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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 09/07/08


  Uma coluna sem papas na língua 09/07/08 - Gente de Opinião

Nova estratégia

O governador Ivo Cassol (sem partido) adota uma nova estratégia política para as eleições de 2008. Em alguns municípios acabou escolhendo nomes quase desconhecidos do grande público, mas com reduzidos índices de rejeição. São os casos de Neuma Guedes (PSDB)  e Carmem Gon (PTB). As duas são candidatas em Jaru.

Em Ariquemes

As duas grandes forças envolvidas na disputa da prefeitura de Ariquemes, o Palácio do Cacau, acabaram compondo e assim acabou ocorrendo uma baita redução no número de postulantes. O prefeito Confúcio Moura atraiu o DEM, que indicou o empresário Márcio da Novalar como vice e Daniela Amorim botou de vice o pecuarista Lourivaldo Amorim. Do PSDC.

Largando na frente

Uma coluna sem papas na língua 09/07/08 - Gente de Opinião
Na capital o candidato a prefeito do PTC Alexandre Brito largou na frente dos concorrentes nas caminhadas pelos bairros, ao lado da sua vice, a ex-vereadora Silvana Davis. Sinal que está otimista. Tem até seus motivos, já que foi o deputado estadual mais votado na capital. NO entanto a parada é dura.



Motivos para comemorar

Se a oposição faturar as eleições em Ariquemes e, em Cacoal, terá um motivo a mais para comemorar. Ocorre que, respectivamente os prefeitos Confúcio Moura (PMDB) e Sueli Aragão (PMDB) estão concluindo as obras dos novos e modernos paços municipais. Já imaginaram Daniela (PTB) e Glaucioni (PSDC), com prédios novinhos em folha?

Nossa Pantazônia

Revendo a novela Pantanal, pelo SBT, volto a admirar as belas imagens do pantanal  mato-grossense. Muitos  brasileiros e mesmo, tantos rondonienses não sabem, mas no Vale Do Guaporé, onde o céu é mais azul eUma coluna sem papas na língua 09/07/08 - Gente de Opinião “engalana  a natureza”, temos o encontro das belezas do Pantanal com a exuberância da flora e da fauna da Amazônia. É a nossa Pantazônia.

Falta competência

Se Rondônia, tem  a biodiversidade do Pantanal, todo encanto  da Amazônia e as atrações da Ilha do Marajó, porque o turismo porque aqui, só está engatinhando? Sejamos francos: falta competência ao governo do estado de Rondônia e as prefeituras dos municípios do Vale do Guaporé para exploração turística destas riquezas naturais.


Dois cassados

Existe uma certa tradição de turbulências políticas em alguns municípios de Rondônia, como na região da Bacia Leiteira. Mas a cassação de dois prefeitos em menos de quatro anos, como foram os casos de José Amauri e Ulisses Borges, é sem dúvida um recorde negativo para a tumultuada Jaru. E a coisa continua fervendo por lá.



Uma coluna sem papas na língua 09/07/08 - Gente de OpiniãoMote de campanha

Os marqueteiros estão dando tratos a bola para criar os motes de campanha dos prefeituraveis em Porto Velho. Na eleição passada, com o tema “regularização fundiária”, Roberto Sobrinho levou a melhor. Foi tão bem sucedido que está sendo imitado por prefeitos do interior e pelo próprio governador Cassol que acaba de criar uma pasta para tratar do assunto.

O machismo

A Sra. Marina das Graças Ramos, que tem sua filha policial militar em tratamento de depressão em Palmas (TO), em e-mail (LEIA ABAIXO) denuncia a prática de machismo na corporação do 5º Batalhão da Polícia Militar em Rondônia. Ao relatar o drama que passava com a filha por telefone – que chegou até tentar suicídio – um militar de alta patente deu risada e  disse que o problema da filha era decorrente de abstinência sexual.

Psicanalista da caserna

Sentindo-se autoridade da psicanálise, o militar rondoniense, não teve dúvidas em receitar para a família da paciente, o que ele considerava o melhor remédio para a policial militar em tratamento. “Ela precisa mesmo é de arrumar um namorado”. Infelizmente, a prática de machismo e fatos como esse, não são raros na caserna, em todo o país.

LEIA O E-MAIL ENCAMINHADO AO GENTEDEOPINIÃO -  Gostaria de relatar uma situação enfrentada por mim e minha filha e pedir uma reportagem sobre o machismo enfrentado pelas mulheres na Corporação das Polícias Militares. 

