Uma coluna sem papas na língua 11/12/08

É consenso

Esta se transformando em consenso na classe política que é necessário acabar com esta briga e dos consórcios envolvidos na construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio. Deputados e dirigentes partidários se manifestaram sobre as conseqüências da briga travada pelo que pode causar sérios prejuízos ao estado e ao próprio sistema elétrico nacional.

Com justiça

Foi muito concorrida à entrega da outorga de titulo de Cidadão Honorário de Porto Velho para o ex-prefeito, ex-deputado estadual Jacob de Freitas Atalah. Ele que foi o líder do governo Jorge Teixeira na Assembléia Legislativa tem uma larga folha de serviços prestados a comunidade rondoniense. Atalah é um ficha limpa na política, uma raridade nos dias de hoje.

Mais cadeiras?

Na verdade a coisa não está ocorrendo apenas na capital rondoniense. Vereadores derrotados e suplentes choram as mágoas e tentam se informar sobre a possibilidade do aumento do numero de cadeiras nas Câmaras Municipais. Atualmente em Porto Velho, são apenas 16 vagas, mas a classe política local pleiteia 21 cadeiras para a próxima legislatura.

Reduzindo impactos

Parece até que tem mandinga na BR-319. A obra não seguirá a frente enquanto não for garantida a existência de um conjunto de unidades de conservação em seu entorno para reduzir seu impacto na floresta, conforme exigência do Ministério do Meio Ambiente. Com isso, se verifica mais um atraso no cronograma da sua polêmica recuperação.

Causando polemica

Prevista no Plano de Aceleração de Crescimento – PAC, a pavimentação da BR- 319 tem gerado polêmica porque atravessa um trecho do sul do Amazonas de floresta conservada. Os opositores da obra consideram que a rodovia pode abrir uma frente de desmatamento na região, a exemplo do que aconteceu em outras partes da Amazônia, como no Oeste do Pará.

Combate à corrupção

Se depender da bancada denominada Frente Parlamentar de Combate a Corrupção, os projetos sobre o tema serão votados ainda antes do recesso parlamentar que deve começar no próximo dia 22 no Congresso Nacional. Formado majoritariamente por congressistas pilantras, propostas tem sido retardadas para subir a plenário. 

Projetos prontos

Atualmente existem 68 projetos tramitando na Câmara Federal e Senado sobre o combate a corrupção. Cerca de 20 deles estão prontos para irem à pauta no plenário da Câmara, mas é difícil de acreditar que todos sejam votados antes – ou depois! – do recesso parlamentar. É coisa de louco!

Sabotagem braba

Com ampla maioria na Câmara dos Vereadores de Vilhena, os Donadons (PMDB) que perderam a eleição em outubro com Melki, conspiram contra a futura administração do prefeito Zé Rover (PP). Uma das articulações foi mexer no orçamento do município reduzindo as margens de remanejamento pelo Executivo.

Caindo fora

Além do clã Donadon tentar sabotar a administração do futuro prefeito, algumas empresas atraídas para Vilhena pelo ex-prefeito Melki Donadon, com instalação prevista para 2009, já estão pulando fora. Como se vê, Zé Rover precisa se articular melhor com os vereadores que assumem em janeiro, sob risco de fogo cerrado na sua gestão. Acorda Rover!

Do Cotidiano

O paraíso das serpentes

Quando Vital Brazil (1865–1950), estendendo suas dedicadas pesquisas com animais peçonhentos, criou o Instituto Serumtherapico (hoje, Butantan), grassava no interior de São Paulo uma epidemia de picadas de serpentes venenosas, mas havia escasso conhecimento sobre as variedades de animais e os meios de socorrer os acidentados. Foi assim que ele decidiu criar cobras para estudá-las e, de passagem por Nova Iorque, aproveitou para salvar a vida de um tratador do zoológico arriscado a morrer porque não se conhecia nos EUA vacina para confrontar o veneno da cascavel abrox.

Desde então, o Instituto Butantan vem sendo uma referência mundial na pesquisa com espécies peçonhentas. Agora, o Butantan parte para mais uma arrojada iniciativa: está captando recursos para abrir uma unidade na região do Brasil onde há mais necessidade de antídotos para os ataques destes animais. O IB já tem o terreno, doado pela União: fica em Belterra (PA), a cerca de 40 quilômetros de Santarém (PA). A obra, a um custo em torno de R$ 10 milhões, será edificada nessa propriedade com 64 hectares, aproximadamente a mesma área de que dispõe o instituto em São Paulo, e fica próxima à Floresta Nacional de Tapajós.

Nova frente – Desde 2006, quando promoveu o primeiro Encontro Butantan Amazônia, o IB vem promovendo na região atividades didáticas, discussões científicas, e extensão do conhecimento para a comunidade através de oficinas com estudantes e professores dos Ensinos Básico e Médio, agentes de saúde e lideranças comunitárias.

A região de Santarém é a que registra maior incidência de pessoas picadas por cobras, escorpiões e arraias. O principal hospital da cidade atende cerca de 250 casos por ano. “É a única região do País em que há os quatro principais tipos de cobras venenosas brasileiras: jararaca, cascavel, coral-verdadeira e surucucu”, explica o diretor do Butantan, Otávio Mercadante. Também são comuns os acidentes envolvendo a arraia-de-fogo, animal que descansa no lodo de águas rasas e que muitas vezes acaba sendo pisado por banhistas, dos que se defende com o espinho que traz na ponta da cauda.

O centro de Belterra terá um criadouro de animais como serpentes e escorpiões, e funcionará também como museu, contribuindo para o turismo na região. Além de antídotos para venenos, serão pesquisados outros fármacos derivados das espécies peçonhentas.

A “filial” do Butantan pode ser um passo importante para que o País faça frente à biopirataria, que encontra espaço porque a estrutura de pesquisa nacional não explora suficientemente os recursos da floresta. “A primeira coisa que precisamos fazer para defender a Amazônia é conhecê-la”, avalia o diretor do Butantan.

Via Direta

*** Os vereadores que assumem em janeiro já devem entrar nos legislativos mirins com as barbas de molho *** Em algumas câmaras municipais a renovação chegou a 80 por cento, uma verdadeira limpa*** Que poderá ocorrer novamente, caso não mostrem serviço *** Encravada em plena reserva federal, a localidade de Rio Pardo vive momentos de aflição *** A população ainda teme ser desalojada.  

Fonte: Carlos Sperança / Gentedeopinião
csperanca@enter-net.com.br