Quarta-feira, 12 de novembro de 2008 - 05h29
Mais turbulências
Como tem sido uma constante nos últimos anos, Rondônia vive mais um momento de turbulências. A cassação do governador Ivo Cassol e a perspectiva de uma nova eleição ao governo do estado em 14 de dezembro atiça a classe política para mais uma disputa encarniçada.
Pesquisas rolando
De um lado, o grupo palaciano, com toda sua máquina azeitada, de outro a oposição ascendente e com as garras afiadas depois das eleições municipais. E já tem pesquisa rolando para as eleições de 14 de dezembro e para 2010 na aldeia.
Grande preocupação
O funcionalismo público já está preocupado com a eleição em dezembro. Ocorre que existem milhares de cargos comissionados e mudando governo, como é de praxe, os servi dores que ocupam cargo de confiança acabam demitidos. Esse clima de insegurança já perturba a classe do funcionalismo, mesmo porque com uma nova eleição existe o fantasma da volta do PMDB, cujos governos arrasaram nosso estado.
Erros e acertos
Embora seja um político turrão e linguarudo, o atual governador tem cumprido uma administração eficiente dentro das exigências da lei de Responsabilidade Fiscal. Também é preciso reconhecer que faz o que seus antecessores não fizeram: paga em dia o funcionalismo e aos fornecedores. Isso conta muito na aldeia.
Idas e vindas
Mesmo não havendo eleições em dezembro, só o fato das idas e vindas do governante com liminares – ou seja, uma troca constante de governadores no cargo conforme a decisão jurídica do dia – só virá a penalizar nosso estado. Os rondonienses já viram cassações desta natureza com prefeitos em Pimenta Bueno, Jaru e Ouro Preto e esses municípios sofrem as conseqüências até hoje das suas brigas políticas.
É coisa de louco!
A imprensa assiste espantada uma verdadeira invasão de prefeitos à Brasília, como uma verdadeira revoada de andorinhas. Tem hotel já com lotação completa, majoritariamente ocupado pelos alcaides. Justifica-se: eles chegam de pires na mão, mendigando recursos de emendas parlamentares para seus municípios.
Mais articulados
Essa coleta de recursos tem razão de ser. Os prefeitos que melhor se articularam no orçamento passado conseguiram melhores resultados, casos de Confúcio Moura (Ariquemes), Roberto Sobrinho (Porto Velho) e José Bianco ( Ji-Paraná). Por coincidência, todos se reelegeram....
Um novo projeto
Ao anunciar a disposição do seu partido em se alinhar com o PSDB para as eleições de 2010, o presidente nacional do PPS Roberto Freire defendeu um novo projeto para o Brasil. Ele enfatiza que a tradição do PPS (ex-PCB) é a de apontar caminhos e não de esperar para seguir os cainhos definidos por outros.
Encontro estadual
E por falar em PPS, a legenda programou encontro estadual para sábado, dia 15, em Ariquemes, que contará com a presença do presidente nacional Roberto Freire. Na ocasião o PPS vai anunciar a formação e funcionamento das comissões provisórias e traçar as estratégias para as eleições de 2010.
Estranho no ninho?
Os dois deputados federais eleitos por Ariquemes e a região do Vale do Jamari – Ernandes Amorim (PTB) e Moreira Mendes (PPS) já estão olhando enviezado para o deputado federal Natan Donadon (PMDB). Ocorre que com as perdas das prefeituras em Vilhena e Colorado do Oeste, os Donadons querem compensar o fracasso em seus redutos com uma forte presença naquela região do Jamari.
Do Cotidiano
Os desafios na Amazônia
Já se sabe que os desafios e os problemas que a Amazônia enfrenta são diretamente proporcionais ao seu gigantismo: um dos ecossistemas mais amplos e fantásticos do planeta não teria como evitar que também seus obstáculos e questões em aberto fossem igualmente proporcionais às suas incríveis dimensões. Assim, em paralelo ao desafio da sustentabilidade econômica, por exemplo, vêm se somar às carências infra-estruturais, como o fornecimento de energia elétrica e a dinamização dos transportes, e os dilemas das diversas comunidades humanas que a integram.
Dentre um também amplo rol de dilemas dos membros das comunidades humanas que habitam a região desponta a escassa qualificação profissional, que foi oportunamente abordada no II Simpósio Amazônia, realizado em Brasília. Nos mais diferentes domínios, têm se mostrado extremamente necessário e urgente pensar na preparação e administração de mão-de-obra qualificada na região.
Um dos especialistas presentes ao Simpósio, o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Adalberto Luís Val, destacou que o número de doutores é pequeno diante do tamanho da região amazônica e propôs mais incentivos financeiros para aumentar o quadro de doutores. Mas isso não basta: é preciso também encontrar meios para que eles se mantenham na região. Atraí-los e formá-los é apenas a metade da viagem. Mantê-los é a outra metade.
Ao contrário das árvores amazônicas, que já nascem plantadas, o bom profissional é, como o capital, “bicho” arisco. A qualquer susto, ele pula para outra região ou país. No caso do bom profissional, especificamente o dos doutores, na abordagem do dirigente do Inpa, o “susto” consiste em ser desvalorizado em sua região, optando por se deslocar para onde – no País ou fora dele – haja valorização e melhores perspectivas de carreira e progresso pessoal e familiar.
Aliás, esse desafio não é exclusivo das Amazônia: o rápido desenvolvimento tecnológico faz com que a necessidade de doutores e “feras” de nível médio seja uma carência mundial. A consultoria empresarial Deloitte revelou que 80% das empresas de Portugal estão se debatendo ou esperam a vir a apresentar níveis elevados ou moderados de falta de talentos nas chefias.
Como há muito a fazer até que se tenha definitivamente a sonhada sustentabilidade econômica, não podemos continuar com pouca gente qualificada para cumprir as inúmeras tarefas que se apresentam. Doutores e profissionais de nível médio bem treinados não dão em árvores, mas precisam ser cultivados.
Via Direta
*** O prefeito Luis Carlos Sorroche, atual presidente da Associação Rondoniense de Municípios –AROM acompanha com atenção a elaboração dos orçamentos a União e do estado *** Sorroche pleiteia mais recursos para o municipalismo, carente de infra-estrutura *** A chegada de novas levas de migrantes já enseja novas invasões de áreas de terras, na periferia de Porto Velho.
Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião
csperanca@enter-net.com.br
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