Sábado, 12 de setembro de 2009 - 06h24
Revista Momento nas bancas
O grande nó
Havendo consenso entre as partes, o “técnico” Ivo Cassol manda a campo nas eleições de 2010 os “atletas” João Cahula ao governo estadual e ele próprio, Ivo, e Expedito Júnior ao Senado, numa poderosa dobradinha. O grande nó da escalação do time palaciano esta na resistência de Expedito em disputar uma vaga ao Senado, já que ele acredita que tem melhores chances na peleja pelo Palácio Presidente Vargas.
Base aliada
Na base aliada está tudo planejado, até no caso da cassação do governador. Neste caso, o presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos (PSDC) assumiria o cargo, seria eleito de forma indireta pelo colégio eleitoral do Parlamento estadual e mantido na função para um mandato tampão até o ano que vem, apoiando Cahula, ao governo, Ivo e Expedito ao Senado.
Boas razões
Expedito tem suas razões para evitar a disputa ao Senado. Primeiramente, porque dentro da base aliada ele é o nome que reúne mais condições de enfrentar os adversários oposicionistas ao governo e as pesquisas apontam isso claramente. O segundo motivo, é que a disputa de vaga ao Senado vai ser muito complicada: Júnior terá pela frente os atuais senadores Valdir Raupp (PMDB) e Fátima Cleide (PT).
Abraço de urso
Num confronto entre Ivo, Expedito, Raupp e Fátima Cleide, havendo duas vagas ao Senado, uma delas é considerada líquida e certa para o atual governador. Mas a segunda cadeira tem tudo para ser da oposição. Por conseguinte, Ivo esta colocando Expedito entre a cruz e a espada: se disputar o governo não terá seu apoio (Cahula já está em campo), disputar o Senado significa sério risco de despenhadeiro.
Batalha petista
Já não é segredo que a disputa pela indicação do nome ao governo do PT já causa divisões no partido. Um bloco quer definição já do nome da legenda (com apoio do deputado federal Eduardo Valverde e da senadora Fátima Cleide), o outro (que tem na cabeça o prefeito Roberto Sobrinho) defende que o processo de escolha seja adiado para a metade do ano que vem.
Entenda a disputa
O prefeito Roberto Sobrinho e seu bloco querem o adiamento da decisão da escolha do candidato para dar tempo do alcaide limpar sua ficha perante a justiça eleitoral. Se o partido escolher agora o candidato, Sobrinho (condenado a inegibilidade) estaria excluído da coisa, o que é meio caminho andado para Valverde e Fátima Cleide se entenderem. Valverde terá a primazia da indicação.
PMDB é Confúcio
Na impossibilidade de um acordo com o PT, o PMDB lança mesmo o prefeito de Ariquemes Confúcio Moura na disputa pelo Palácio Presidente Vargas. Moura já começa a contatar os convencionais do partido em busca de apoio, enquanto cobra uma definição de apoio do casal Raupp para ele entrar em campo. Neste caso a escalação do PMDB seria Confúcio ao governo e Valdir Raupp a reeleição para o senado.
Bloco desenhado
Até pela necessidade de coligações para a disputa de vagas à Câmara Federal, PSDB/DEM/PSB e PDT podem formar um bloco com lançamento de candidaturas ao governo e ao Senado. É importante considerar que unido, o bloco é muito forte, pois conta com lideranças do peso de José Bianco, Acir Gurgacz, Mauro Nazif e Moreira Mendes. Mas tem Expedito querendo tomar o PSDB e estragar com a festa da terceira via....
Do Cotidiano
A grande farsa racial
Em 1942, o Pentágono proibiu as transfusões de “sangue negro”. O diretor da Cruz Vermelha, Charles Drew, que era negro, recusou-se a aceitar a ordem afirmando que todo sangue é vermelho e não passava de um disparate considerar que existisse algo como “sangue negro”.
Esse mesmo país que hoje tem um presidente negro, em sua primeira Constituição afirmava que um negro equivalia a três quintas parte de uma pessoa. Mais da metade de uma pessoa, mas ainda não uma pessoa inteira e, portanto, impossível de se eleger para a Presidência da República...
Além de todo o absurdo que o racismo encerra, desumano em sua essência, talvez a pá de cal sobre todas as bobagens já ditas sobre esse grave preconceito tenha sido dada em setembro de 2009, com o lançamento do livro Uma Gota de Sangue, do sociólogo Demétrio Magnoli, que aborda as políticas de cotas raciais no Brasil e no mundo.
O livro de Magnoli, doutor em Geografia Humana pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e integrante do Grupo de Análises de Conjuntura Internacional (Gacint) da mesma universidade, em seu novo livro parte das origens do racismo para chegar a uma análise dos sistemas de cotas no Brasil.
Uma gota de sangue - História do pensamento racial, lançado pela Editora Contexto, conta a história de um engano de 200 anos: o tempo da invenção, desinvenção e reinvenção do mito da raça. O nosso tempo, em suma.
“Raças não existem, mas o mito da raça existe e tem uma influência política muito grande, existe a política da raça”, diz Magnoli. O racismo é a ideia que há diferença hierárquica nas raças. E essa teoria surge na imaginação científica no século XIX, junto com a expansão das potências europeias na África e na Ásia.
O mito da raça está atrelado a um paroxismo sangrento, como o momento máximo de Hitler e do holocausto na Segunda Guerra Mundial. “Logo depois da Segunda Guerra, a humanidade desinventa a raça e desiste de pensar em raça, renuncia, abdica a esse mito”, completa.
Uma gota de sangue conta essa história: a história dos personagens que inventaram a raça e a dos que lutaram contra essa invenção, as relações, extremamente tensas, entre a ideia de raça e a organização das sociedades ao longo dos séculos. É a história do encontro do mito da raça com a política.
Via Direta
*** O prefeito Roberto Sobrinho (PT) promete reforçar o setor de saúde na capital rondoniense *** Em Ji-Paraná, o presidente regional do PSDC Edgar do Boi falou da sua confiança em repetir o sucesso do partido nas eleições de 2006 em 2010 *** A população da Ponta do Abunã finalmente terá plebiscito, mas a criação do município de Extrema ainda está bem distante *** O PDT mobiliza seus quadros hoje para o Dia das Filiações.
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