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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 13/03/09


 

Presença de Lula

Uma coluna sem papas na língua 13/03/09 - Gente de OpiniãoSem a ministra e presidenciável Dilma Roussef a tiracolo, o presidente Lula desembargou ontem em Porto Velho, na base aérea, cumprindo em Porto Velho uma maratona de visitações,  como o caro leitor, deve acompanhar na Opiniao TV.  A ausência de Dilma causou estranheza até na base petista, pronta para embalar a presidenciável.

Assuntos em pauta

Ao meio a visita de Lula dois assuntos também ganharam espaço nas conversações políticas ao longo do dia de ontem. Por onde passei os papos giravam em torno do desabamento do teto de gesso do shopping Porto Velho e a provável troca de comando do PSDB no estado. Até ontem Hamilton Casara tentava resistir bravamente no comando tucano.

Impactos das usinas

Gostei do depoimento do secretário  extraordinário Pedro Beber, a Agência Brasil. Ele reconhece francamente que Porto Velho não estava preparada para os impactos de obras das usinas no Rio Madeira e vai mais adiante ainda: admite que haverá transtornos, desde o déficit habitacional até a falta de estrutura que ainda existe na cidade. Urgem, portanto, aceleração das obras do PAC.

Insurreição tucana

Depois de chegar á Brasília, a insurreição tucana rondoniense comandada pelo ex-vice-governador Aparício Carvalho e uma tropa de choque cassolista, desembarcaram em São Paulo. As negociações prosseguem, sendo que o objetivo dos insurrectos, além de desalojar Hamilton Casara do comando tucano, é emplacar o atual vice-governador João Cahula na presidência do Diretório estadual.

Em cima do muro

Dos deputados estaduais tucanos, um deles esta em cima do muro quanto a questão sucessória no PSDB. Euclides Maciel, que pretendia a presidência da legenda afirma que tanto faz Casara ou Cahula, já ele mantém boas relações tanto com quem comanda atualmente a legenda, como com aqueles que prendem assumir o novo comando.

Credibilidade afetada

A construção civil encara uma verdadeira crise de credibilidade em Porto Velho. Com passarelas desmoronando, prédios condenados, outros rachados, e (edificações ameaçadas caso do prédio do Aquarius), mais o desabamento do teto de gesso do shopping Porto Velho, exibem as fraturas do setor. Resgatar a confiança da opinião pública será o grande desafio das incorporadoras.

Medão danado

Alguns deputados estão com medo das eleições do ano que vem depois do que ocorreu nas Câmaras Municipais no pleito do ano passado. Preocupados com a coisa, alguns deputados, uma minoria, não vou generalizar, pediram para que a imprensa fale bem deles. É algo inédito naquele Parlamento. Aqueles que não falarem bem (é na marra, é?) devem ser punidos!

Algo justo

Vocês já viram, algum político de qualidade pedir para que fale bem dele publicamente? Largo o porrete de vereador a governador há duas décadas e o máximo que fazem quando criticados, é pedir que seja dada a sua versão sobre alguma eventual denuncia, o que é mais do que justo, aliás, um direito que deve ser exercitado em sua plenitude.

Coisa de louco!

Mesmo não tolerando criticas, alguns políticos assimilam, outros não dão á mínima, mas os medíocres imploram elogios abertamente. Entendo que pra elogiar políticos, em primeiro lugar, eles precisam fazer por merecer. Do meu lado, não vou elogiar políticos vira-latas que quando o chefe bate o pé fogem com o rabo entre as pernas. Se elogiar gente desta espécie, vou ficar, no mínimo, parecido...
 


 

Do Cotidiano

A batalha da preservação

Uma coluna sem papas na língua 13/03/09 - Gente de OpiniãoCriado por um grupo de oito entidades, dentre as quais o Greenpace e a Amigos da Terra, o Pacto de Desmatamento Zero, sustenta a tese de que já existem, na Amazônia, terras suficientes para a atividade econômica. Nesse caso, cabe preservar o restante.

Há uma intensa briga de números. Já se disse que, quando consultor, o atual presidente do BNDES, Luciano Coutinho, estimou em 1 bilhão de reais o custo para atingir a meta de desmatamento zero na Amazônia. Agora já se fala nesse mesmo bilhão, fácil de dizer e difícil de conseguir, por ano. Obviamente, ninguém diz quantos anos serão necessários até atingir a meta e qual será mata restante ao final desse processo.

Há mais brigas de números. Sérgio Leitão, ativista do Greenpeace, agarra-se à tese da ong, de que já há terras suficientes para a exploração econômica, insurgindo-se contra um estudo recente publicado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que é uma instituição tão ou (diríamos) mais respeitada que o Greenpeace, afirmando que o Brasil só tem 7% de terras agriculturáveis. Para Leitão, os dados são suspeitos, pois foram elaborados com terras sobrepostas e desconsiderando as terras já desmatadas. Ele acredita que um número mais realista seria de 30% de terras aptas para o desenvolvimento da agricultura no País.

Mas a proposta de rumar ao desmatamento zero é sensata, apesar de todo esse ruído em torno de números. Sobretudo se o bilhão redondo proposto efetivamente fosse investido em pequenos e médios produtores que atuam com sustentabilidade, no apoio aos governos federal e estaduais da Amazônia para a fiscalização, que é precaríssima, e na criação de instrumentos econômicos que possam mudar as razões que levam ao desmatamento florestal.

Será vital, nesse caso, a formação do Fundo Amazônia, destinado a captar a gana mundial de amor à grande floresta preservada na forma de doações substanciais. Já que o assunto é bilhão, a Noruega abriu a fila e fez a doação de US$ 1 bilhão, parcelados até 2015. É também 1 bilhão de dólares o valor estimado pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, para a captação do Fundo Amazônia em seu primeiro ano.

Tomara o otimismo do ministro prevaleça e a crise financeira mundial não afete a santa disposição dos demais países de fazer doações generosas ao Fundo. Após a mencionada primeira doação da Noruega, Minc afirmou que a Coréia, Japão e Suécia mostraram interesse em doar mais cotas de recursos para o fundo.


 

Via Direta

Uma coluna sem papas na língua 13/03/09 - Gente de Opinião*** Os prefeitos estão chorando as mágoas *** Serão obrigados a trabalhar com orçamentos mais apertados por causa da crise econômica *** Para quem largava o pau nos petistas, impressionou a devoção do governador Ivo Cassol na chegada de Lula *** O prefeito Sobrinho teme que com a crise que começa a se agravar, aumente a migração para Porto Velho ao longo de 2009. 

Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br
csperanca@enter-net.com.br

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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