingir 18 municípios *** O PSDC acaba de lançar mais dois pré-candidatos a prefeito no estado: Glaucione Neri em Cacoal e Joarez Jardim em Ji-Paraná *** São nomes competitivos e em condições de  crescimento ao longo da jornada.
Fonte: csperanca@enter-net.com.br