Terça-feira, 10 de fevereiro de 2009 - 06h09
Estratégia de defesa
No Plano de Defesa, recentemente divulgado pelo ministro Nelson Jobim no Gentedeopinião, até que é anunciada mais presença brasileira nas fronteiras. Mas a estratégia nacional pouco contempla as divisas rondonienses com a Bolívia, onde se sabe, rola trafico de drogas em larga escala e também de armamento pesado. È o caso da bancada federal exigir mais apoio, mais recursos para coibir o avanço do narcotráfico na região.
A colombização
A Amazônia toda enfrenta um processo de colombização. A fronteira de Rondônia com a Bolívia, com mais de 1000 quilômetros de extensão sofre também um processo acelerado de influência dos narcotraficantes.Alguns municípios são casos mais marcantes, como Guajará- Mirim e Costa Marques. A estratégia de defesa brasileira é michuruca para enfrentar os cartéis que atuam na região.
As duas faces
Se de um lado a administração petista salgou demais o reajuste dos coletivos em Porto Velho, de outro segue a risca seu programa de regularização fundiária, este sim, um programa que beneficia as castas menos privilegiadas. No caso dos coletivos, o prefeito Sobrinho apunhalou a população de baixa renda, já no que tange a regularização fundiária, merece todos os aplausos. São as duas faces da administração petista.
Candidatura própria
O PMDB entra na passarela com candidatura própria ao governo em 2010, conforme suas lideranças. Na última década, o partido preferiu mesmo se aliar com aqueles candidatos considerados de ponta, tato ao governo como a prefeitura da capital. Com o tempo vai se descobrir se a coisa não é puro jogo de cena.
Opção por alianças
A opção por alianças pelo PMDB em Porto Velho já foi feita com o ex-prefeito Carlinhos Camurça, e assim é feito com a atual administração do alcaide Roberto Sobrinho, que aos poucos ameaça se transformar numa gestão genérica de Camurça, já que em suas fileiras conta com ex-escudeiros do ex-prefeito, Valadares, Jair Ramires e agora Willians Pimentel.
Bancada ruralista
Desde janeiro a bancada da agricultura tem mais um reforço para se juntar aos deputados Luís Cláudio (PTN-Rolim de Moura) e Ribamar Araújo (PT-Porto Velho) na Assembléia Legislativa: trata-se do o ex-prefeito Edson Martins, de Urupá, que assumiu uma cadeira na ALE e vai atribuir grande dedicação as bandeiras rurais.
A reablitação
Os deputados estaduais e federais que se envolveram nas eleições de 2008 em Rondônia e que acabaram levando peia dos adversários vão procurar se reabilitar num projeto de reeleição em 2010, como Lindomar Garçon (PV), Mauro Nazif (PSB) e Alexandre Brito (PTC). Todos vão enfrentar fortes predadores e alguns deles já estão a caminho do despenhadeiro político, a vala comum.
Um reabilitado
E dos ex-deputados estaduais que disputaram eleições no ano passado, apenas Romeu Reolon (PMDB) se reabilitou, conquistando a prefeitura de Alto Paraíso, a popular Jericópolis. Ganhou bem a parada, num município onde campeava o cassolismo, liderado pelo ex-prefeito Altamiro.
É a Casa de Irene
Em todo país temos sete governadores e quatro senadores com os seus mandatos cassados em todas instâncias. Mas a coisa não é pra valer. A coisa virou uma casa de Irene. Todos são beneficiados por intermináveis recursos. Alguns desses políticos, como se sabe, apenas serão “punidos” depois da conclusão dos seus mandatos.
Do Cotidiano
A opinião estrangeira
Eles chegam, aplicam suas teorias ao que vêem ou ouvem falar e se vão, a escrever livros e fazer palestras pelo mundo afora. Alguns são mais honestos, outros menos. Mas, honestos ou não, são as impressões que eles vão transmitir ao Primeiro Mundo os motores responsáveis pela geração da imagem do País no exterior.
Um dos mais respeitados depoentes sobre a realidade amazônica, sem dúvida, é o professor francês Alain Ruellan, que leciona Ciência do Solo. Uma palestra dele na sessão sobre a Amazônia brasileira, realizada pelo Tribunal Permanente dos Povos, em outubro de 1990, em Paris, ainda hoje baliza a opinião estrangeira sobre a Amazônia e o Brasil.
Para Ruellan, a Amazônia é, antes de tudo, os povos; também, as imensas riquezas naturais; finalmente, é um fator de equilíbrio a níveis local, regional e mundial. Quanto aos povos, que estavam aqui antes da chegada dos portugueses e dos espanhóis, hoje, mesmo lutando por sua autonomia e identidade, “não são mais do que algumas dezenas de milhares cuja existência e os direitos continuam a ser ridicularizados”, no conceito do professor francês.
Mais recentemente, a propósito do encontro entre o presidente Lula e seu colega francês, Sarkozy, ele dirigiu um apelo ao povo brasileiro, que igualmente repercutiu pelo planeta afora:
– Temos que agir rapidamente, muito rapidamente. Trata-se de uma corrida, uma corrida para ocupar a floresta e viver da floresta antes que ela seja sucateada e desapareça. Agir rapidamente, e agir no plano federal, em caráter de urgência, fazer a escolha política clara do desenvolvimento sustentável. (...) multiplicar os locais de pesquisa e de ações, dando prioridade àqueles que fizeram à escolha política e socioeconômica do desenvolvimento sustentável. Não é um único instituto da biodiversidade amazônica que devemos criar, mas uma rede de pequenos institutos, apoiando-se no que já existe. A imensa Amazônia é diversa: diversidade biológica, ecológica, humana; diversidade de experiências adquiridas. São essas diversidades que temos que descobrir e valorizar. Então vamos evitar mais um grande projeto que será mais uma vez arquivado.
Goste-se ou não dessas “palpitações” do professor francês sobre a realidade amazônica, a verdade é que nem todos os estrangeiros acham que a capital do Brasil é Buenos Aires. O grande conhecimento de Ruellan sobre solos o habilita a pelo menos saber o que anda acontecendo com eles, ao pisar no chão amazônida
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br
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