Sábado, 10 de outubro de 2009 - 07h40
Segmento evangélico
Em vista de acordo fechado no segmento evangélico apoiando a reeleição do deputado estadual Maurão de Carvalho (PP-Ministro Andreazza) e a candidatura de Nilton Capixaba (PTB-Cacoal) à Câmara Federal, o ex-deputado federal Agnaldo Muniz (PSC-Porto Velho) foi aconselhado a disputar uma cadeira ao Senado. Ele já corre o estado trabalhando na consolidação de seu nome buscando aliança com outras agremiações.
Convenções municipais
Outubro marca o início das convenções partidárias para a renovação dos diretórios municipais. O PMDB vai realizar simultaneamente, dia 25, a escolha dos novos dirigentes, nos 52 municípios rondonienses. Os outros partidos também já trabalham no mesmo sentido e, em algumas cidades, podem aflorar as rivalidades tribais nas disputas.
Controle absoluto
A recente aprovação do requerimento do deputado estadual Tziu Jidaias (PP-Ariquemes), pedindo providências visando à paralisação das obras da Usina Hidrelétrica de Jirau, demonstra claramente que o governador Ivo Cassol (o autor intelectual da proposta) continua soberano no Legislativo. A medida foi aprovada por unanimidade, inclusive com votos de deputados petistas.
Troca-troca
Foi um verdadeiro troca-troca de partidos, uma lambança partidária nos últimos dias de prazo de filiações para quem pretendia disputar cargos eletivos. Mas como o prazo final de regularização das fichas vai até a próxima quarta-feira, dia 14, muitas surpresas ( leia-se trairagens...) ainda estão reservadas para a opinião pública.
Eleições 2010
Com a aliança nacional entre PT e PMDB praticamente fechada entre os caciques Lula e Michel Temer, resta saber se ela vai valer também nos estados. No caso de Rondônia, tanto o PT como o PMDB tem postulações próprias e catimbam o jogo para ter a cabeça de chapa, o que pode provocar caminhos distintos entre as legendas, pelo menos no primeiro turno.
Melhor escalação
Tratando-se de posicionamento na capital, no caso de petistas e peemedebistas, a melhor escalação seria com o PT na cabeça por causa da má fama dos peemedebistas em atrasar salários do funcionalismo. Já, no interior – e justamente por ser do interior bairrista que tem dois terços do eleitorado rondoniense - a melhor opção seria o prefeito Confúcio Moura.
Plano de defesa
O ministro da defesa Nelson Jobim anuncia investimentos de 20,3 bilhões, o equivalente a 0,7 do PIB brasileiro, no Plano de Defesa Nacional para os próximos anos, incluindo a compra de modernos aviões caças para a vigilância de nossas fronteiras. A proteção da Amazônia é prioridade do governo brasileiro.
Novo modelo
O Brasil discute um novo modelo de segurança pública, através da CPI da Violência Urbana, que abriu temporada no Rio de Janeiro. Foi detectado, já nas primeiras audiências, o que todo mundo sabia: a epidemia de drogas aumenta a criminalidade de forma geométrica em algumas cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Porto Velho e tantas outras.
Forças satânicas
Haja capetas! O ministro Edson Lobão insiste que forças satânicas estão se mobilizando contra a construção de várias hidrelétricas no país. Na verdade, não se pode atribuir oposição as megas usinas para as forças do mal, já que em alguns casos estão unidos Ongs, sem-terra, índios, barrageiros e, em Rondônia, no caso de Jirau o governador e lideranças políticas.
Do Cotidiano
Uma fábrica de votos
Intensamente debatido, o programa Bolsa Família foi recomendado por um ideólogo do neoliberalismo, Albert Hirschman, ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em sua posse. Programa Municipal experimental em Campinas, foi adotado pelo governo federal na forma do Bolsa Escola, depois transformado em Bolsa Família. Para o governo, é uma fábrica de votos. Para a oposição, um inimigo a combater. Mas enquanto a BF é amplamente discutida, amada e detestada, fica oculto um tema que não parece motivar o menor interesse dos governantes, parlamentares e juristas: o “Bolsa Imposto” – ou seja, a pesadíssima carga tributária brasileira, uma das piores do mundo, que incide mais sobre os pobres.
Os brasileiros com renda de até dois salários mínimos mensais precisaram trabalhar 197 dias no ano passado para pagar seus impostos. Quem recebeu mais de 30 salários mínimos também contribuiu forte, mas precisou de 106 dias para honrar os compromissos com tributos. No fim das contas, quase a metade do que os pobres pagaram.
No entanto, a propaganda que chega aos pobres é que eles estão sendo socorridos pelos governos. Jamais se dirá na TV ou em comícios que os políticos estão “garfando” dinheiro dos pobres e o entregando aos trens da alegria, às múltiplas atividades que enriquecem as empreiteiras, prestadores de serviços terceirizados à administração, mesmo que não se toque em corrupção, fraudes e mau uso do erário.
Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), organismo do governo federal, os 10% mais pobres do País gastam 33% do que recebem para pagar tributos, enquanto os mais ricos destinam 23% da renda. Com base na carga tributária de 2008, o estudo mostra que esse desequilíbrio histórico da economia vem aumentando e está longe de ser resolvido.
De 2004 para 2008, o comprometimento da renda com o pagamento de tributos dos brasileiros aumentou mais para os pobres, crescendo a distância que separa dos brasileiros mais ricos. No ano passado, estima o Ipea, as famílias com renda de até dois salários mínimos comprometeram 53,9% de tudo que ganharam com o pagamento de impostos. Em 2004, essas famílias gastavam 48,8%. Um salto de quase cinco pontos percentuais em apenas quatro anos Já para as famílias mais ricas, o peso dos tributos sobre a renda cresceu menos: subiu no período de 26,3% para 29%.
Via Direta
*** Em crise, o município rondoniense de Guajará Mirim deposita todas suas esperanças na construção da ponte internacional a partir de 2010 para voltar a crescer *** O pré-candidato a Presidência da República do PHS Oscar Silva desembarca em Rondônia neste para uma visita de dois dias *** Os índios já estão em pé de guerra em busca de compensações das usinas hidrelétricas do Rio Madeira...
Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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