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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 11/08


Nosso divisionismo

A herança do divisionismo político de Porto Velho, que vem desde os idos da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré já chegou a região da Ponta do Abunã. Lá além de existir o movimento Pró-Emancipação da região, também existem  os "contras" a criação do município de Tancredo Neves.

É coisa de louco

Os próprios deputados envolvidos na causa da emancipação que foram ao TRE entregar documentos alterando o decreto legislativo para autorização do plebiscito na Ponta do Abunã, quase caíram duros quando tiveram conhecimento do racha das lideranças na região. Lá no TRE já existe até um abaixo assinado contrário a emancipação. Haja divisionismo.

Pesquisas fajutas

Esta quentinho na Comissão de Constituição e Justiça do Senado o projeto de lei  que fixa normas sobre as  eleições e estabelece penas a dirigentes de institutos de pesquisa que por dolo divulgarem informações prejudiciais a candidato. A proposta é do senador Osmar Dias(PDT) e tem como propósito moralizar uma área onde tem muita gente inescrupulosa agindo.

Uma celebridade

O jornalista Roberto Kuppê está se tornando numa celebridade nacional por conta do prêmio milionário que recebeu. Bem articulado, já foi objeto de entrevistas no Fantástico, e nos programas de Ana Maria Braga e da apresentadora  Hebe Camargo(SBT). Empolgado com o estrelato, Kuppê não  consegue perceber que está se transformando num chamariz para os fora-da-lei  e colocando sua vida e dos familiares em perigo.

Atraindo indústrias

O deputado estadual Alex Textoni desenvolve um bom trabalho no sentido de atrair indústrias para o município de Ouro Preto do Oeste. Textoni que no intuito de acertar já caçou encrenca com pescadores, agora trabalha numa área  empresarial da agroindústria. Esta atraindo um frigorifico, um curtume e uma fábrica de calçados para a capital da Bacia Leiteira.

Unindo a oposição

Liderança emergente no Cone Sul, o deputado Luizinho Goebel já ameaça a dinastia Donadon  mantida há décadas em Vilhena a custa de tanta maracutaia e de nepotismo. Conforme lideranças locais, ele está sendo convocado para entrar na disputa do pleito 2008. Luizinho é o nome que pode unir a oposição e moralizar o Palácio dos Parecis

Com autonomia

Por falar em Vilhena, aquela cidade, colonizada por migrantes sulistas gosta de autonomia em tudo. Desde que foi fundada, a cidade implantou um centro cívico onde funcionam a sede do governo municipal e todas as suas secretarias, logo em seguida criou o Serviço Autônomo de Águas e Esgotos e agora se prepara para se livrar da Ceron, com a criação da Companhia Municipal de Energia. Só vai faltar uma telefônica própria...

Professor Cassol

A Escolinha do Professor Cassol, também conhecida como Assembléia Legislativa de Rondônia, continua penando pela inexperiência. Aprova projetos a toque de caixa sem sequer ler o conteúdo, sendo pressionada muda tudo depois, deputados negam descaradamente terem votados em projetos que geram desgaste e, de quando em quando, com a maior desfaçatez afirmam que foram "enganados". Tenham dó...

Nova tempestade

Como é próprio de sua trajetória, o governador Ivo Cassol enfrenta mais uma tempestade em alto mar, daquelas bravas. Já se safou de tantas outras, inclusive virando o jogo, no caso do impeachment, na arapuca do Senado etc e tal. A última, esta da denúncia da compra de votos – que foi arquitetada por Expedito Júnior com vigilantes –já esta causando avarias na sua embarcação. Acabou afastado do seu partido como um indesejável.

Do Cotidiano

A segregação dos excluídos

Não é de hoje que cidades brasileiras chegaram ao ponto de instalar barreiras antimendigos, uma  estratégia armada por prefeitos para afastar os pedintes das suas principais avenidas. Aliás, existem municípios brasileiros que não deixam os mendigos nem desembarcar em suas rodoviárias: são recepcionados por agentes sociais que dão passagem grátis para o retorno ou para que sigam adiante.

Também nos estados e até por aqui já se pensou em se livrar de mendigos e dos pobres migrantes indesejáveis. Lembro que  em Rondônia, nos idos de 70, o então governador Humberto Guedes tentou montar barreiras para conter a migração de levas de miseráveis do Sul e do Nordeste  que acorriam como gafanhotos para o então território federal. Os muros da vergonha seriam levantados na BR 364, que liga Rondônia ao Mato Grosso, na divisa, município de Vilhena. Acabou convencido que a idéia era péssima, mesmo porque contrariava os interesses da ditadura que era o de reduzir os bolsões de pobreza em outras regiões do país, utilizando-se da propaganda de que um novo eldorado estava surgindo na Amazônia.

As diferenças sociais, amigo leitor, tem se avolumado neste Brasil, aumentando o numero de excluídos a cada ano. Estão cada vez mais nítidas as estratégias das castas mais privilegiadas e da elevada burguesia: viver em condomínios fechados luxuosos, para não ter que suportar a presença de vizinhos  pobres que volta e meia precisam de um copo de açúcar emprestado, roupas velhas ou até mesmo restos de comida.

Ao invés de se unir para compartilhar, para reduzir a  pobreza e a fome, os órgãos públicos e as castas privilegiadas, se utilizam cada vez mais de mecanismos para aperfeiçoar a segregação. Existe a ilusão que  os muros altos, as barreiras antimendigos poderão mudar alguma coisa neste país formado maioritariamente por excluídos e por uma minoria que detém quase todo o controle no nosso PIB.

A omissão pública e da sociedade  no que tange aos indicativos sociais favorece a criação de terceiros comandos, de PPCs, de milícias armadas. As coisas estão ficando sem controle neste país. Os menores carentes de hoje serão os recrutados de amanhã para movimentar o crime organizado, seja nas favelas do Rio ou na miserável periferia de Porto Velho. Na capital rondoniense, se não fosse a atuação das igrejas, das entidades sociais com a distribuição de seus sopões a situação estaria bem pior. Mesmo assim, como se sabe, Porto Velho já é uma das cidades na ponteira do ranking da violência neste país. Até quando?

Via Direta

*** Pré-candidatos governistas vão ponteando a corrida para as eleições municipais do 2008 em vários municípios. ***Carlos Magno, em Ouro Preto e Bianco em Ji-Paraná estão bem na foto  *** Já, em Ariquemes e Jaru, o PMDB segue em frente ***O PDT, com a presença do dirigente Ruy Motta realiza convenção neste domingo em Candeias do Jamari, na Câmara de Vereadores.    

Fonte:csperanca@enter-net.com.br

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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