Quinta-feira, 11 de outubro de 2007 - 02h32
Ação do Ibama
Como já tinha ocorrido nas localidades da Ponta do Abunã, a rigorosa ação de fiscalização do Ibama provocou ondas de protestos em Alto Paraíso, no Vale do Jamari. As toras apreendidas foram retiradas ilegalmente de reserva biológica e lotaram 60 caminhões, como mostrou ontem este Diário. Espera-se que madeira seja aproveitada em Rondônia, já que na Ponta do Abunã foi doada para os acreanos.
A dependência
Explica-se a mobilização da comunidade de Alto Paraíso contra as ações do Ibama no município. Ocorre que a economia local é extremamente dependente do comércio da madeira. Daí a revolta dos comerciantes, dos políticos e da população em geral, já que no rastro das apreensões também virá o desemprego na região.
Peito estufado
Diante das obras em andamento, o prefeito Confúcio Moura está festejando o 30 aniversário de Ariquemes, com o peito estufado, feito um pombo. Legal foi a lembrança dos pioneiros na programação oficial que nos difíceis anos 70 vieram abrir os primeiros caminhos para o surgimento desta bela e progressista cidade que é a nossa amada Ariquemes.
Festa do Avestruz
Assim como em Alto Paraíso onde temos as corridas de jegues motorizados, como atração turísticas, e Guajará Mirim a competição de boi-bumbá, a cidade de Mirante da Serra criou como evento anual a corrida do avestruz que tem a denominação caprichada de "Maratona Ecológica da Avestruz", já na sua quinta edição. As provas serão realizadas nos dias 26 e 27 deste mês.
Percentual perigoso
O prefeito Roberto Sobrinho (PT) largou na frente, tocando seu projeto de reeleição. Mas nas primeiras pesquisas em mãos dá para perceber que o petista terá um problemão pela frente no segundo turno, se a oposição se unir. Ocorre que a média de votos dos petistas na capital não tem passado dos 30 por cento, suficientes para uma vaga no segundo turno, mas perigosos na disputa de um eventual segundo turno.
Os acidentes
Tem aumentado assustadoramente o índice de acidentes ao longo da BR-364, que corta as principais cidades rondonienses, de Vilhena até Porto Velho, numa extensão de 700 quilômetros. Em algumas cidades já estão previstos viadutos, mas o que faltam mesmo são passarelas elevadas para proteger os transeuntes, pelo menos nos pontos críticos. Na capital, o trevo do Roque e e entrada para a Jatuarana são considerados de alto risco para os pedestres.
Heróis esquecidos
Com matéria especial sobre o cemitério dos heróis esquecidos de Rondônia a revista Momento Brasil circula neste final de semana trazendo também outros destaques como as imagens das samaúmas gigantes descobertas na abertura da estrada Porto Velho-São Carlos e preservadas pela equipe do obras do governo do Estado.
Garçon garantido
O deputado federal Lindomar Garçon não terá problemas com a regra eleitoral que assegura os mandatos para os partidos. O Diretório Nacional do Partido verde já garantiu ao parlamentar que ele não sofrerá sanções, já que voltou do PR e foi aceito em todas as esferas da legenda. "Estou limpo com o Partido Verde e com o TSE", afirma Garçon que é pré-candidato a prefeito na capital.
Projeto ambicioso
O projeto de Garçon é realmente ambicioso para 2008: pretende conquistar a prefeitura de Candeias do Jamari, através do seu aliado Dinho e a de Porto Velho, onde já se apresenta como o principal oponente do atual prefeito. Se obter sucesso, a próxima empreitada será o Palácio Presidente Vargas. Se não segurarem o baixinho...
Do Cotidiano
O Brasil dos velhinhos
Em 2050, um em cada quatro brasileiros será idoso duas vezes e meia a proporção atual. Estado com uma das maiores expectativas de vida do Brasil, o Rio Grande do Sul se antecipou à tendência e reúne os municípios mais envelhecidos do país. A gaúcha Colinas é a cidade brasileira a maior proporção de velhos no país e pode ser utilizada como um laboratório dos problemas que todos os brasileiros sobreviventes ao caos do trânsito e da violência terão que enfrentar em breve. Ali é o Brasil, amanhã: nessa cidade colocada num vale cercado de montes, a 125 quilômetros da capital, Colinas tem uma população de terceira idade mais numerosa que a de crianças. Com mais de um em cada cinco moradores acima dos 60 anos, dobro da média nacional, a comunidade de 2,4 mil habitantes sofre com problemas de saúde, educação e trabalho que em breve alcançarão os demais municípios. Colinas fecha escolas, os jovens vão embora e disparam os gastos com cardiologistas e pneumologistas.
O Brasil, mais especialmente a nossa amada Rondônia poderia aprender com Colinas (RS) fórmulas corretas para antecipar os problemas de um país mais velho. Embora um estado jovem, ano a ano as taxas de idosos vai aumentando neste estado que nas últimas décadas tem exportado seus jovens para outros estados e outros países.
Nosso Estado de Rondônia ainda engatinha na assistência social as pessoas idosas e em Porto Velho temos constatado pelas queixas que n os chegam, um aumento substancial do abandono dos velhinhos. Numa capital que carece de abrigos e asilos, nossos anciões acabam sendo atendidos por entidades sociais e religiosas, por pessoas estranhas a família e, em último caso nas questões emergenciais, por vizinhos caridosos. Em casos extremos de doenças por exemplo - para serem atendidos com dignidade pelos parentes, muitos pais e avós tem sido obrigados a entrar com ações na justiça. A que ponto chegamos nesta civilização, cada vez mais corroída pelo materialismo!
Mesmo com o Estatuto do Idoso em vigência, o cenário não muda de região para região no que se refere ao tratamento dispensado aos anciões. O egoísmo, o estresse da vida moderna e a falta de paciência penalizam as pessoas com mais idade neste país. O tema deveria servir de reflexões para as autoridades brasileiras que tem pensado mais nos seus próprios umbigos, esquecendo que um dia também poderão passar pelo mesmo drama do abandono.
Via Direta
*** A disputa por espaço político e rivalidades tribais motivam a pendenga entre o deputado estadual Ribamar Araújo e o secretário de Serviços Públicos Jair Ramires *** O prefeito Roberto Sobrinho precisa botar ordem no serpentário municipal *** A falta de cimento prejudica obras em andamento em municípios como Porto Velho, Ariquemes, Cacoal e Ji-Paraná *** É a mesma realidade vivenciada pelo vizinho Mato Grosso.
Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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