Quarta-feira, 12 de dezembro de 2007 - 05h57
Ponta do Abunã
Os casos de saúde na região da Ponta do Abunã estão sendo atendidos em Rio Branco, no Acre. Embora Extrema conte com as instalações de um hospital regional em condições de atender os demais distritos, ao longo a BR-364, só se atende por lá casos de dor de cabeça, diarréia ou de simples curativos. Tudo que demandar exames médicos acabam desembocando na capital acreana.
Grande revolta
A população da Ponta do Abunã, que luta há 20 anos pela emancipação, acredita que só com a implantação do município será possível reverter a situação de abandono pelas esferas governamentais. A expectativa generalizada é que seja marcado plebiscito ainda no início do ano e que já em outubro de 2008 seja escolhido o primeiro prefeito pelo voto direto.
Nossa soberania
As lojas maçônicas do Paraná, em recente encontro na Associação dos Municípios do Oeste –AMOP, abriram a campanha “Amazônia: Soberania Nacional” com palestras e debates. A iniciativa visa combater a internaciolização do território amazônico. Ao todo serão envolvidas na campanha 4 mil lojas maçônicas de todo o país.
Os cibercrimes
Impressiona o volume de prejuízos causados no Brasil pelos hackers, os piratas da internet. Só em 2006 o montante chegou a R$ 300 milhões no país o que já coloca a terra de Cabral em primeiro lugar nos ciberataques, com 47,5 por cento da demanda mundial. Os bancos estudam dispositivos mais modernos para escapar dos golpes.
Lei do nepotismo
Começa a circular Rondônia afora a lista dos deputados que aprovaram as alterações na lei do nepotismo. Como se recorda, para simplificar a coisa, apenas os deputados Ribamar Araújo, Neri Firigolo, professor Dantas (todos do PT), mais Jesualdo Pires (PSB) e Alex Textoni (PTN) votaram contrários ao afrouxamento das regras. O próprio arcebispo Dom Moachir Grechi tem denunciado a coisa.
A hegemonia
O PTB espera quebrar a hegemonia do PMDB em Cacoal, a Meca do partido liderado pelo senador Valdir Raupp, onde os peemedebistas mantém a prefeita Sueli Aragão por dois mandatos e quer mais um com Raquel Carvalho. O presidente regional Nilton Capixaba escalou o ex-prefeito Divino Cardoso para a missão
Eleições municipais
Há um ano do pleito para eleger prefeitos e vereadores, apenas 75 cidades brasileiras – com mais de 200 mil eleitores – terão eleições segundo turno. Na região Norte, apenas Manaus (AM), Belém (PA), Porto Velho (RO) e Ananindeua (PA). Mas Rio Branco, no Acre, já está bem próxima da exigência.
A pavimentação
Depois da conclusão das obras de macrodrenagem entre os bairros Nacional e São Sebastião, ligando a avenida Farquar a Estrada do Belmont, o prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho anuncia o asfaltamento. A ligação além de encurtar a distância da população do bairro a região central de Porto Velho já começa a influenciar na valorização imobiliária da região.
A linha sucessória
Três grupos políticos disputam a indicação de candidato da base aliada governista a sucessão do governador Ivo Cassol em 2010. O vice-governador João Caúla que deverá cumprir o restante do mandato de Cassol (para ele disputar o Senado); O G-8, da Assembléia Legislativa que está fechado com Neodi Carlos, e mais o senador Expedito Júnior, caso se safe da cassação pela compra de votos.
As desconfianças
Existem desconfianças generalizadas, no ninho cassolista, no entanto, que na verdade o governador Ivo Cassol esteja preparando a sua esposa, D. Ivone para a sucessão. Ninguém tem coragem de falar pra não levar botinadas do governador, mas todo mundo está com a pulga atrás da orelha. Será?
Do Cotidiano
A Nova Califórnia
Em meados dos anos 80 o Estado de Rondônia era palco de uma das maiores ondas migratórias já registradas neste planeta. Muito maior do que a corrida ao velho Oeste americano no século passado, ou a grande migração que colonizou o Paraná nos anos 50 e 60, ou mesmo a diáspora dos Curdos nas montanhas do Iraque na década de 90.
Com os desbravadores, pioneiros, parceleiros, garimpeiros e trabalhadores em geral, chegariam ao novo estado da União também os foras-da-lei egressos dos mais distantes rincões deste Brasil varonil. Desde vereador ladrão, prefeito foragido, deputado estadual pilantra, até golpistas esmerados. Neste cenário, Porto Velho impulsionado com recursos da União na era Teixeirão e pelas toneladas de ouro extraídas do garimpo do Rio Madeira, crescia com taxas absurdas ao final dos anos 80, algo em torno de 11 por cento. Seria hoje, o equivalente a incorporar uma Ouro Preto do Oeste por ano.
Na Câmara de Vereadores de Porto Velho um vereador seria indicado para o cargo de secretário de Interior da prefeitura de Porto Velho, o combativo João Paulo das Virgens que adorava água que passarinho não bebe e nos momentos de lazer se dedicava a leitura de obras de faroeste, aquelas de enredo discutível e final previsível. Geralmente o cenário das histórias dos livretos era a rica Califórnia com ouro, as atividades ganadeiras e a construção de tantas ferrovias que levariam os colonos para lá. Os barmans se chamaram Sam, a mocinha Saly, e o herói quase sempre um vaqueiro texano de 1,90 e rápido no gatilho.
Numa tarde, após o almoço na região da Ponta do Abunã, para onde fora designado para acompanhar a colonização e surgimento de novas localidades João Paulo das Virgens puxou um livro de bolso de Silver Kane, um autor brasileiro que usava nome de americano para enganar os trouxas. No enredo, o desbravamento da pujante Califórnia. Ao final da leitura, eureka! Das Virgens tinha achado um nome para o povoado que se formava: Nova Califórnia! Logo se transformaria em distrito e hoje já pugna pela sua emancipação...
Das Virgens não seria bem sucedido na carreira política já que estava mais para um “canabrava” do que para um parlamentar atuante. Funcionário publico federal, com o tempo seria transferido para Vilhena, onde deve estar residindo até hoje. Seu nome, entretanto, ficaria marcado na história da sofrida Ponta do Abunã.
Via Direta
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Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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