Uma coluna sem papas na língua 09/06/09

 

As pesquisas

As primeiras sondagens eleitorais registradas no TRE apontam para uma regionalização das eleições ao governo do estado no ano que vem. Na proporia pesquisa do instituto Phoenix, que já auferiu a tendência do eleitorado em várias regiões do estado, veiculada pelo jornal Alto Madeira, foi possível constatar esta tendência.

Nomes regionais

Com prefeitos e ex-prefeitos na peleja da disputa do Palácio Presidente Vargas em 2010, é imprescindível que o candidato faça o dever de casa na sua base eleitoral. Quem não ganhar bem na sua região, dificilmente conseguirá alçar uma vaga no previsível segundo turno, já que pelo numero de candidatos, teremos sim, eleições em dois turnos, tendo em vista a fragmentação dos votos.

O renascimento

O movimento pela emancipação da Ponta do Abunã esta renascendo. Em Extrema, o assunto está se transformando em palestras para estudantes e as classes políticas e empresarial estão se mobilizando novamente para clamar pela autonomia daquele Distrito. A luta pela independência daquela comunidade tem quase duas décadas.

A explosão de Jacy

E por falar nos distritos de Porto Velho, o deputado estadual Ribamar Araújo (PT) cobrou – e com toda razão – recursos do PAC para implantação de infra-estrutura na localidade de Jacy-Paraná, hoje o distrito mais populoso da capital. Lá, têm sido grandes os impactos gerados pela construção das hidrelétricas e a comunidade não tem recebido a devida contrapartida vivenciando colapso em segurança, água e esgoto etc.

Encontros do PPS

O presidente regional do PPS, Moreirão Mendes anuncia encontros municipais da agremiação para discutir a política de alianças da sigla para o ano quer vem. Ele anunciou a realização de Congresso Estadual no final deste mês em Ji-Paraná e encontro municipal na capital no próximo mês de agosto. A legenda também tem se movimentado no Vale do Jamari e no Cone Sul.

Orçamento participativo

Para abrir as discussões em torno do orçamento 2010, a prefeitura de Porto Velho vai realizar audiências públicas, a partir de amanhã, para que a população conheça seu programa de obras, os investimentos em saúde e educação etc. É o orçamento participativo, uma criação do PT gaúcho e que ganhou espaço no municipalismo brasileiro nas últimas décadas.

Pela união

Não existem meios de combater problemas familiares advindo dos entorpecentes e até a própria incidência de criminalidade em Rondônia, se às autoridades federais, estaduais e municipais não se der às mãos, unindo-se para asfixiar o tráfico de drogas desde a fronteira com a Bolívia. Trata-se de uma situação emergencial e que afeta todo o país.

Só a asfixia

A asfixia das ações do narcotráfico é imperativa, seria o primeiro grande passo para enfrentar essa dura – amarga e crescente realidade. O combate ao narcotráfico em Rondônia – a capital e alguns municípios estão tomados pelos traficantes – passa por ações que vão desde o endurecimento na aplicação das penas até consideráveis reforços na desguarnecida fronteira rondoniense.

Correndo trecho

A senadora Fátima Cleide, que é pré-candidata do PT ao governo de Rondônia imprimiu ritmo forte no interior no final de semana. Depois de visitações em Cacoal e região do café, esteve em Ji-Paraná, Vilhena, Cerejeiras e Cabixi participando de eventos comunitários e de reuniões partidárias. O PT ainda não definiu quem será seu candidato, mas a senadora esta largando na frente.

Do Cotidiano

Um sistema integrado

O nosso futuro, segundo os estudiosos, depende de respostas sérias e sinceras sobre perguntas que seguem: A Amazônia é uma estrutura viva ou apenas uma fonte de lucros? É uma laranjeira da qual se podem colher várias laranjas que no futuro se renovarão através de seus frutos e sementes ou uma finita mina, na qual, após extraído o último grama precioso, restará apenas um enorme buraco deserto? 

Se a opção for tirar da floresta tudo o que ela pode dar, de forma agressiva, predatória e até criminosa, o futuro não será nada generoso com as novas gerações. É preciso, portanto, fazer a opção pela vida, pela renovação, pela sustentabilidade. Rita Mesquita, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e coordenadora da Conferência Internacional Amazônia em Perspectiva, que se realizou em Manaus no final do ano passado, pensa que é fundamental, nesse caso, articular a pesquisa realizada nos três grandes programas que estudam o bioma. 

A conferência, aliás, teve esse propósito, constituindo-se numa primeira e importante tentativa de integrar os três programas a partir do intercâmbio de resultados. Faz parte de uma lógica ultrapassada, esquizofrênica, lidar com as questões científicas como se elas fossem isoladas umas das outras, presas em compartimentos estanques. É importante, assim, que os cientistas – ao menos eles, para dar o exemplo – tenham percebido a necessidade de criar um espaço público no qual os estudos de diversos enfoques disciplinares possam se integrar. 

Conforme a pesquisadora, “não é possível entender os ciclos, processos e fenômenos biológicos sem entender a biodiversidade, que, por sua vez, tem um papel crítico na formação de nuvens, na reciclagem de nutrientes, na decomposição e assim por diante. Essa visão de múltiplos enfoques é necessária porque a Amazônia é um grande sistema integrado”. 

Tomara essa visão holística (atualmente está na moda à visão quântica) prevaleça e as atividades de pesquisa de universidades, instituições governamentais e seções de investigação de empresas possam confluir para um rumo único, igualmente orgânico e vivo, a partir de parcerias mutuamente vantajosas envolvendo todos os países amazônicos. 

Mas tão importante quanto á integração dos cientistas é que os resultados de seus trabalhos sirvam de âncora para as ações dos formuladores de políticas públicas – governantes, técnicos, parlamentares. 



Via Direta

*** A Secretaria de Estado da Educação ainda não respondeu se vai atender ou não o pedido do deputado Dantas sobre a implantação da ronda escolar *** A revista Momento já circula a edição de junho destacando matéria especial sobre abusos sexuais em Rondônia *** Com a paralisação dos servidores, agrava-se o setor de saúde na capital *** A situação já era de colapso. 

Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br  / www.opiniaotv.com.br 
csperança@enter-net.com.br