Quinta-feira, 12 de novembro de 2009 - 05h09
Com alianças
Em vista da perda de algumas lideranças para o PP – entre elas Jaques Textoni, de Ouro Preto do Oeste - o PTN já pensa em coligações para a disputa da Assembléia Legislativa. O partido da base aliada do governador Ivo Cassol tem dois deputados atualmente: Luis Cláudio (Rolim de Moura) e Lebrão (São Miguel do Guaporé).
Faltam moradias
Com um elevado déficit habitacional que chega a quase 20 mil moradias, provocada pela intensa migração nos últimos doze meses, Porto Velho comemora a liberação de recursos do PAC pra a construção de mais 259 unidades habitacionais. Os convênios firmados com o Ministério das Cidades tem sido um alento para reduzir a grande demanda
Enorme demanda
Mesmo com a distribuição de terrenos em loteamentos urbanizados, além da entrega de milhares de casas populares nos últimos cinco anos, o prefeito Roberto Sobrinho pena para tentar atender quase 30 mil inscritos em programas da casa própria. Ainda em 2009, mais de mil casas, em fase de conclusão serão entregues a população carente.
A representatividade
Utilizando como trunfo o bairrismo e a união política pequenos municípios tem encravado representatividade na Assembléia Legislativa, causando surpresas no cenário político regional. Nomes como dos prefeitos Laerte Gomes (Alvorada), Silas Borges (Nova Brasilândia), Edinho da FM (Colorado do Oeste), Ana da Oito (Nova Mamoré) podem surpreender na temporada.
A volta do cacique
Um dos caciques do DEM e da política regional esta de volta a ribalta no cenário regional. Depois da posse, Silvernani Santos, o grande recordista de mandatos no parlamento estadual (ao lado de Renato Veloso e Marcos Donadon) esta de volta. Embora com domicílio eleitoral em Jaru, Santos tem boa penetração na capital.
Grande dívida
Por falar em Silvernani, Porto Velho tem uma grande dívida com o parlamentar: foi com o voto dele que foi decidida à pendenga da mudança da capital do estado, como queria o então governador Jerônimo Santana. A articulação do falecido Amizael e o voto de Silvernani salvaram Porto Velho de uma vingança política do governador Bengala nos anos 80.
Base aliada
Caso aconteça o pior – a cassação do governador Ivo Cassol e do vice João Cahulla – toda base aliada já esta preparada: o presidente da Casa Neodi Carlos (PSDC-Machadinho do Oeste) assume o governo do estado para promover a eleição do governador tampão, o vice Miguel Sena (que assumiu interinamente) fica no comando do poder legislativo estadual.
Tziu nas paradas
Nos círculos políticos corre a informação que cresceu em muito o nome do deputado estadual Tziu Jidaias (PP-Ariquemes) para ser o ungido de Ivo Cassol, numa eventual eleição indireta pela Assembléia Legislativa o mandato tampão. No entanto, quem terá as cartas na manga, será Neodi, que estará no cargo e com o poder na mão.
Que fria, Caetano!
A ex-prefeita de Espigão do Oeste Lucia Tereza (PP) quer se eleger sem concorrência a uma vaga na Assembléia Legislativa. Ela busca um acordo com o ex-deputado Nilton Caetano que renunciaria a disposição de concorrer e ganharia o apoio de Lucia Tereza na próxima. Amigos de Caetano já aconselham: a proposta é uma fria;.
Do Cotidiano
A bagunça do clima
Esquenta forte em todo o País. Cresce em todos os lugares a noção de que o aquecimento global será o equivalente em calor do que foi o dilúvio em umidade. Recentemente, o 3º Simpósio Internacional de Climatologia, realizado em Canela (RS) pela Sociedade Brasileira de Meteorologia examinou o tema central Mudanças de Clima e Extremos e Avaliação de Riscos Futuros, Planejamento e Desenvolvimento Sustentável e navegou entre as ondas do calor e as do frio, mostrando que as situações extremas causam um impacto dramático, especialmente nas populações mais pobres.
A conclusão do simpósio é que o Brasil é vulnerável aos eventos climáticos extremos e, mais ainda, às mudanças climáticas que se projetam para o futuro. De mais a mais, a economia nacional é primária, fortemente baseada em recursos naturais diretamente dependentes do clima. “Nossas fontes de energias, agricultura e biodiversidade são potencialmente vulneráveis”, diz o documento. “O desenvolvimento sustentável do País depende da capacidade de adaptação às mudanças climáticas em todos os setores, além da redução do risco futuro por meio da diminuição das emissões de gases do efeito estufa”. É coisa muito séria, portanto.
Lá fora, a coisa tem cheiro de ser manobra dos EUA para se eximir de sua máxima culpa no tocante ao aquecimento global. Há uma pressão mundial sobre os EUA, cujo povo, além de acossado por uma grave crise, entra em parafuso ao descobrir que todas as guerras e invasões promovidas custaram muito caro e deram numa sucessão de crises.
De qualquer modo, foi o climatologista alemão Mojib Latif o autor da bombástica declaração, feita na Conferência Mundial do Clima, realizada pela ONU em Genebra, na Suíça, de que o problema à vista não é mais o aquecimento, aferido por todos os estudos da própria ONU.
Se ele estiver correto, o mundo está no limiar de um período de uma ou duas décadas de resfriamento global. Somente depois, diz o cientista, é que o aquecimento global se fará novamente observável. Em suma, depois do calorão vem a geladeira e depois dela, mais calor. O resfriamento ou o calor não seriam causados por nossa inconsciência ambiental, mas por alterações cíclicas naturais nas correntes oceânicas.
Isso é perigoso, pois justificará as tendências negativas de destruição ambiental com a velha desculpa do pistoleiro: “Eu faço o furo. Quem mata é Deus”. O destruidor ambiental dirá algo semelhante: “Eu destruo, mas é Deus que alterna ciclicamente as eras do gelo e do calor”.
Via Direta
*** A CPI da Violência, instalada na Câmara dos Deputados começa a se deslocar pelos estados, depois de temporada em Brasília e Rio de Janeiro *** Em Porto Velho pequenos traficantes já entulham os cadeiões e as penitenciárias enquanto que os barões do pó continuam fagueiros *** O PSDC acabou adiando o encontro estadual marcado para o dia 20 em Cacoal, na Região do café.
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