Obrigada.
Marina Ramos 

Venho neste momento fazer um desabafo , e pedir a você que levante esta questão perante o público nacional. Hoje não moro mais em Porto Velho. Sou mãe de uma Policial Militar que está lotada no 5º Batalhão da cidade de Porto Velho, no Estado de Rondônia, sob o comando do enente Coronel Machado, e que por infelicidades da profissão, entrou em uma depressão profunda e crise de pânico, por fatores da profissão . Ela está comigo agora em Palmas -TO, afastada para tratamento psicológico e psiquiatra, sendo acompanhada pelo psiquiatra aqui da cidade, também Policial Militar. Até então eu pensava que minha filha, MEU ORGULHO..., era um ser especial, pois dava a sua vida em troca da vida de qualquer cidadão....., mas na quinta-feira liguei para o Tenente Coronel Machado para parabenizá-los pelo novo prédio e desejar felicidades..., pois mantenho sempre contato ai com eles , e na conversa que tivemos, ele me perguntou pela PM Auriana e eu disse qu ela estava como sempre, entre um dia muito alegre e outro com muito choro, pois é assim que ela se encontra no momento... e para MINHA DESILUSÃO E FRUSTRAÇÃO, ELE ME DISSE, COM TODAS AS LETRAS, QUE MINHA FILHA PRECISAVA DE UM NAMORADO, ALEGANDO QUE SEUS PROBLEMAS ERAM DE ABSTINÊNCIA SEXUAL.... Veja só que MACHISMO, mesmo que fosse este o problema ele não tinha o direito de me dizer isto, sendo que tenho laudo de mais de três psiquiatras dando seu parecer sobre a doença. Cheguei em casa indignada, triste por ver onde minha filha tinha decidido doar sua vida ... pois se um CORONEL DE UM BATALHÃO ACHA isto engraçado , então nada tem sentido. Minha revolta foi tanta que contei para minha família, e em desabafo, chorando, minha filha me disse que já ouviu isto várias vezes e que muitas vezes ouvia seus superiores rindo e falando dela quando ela passava, já que por ela ser solteira e não ter se envolvido com nenhum deles, demonstrando sempre um comportamento digno de uma policial militar, a cada crise dela, eles passaram a concluir que seria este o motivo de sua doença. Na quinta-feira passada, saí às 19:00 para ir ao médico e quando cheguei, às 21:30 minha filha tinha TENTADO O SUICÍDIO.... só não conseguiu porque tive um presentimento e arrombei a porta do quarto que estava trancada. Precisei chamar a polícia daqui , que prontamente me atendeu, juntamente com o corpo de bombeiros, que nos levou voando para o PRONTO SOCORRO, onde a PM já tinha acionado um psiquiatra que a internou e a tratou. De manhã recebi o telefonema do Capitão da CIOP que tinha verificado o chamado do dia anterior, se prontificando em ajudar e colocando à disposição viaturas e suporte para o que fosse preciso. Quanta diferença....posso comprovar com LAUDOS que minha filha se encontra hoje nesta situação por sonhar que na POLÍCIA MILITAR DE RONDÔNIA, ELA IRIA SERVIR E AJUDAR A POPULAÇÃO. E peço que divulgue porque enquanto este mundo for de homens machistas como este, mulher alguma deveria servir à população junto à polícia militar. Hoje, antes de lhe escrever, falei com o SUB COMANDANTE CORONEL MACIEL, e tive dele todo o apoio e carinho. É de HOMENS e POLICIAIS assim, que o nosso Brasil precisa. 

Um forte abraço a vocês, muita sorte e que continuem a fazer esse jornal tão especial e importante para a população e que esta história consiga alertar outras mães, mulheres e outros políciais, que estejam passando ou já passaram por este problema. Me pego pensando nos percalços que uma mulher, como a COMANDANTE GERAL da polícia militar de Rondônia, UMA MULHER, delicada e firme em seu propósito de servir à população, enfrentou para chegar aonde chegou. 

MARINA RAMOS


Do Cotidiano
 
Os acidentes nos rios

Lauro Sodré, Augusto Montenegro, Leopoldo Peres: estes nomes de homens bem-sucedidos acabaram afundando. Quando a empresa SNAAPP (Serviços de Navegação da Amazônia e Administração do Porto do Pará) administrava as viagens fluviais entre Belém e Porto Velho, esses eram alguns nomes dos navios de aço, de origem holandesa, que faziam o trajeto. Um a um eles foram afundando nos rios da região. Era uma viagem por mês e o resto seguia ao sabor do acaso.

No entanto, o desenvolvimento da Amazônia exige um transporte fluvial melhor estruturado. Não se pode mais aceitar a “loteria” de um transporte que burla a vigilância da Capitania dos Portos para levar passageiros a um jogo de azar em que por vezes todos perdem, pois as volumosas águas amazônicas chegam a dar arrepios até em calejados lobos-do-mar. Nem se trata de enfrentar uma baleia Moby Dick, tal qual no romance de Herman Melville, muito embora haja baleias aparecendo em rios, mas bater uma frágil embarcação de madeira numa solerte balsa em viagem noturna.

Falta-nos o espírito de Irineu Evangelista de Sousa, o barão de Mauá, o primeiro a investir maciçamente no transporte fluvial da região. Infelizmente, o patrono do empreendedorismo brasileiro teve suas fábricas atacadas por sabotagens criminosas e os negócios abalados pela perseguição governamental do Império, sendo levado à falência e vendendo o que tinha a capitalistas estrangeiros.

Desde então, diversas tentativas de tornar o transporte fluvial uma prioridade na Amazônia têm esbarrado em comissões, resoluções e anúncios espetaculares de solução definitiva dos problemas e ainda assim os gargalos existentes teimam em se manter. É como se o espírito de Mauá continuasse a ser sabotado e perseguido.

Ano após ano dezenas de acidentes fatais tem ocorrido nos caudalosos rios da região amazônica tragando centenas de vitimas. O próprio Rio Madeira, com transporte fluvial de passageiros regular para Manaus, a quase 900 quilômetros de Porto Velho,  tem sido palco de grandes tragédias. Organizar o transporte fluvial, balizar os rios amazônicos, dar mais segurança para os passageiros que viajam apinhados dentro de embarcações velhas de defasadas, ainda se constituem em grandes desafios na região Norte.



Uma coluna sem papas na língua 09/07/08 - Gente de OpiniãoVia Direta

 *** Como em todos anos nesta época começam as queimadas ao longo da R 364. As doenças respiratórias estão aumentando *** Ano eleitoral e as invasões  de terras se seguem na capital e em alguns municípios do interior *** A falta de cimento continua prejudicando a construção civil em vários municípios do estado *** Em virtude da escassez a saca de cimento chegou a ser cobrada R$ 40,00 em Porto Velho, quase o dobro do início do ano.

Fonte: Carlos Sperança

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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