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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 10/06/08



LRF em debate

Durante a semana a Assembléia Legislativa fará uma reunião da Mesa Diretora exclusivamente para tratar do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Além disto,  os deputados participarão do encontro do Sinduscon, quando o presidente Neodi Carlos falará dos esforços da Casa para o enquadramento.

Na justiça

A decisão do PMDB compor com o PT  pode acabar na justiça causando  problemas para a coalizão. Os dissidentes aumentam e o próprio presidente do Diretório Municipal, Fernando Prado já fala em deixar a agremiação logo depois das convenções. Ele se sente traído, já que era estimulado a se lançar como candidato a prefeito.

É previsível

Como a decisão da aliança veio goela abaixo – Fernando Prado admite isso – o casal Raupp que domina a agremiação já antecipou a convenção do partido para homologar a aliança para o próximo dia 15. Isso significa que o comando regional teme pendengas com os dissidentes, senão faria como os outros partidos, cujas convenções estão marcadas para o final do mês.

Água e óleo

Sempre que pintam misturas explosivas a coisa dá encrenca na base. Eu não acredito que os militantes dos peemedebistas Carlinhos Camurça e Odacir Soares arregacem as mangas em favor de Roberto Sobrinho. Também tenho certeza que o próprio grupo do atual presidente do PMDB da capital Fernando Prado, acabará mesmo trabalhando contra.

Políticos tradicionais

Nas andanças por Rondônia, tenho constatado que a população quer dar uma resposta aos políticos tradicionais envolvidos em escândalos, sejam do governo ou da oposição. Quando aparece o nome de um Mirandex numa pesquisa em Ji-Paraná, ele dispara. O mesmo ocorre quando o Padre Franco é incluído nas sondagens de Cacoal.

Novela em Jipa

Bem que o governador Ivo Cassol e o atual prefeito de Ji-Paraná José Bianco (DEM) tentaram se acertar. Ate um nome de consenso para vice tinham conseguido fechar, mas o escolhido - e palatável para os caciques regionais - não aceitou o convite. Era Mirandex (PMDB), a liderança emergente na BR. Um nome de credibilidade.

Dois catimbeiros

Ainda vão longe os entendimentos para que saia uma fumacinha branca ente esses cardeais catimbeiros da política rondoniense. Uma coisa  me parece quase certa: Cassol é candidato ao Senado e Bianco ou ao Senado ou ao governo. É aí que o bicho pega, já que Ivo tem seus ungidos. Ao indicar um vice em Ji-Paraná, Ivo quer amarrar Bianco por lá até o final do mandato.

O jogo de Bianco

O jogo de Bianco é garantir um vice de confiança – seria Canuto, mas Ivo não aceita justamente por isso – e ficar a cavalheiro para entrar na disputa ao Senado ou ao Palácio Presidente Vargas em 2010. Encontrar um vice que agrade Bianco e Cassol (e que também seja aceito pelo PDT...) é a equação para ser resolvida na capital da BR.

Forças em definições

Não havendo acordo em Ji-Paraná, Bianco escala seu time compondo com  o  PTB e PDT. E Zé Otônio (PSDB),  que entra polarizando, forma a sua escalação com uma penca de legendas. Se possível vai tentar um mano-a- mano atraindo para sua aliança  o PSB de Jesualdo, o PMDB de Edivaldo Soares etc.

Terceira Via

Caso não se firme a tentativa de uma frente anti-Bianco em Ji-Paraná, com Zé Otônio, também poderá entra na parada o peemedebista Edvaldo Soares, fazendo dobradinha com o ex-chefe da Casa Civil Joarez Jardim (PSDC). O jogo, como se vê, está complicado .

Do Cotidiano

Farquhar e os nordestinos

Boa parte da história mais antiga da Amazônia foi escrita pelos brasileiros do Nordeste, assim como boa parte da história recente vem sendo também construída pelos sulistas. Quando Percival Farquhar (1964−1953) botou os olhos no imenso potencial de riqueza da Amazônia, na primeira década do século XX, ele se tornaria mais um nordestino na história da região.

Pois ele era isso mesmo: um nordestino, mas nascido em berço de ouro no seio de uma família quacre da Pensilvânia, no Nordeste dos EA. Completou seus estudos na Universidade de Yale, um dos centros da elite estadunidense, onde se formou em Engenharia e sua ligação com trilhos, que seria a raiz do interesse demonstrado pela América Latina, ampliou-se ao assumir a vice-presidência da Atlantic Coast Electric Railway Co. e da Staten Island Electric Railway Co., que controlavam o serviço de bondes em Nova Iorque.

Percival Farquhar pode até estar na origem da aversão cubana aos norte-americanos, pois foi também sócio e diretor da Companhia de Eletricidade de Cuba, mas isso não o impediu de ter propriedades na Rússia − ferrovias e minas −, já sob a égide de Lênin, com quem negociou. Mesmo com negócios em todo o mundo, base efetiva para o personagem Tio Patinhas de Disney/Barks, o País em que Farquhar teria maior peso e representou seu maior desafio foi, sem dúvida, o Brasil e, nele, o desafiador trecho ferroviário Madeira−Mamoré, em Rondônia.

O maior investidor no Brasil nas duas primeiras décadas do século passado, seu sonho confesso, inclusive por suas atitudes, era dominar todo o transporte ferroviário das Américas, ligando o Canadá à Terra do Fogo. Mas o Brasil não conhece direito essa figura tão importante de sua história. Fernando Morais, autor de best-sellers biográficos, a exemplo de vários outros autores, atribui a Farquhar muitas propriedades, mas Edgar Carone o menospreza como suspeito de se mostrar assim tão grande e poderoso em função de favores governamentais. E como a esquerda brasileira detestava Percival, a direita o adotou como seu. Inclusive pelas práticas habituais: a troca de favores entre interesses privados e políticos.   

A fórmula é velha: o capital vem, é aplicado ou finge ser aplicado em alguma grande obra, ganha concessões e recebe o pagamento de juros pelo dinheiro investido. No alegre andar da carruagem, muitos ganham comissões no trâmite e/ou intermediação da coisa toda. Assim, de golpe em golpe, Percival quebrou com a I Guerra, deu a volta por cima, e antes da II Guerra, com o crack da Bolsa de 1929, voltou a quebrar.

Via Direta

*** A empresária Ângela Aguiar (PPS) começa a polarizar a campanha em Machadinho do Oeste com o atual prefeito Flávio do Incra (PTB) *** Em Pimenta Bueno, a ex-prefeita Inês Zanol (PSB) salta na frente na disputa do Palácio Barão do Melgaço *** Os 60 anos da criação da Sociedade Bíblica Brasileira será festejada hoje na Assembléia Legislativa. 

Fonte: Carlos Sperança 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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