Sábado, 11 de outubro de 2008 - 01h34
Pau até no Cristo!
As declarações do candidato derrotado a vereador Cristo da Jerusalém dando conta que os políticos na capital só vencem com dinheiro – ele fez menos de 500 votos - e que na próxima eleição ele vai jogar pesado, pegou mal na aldeia. Muita gente reclamou da posição do Cristo tupiniquim que “assim dará mal exemplo”. Deve estará arrependido do pecado.
Mercado imobiliário
O mercado imobiliário em Porto Velho já padece com as conseqüências da crise financeira que se abate no mundo. O enxugamento de crédito e a falta de confiança entre os consumidores podem levar algumas incorporadoras a adiar lançamentos ou até cancelar novos empreendimentos na praça. Ser houver cancelamento, a credibilidade do setor poderá ficar ainda mais abalada.
Crise preocupa
Conforme o presidente da Confederação Nacional de Municípios Paulo Ziukoski a crise já tira o sono até os prefeitos eleitos que vão tomar posse em janeiro. A preocupação é que haja queda na arrecadação, refletindo na partilha e nos repasses do ICMS e até na liberação de obras para infra-estrutura.
Olho nos predadores...
Passadas as eleições municipais, teremos uma nova acomodação partidária em Rondônia. Conforme informações procedentes de Brasília os comandos do PSDB, hoje nas mãos do ex-deputado federal Hamilton Casara e do PP, sob o comando do também ex-deputado Agnaldo Muniz podem mudar de mãos no decorrer de 2009.
Sem mandatos
Políticos sem mandato, se tornam presas fáceis para aqueles que estão no poder. Foi com mandato, por exemplo, que Agnaldo tomou o comando do PP. Foi no exercício do mandato de Casara ganhou o controle do PDSB, depois da saída dos cassolistas. Sem mandato, até políticos de ponta foram atirados para fora de seus partidos por decisão dos diretórios nacionais.
Um exagero
O Palácio Presidente Vargas abriga o maior numero de possíveis candidatos à Câmara Federal por metro quadrado no estado e alguns já estão em campanha como Joarez Jardim, o pavão, que já vive mais no interior do que na capital. Também são possíveis postulantes ao cargo de deputado federal, o raposão Odacir Soares, o sanguessuga Nilton Capixaba, e João Caúhla, o El Bigodón.
Choro e ranger
Porto Velho já está acostumada a pregar peças nos candidatos a vereadores. Em 82, por exemplo, José Guedes perdeu por um voto, recorreu – acharam um voto perdido, era de sua esposa – e ele tomou posse. Neste ano, pelo menos dois candidatos que recorreram podem voltar, deixando os eleitos inseguros. Mais uma vez pode pintar reviravolta.
Por um triz!
Em Urupá, o vereador mais votado da atual legislatura Renisvaldo Oliveira (PSB) queria passar a imagem de bonzinho, generoso e abnegado. Então de casa em casa dizia aos eleitores “Nem precisa votar mim, mas votem no Célio (candidato a prefeito”) pelo bem da cidade”. E o povão acatou o apelo: de mais votado em 2004, quase não se reelegeu. “Foi por um triz”, confessa.
Ao pé da letra
Preocupado com futuros desdobramentos do seu marketing político furado, Renisvaldo foi a uma emissora de rádio implorar ao eleitorado para que não o deixe só. “Gente, era só uma brincadeira. Não era para tomar a coisa ao pé-da-letra”. É mais uma para ficar em nosso folclore político.
Do Cotidiano
Lacunas da lei
Enquanto o País perde tempo na “guerra” entre fazendeiros e índios, os estrangeiros em crise lá fora executam sua nova estratégia de domínio: ocupar e comprar as terras mais apetitosas do Brasil. E estão comprando como nunca. Um levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo a partir de dados do SNCR (Sistema Nacional de Cadastro Rural) num intervalo de seis meses, entre novembro de 2007 e maio de 2008, mostrou que nesse período, estrangeiros adquiriram pelo menos 1.523 imóveis rurais no país, numa área somada de 2.269,2 km².
Segundo esse levantamento, a cada hora, fazendeiros e investidores estrangeiros têm comprado ao menos 0,5 km² de terras brasileiras. Isso significa que, ao final de um dia, 12 km² estarão legalmente em mãos de pessoas físicas ou jurídicas de outras nacionalidades. Isso equivale a uma área semelhante a seis vezes o território de Mônaco (com área de 1,95 km²). A velocidade das compras de terras por parte de estrangeiros supera amplamente à dos projeto de reforma agrária do governo federal. Ou seja, as terras brasileiras se desnacionalizam num ritmo maior que o do acesso dos brasileiros deserdados ao “pedaço de chão” para plantar e progredir.
As áreas em nome de estrangeiros no País crescem no embalo sobretudo da soja, mas também da pecuária, além dos incentivos oficiais à produção de etanol e biodiesel. Mas o que os estrangeiros mais visam é a especulação, caso em que os registros de terras nem sempre são assumidos diretamente pelos verdadeiros proprietários, que recorrem a empresas nacionais de capital estrangeiro e “laranjas” brasileiros para passar despercebidos pelos cartórios.
Oficialmente, o governo aparece como o dono da iniciativa de encontrar mecanismos legais para frear a entrada de estrangeiros em terras do País, na medida em que a aquisição de terras é permitida a pessoas físicas de outra nacionalidade residentes no país e a pessoas jurídicas estrangeiras autorizadas a atuar no Brasil. Mais: um parecer da Advocacia Geral da União aceita que empresas brasileiras controladas por capital estrangeiro comprem imóveis rurais.
Essas debilidades legais, portanto, fazem com que as galinhas deixem a raposa à vontade no galinheiro. Em depoimento no Senado, o coordenador-geral de Defesa Institucional do Departamento de Polícia Federal, Fernando Queiroz Oliveira, disse com todas as letras que o Brasil não dispõe de legislação que assegure o controle sobre as terras compradas ou arrendadas por estrangeiros. O presidente do Incra, Rolf Hackbart, reconheceu que os estrangeiros se beneficiam de “lacunas” na lei. Enquanto isso, o mínimo que os estrangeiros dominam de terras no Brasil são 5,5 milhões de hectares, 3,1 milhões de hectares só na Amazônia.
Via Direta
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