Sábado, 14 de junho de 2008 - 06h15
Eleições 2008
Estamos há 15 dias para o prazo de encerramento das convenções municipais e ainda muita coisa não se definiu nos municípios rondonienses. Na capital, o cenário ainda é de incertezas e alianças, como as do PT com o PMDB e a do PT com o bloco de partidos liderados pelo PDT continuam.
Um panorama
Chama atenção alguns aspectos desta jornada de 2008 em Rondônia. 1 – O aumento significativo de mulheres disputando as prefeituras 2 – Detentor de poucas municipalidades, o PT ameaça avançar com apetite nos pequenos e médios municípios 3 – Muitas lideranças novas, sem manchas, em alta, mas se recusando a entrar na política.
Principais colégios
Acompanhe um rápido panorama nos principais colégios eleitorais do estado. Juntos, Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal e Vilhena perfazem algo em torno dos 500 mil eleitores, mais do que a metade do eleitorado rondoniense e influenciam as eleições em seus pólos regionais.
Em Porto Velho
Na capital, o prefeito Roberto Sobrinho (PT) vai liderando a corrida e pode levar a peleja até em primeiro turno, caso o socialista Mauro Nazif (PSB) desista. Mas tem alguma coisa se complicando: o petista ganhou dores de cabeça nos últimos dias com o PMDB e com o bloco de partidos liderados pelo PDT. Sua articulação trabalha para apagar o fogaréu.
Pinta de desistência
Como não bastasse a falta de musculatura, a oposição na capital pode perder as postulações de Hamilton Casara (PSDB) e Silvana Davis (PSL), que na verdade costuram acordos para alianças. Nos círculos políticos é tido como certo que ambos não disputam o pleito deste ano.
Em Ji-Paraná
Na capital da BR está um dos casos onde pessoas honradas, com passado limpo que se recusam a entrar na política. Mirandex (PMDB) seria renovação política saudável em Rondônia, mas firmou pé: não é candidato nem a prefeito, nem a vice.
As conspirações
Mesmo na dianteira, José Bianco (DEM) tem dificuldades em ajeitar a coligação ambicionada, uma frente suprapartidária que seja palatável para todos seus aliados. Na oposição, os alquimistas locais buscam um frentão, para pegar Bianco no “mano a mano”. São pré-candidatos: Zé Otônio (PSDB), Joares Jardim (PSDC), Antelmo Ferreira (PT) e Edvaldo Soares (PMDB).
Cenário em Cacoal
Em Cacoal, se concentra outro caso, onde pessoas sem manchas hesitam em entrar na política. É o caso do padre Franco (PT) que inclusive lidera a jornada na capital do café. Quiçá aceite a conclamação da comunidade. Franco é um caso raro, já que prima pela ética e honestidade. Nilton Capixaba (PTB), Glaucioni Neri (PSDC), Raquel de Carvalho (PMDB) são os outros principais pré-candidatos locais.
Em Ariquemes
Já, em Ariquemes, onde o atual prefeito Confúcio Moura (PMDB) é o franco favorito, acreditava-se numa polarização com Daniela Amorim (PTB). Mas o pecuarista Lourival Amorim (PSDC) tem crescido muito nos últimos dias e já começa a entrar na peleja. O ex-prefeito de Cacaulândia Adelino Folador (DEM) pode desistir e se aliar a Confúcio.
Raposas felpudas
Em Vilhena, é um dos casos onde possivelmente deverá permanecer uma raposa felpuda no comando do município. O ex-prefeito Melki Donadon (PMDB) é beneficiado pelo racha da oposição. Os outros concorrentes podem ser Zé Rover (PP), Júlio Olivar (PC do B), Vera Paixão (PSB), Mauro Bill (PT). O governador Ivo Cassol apoia Rover.
Do Cotidiano
O canibalismo e a escravidão
Hoje condenados pela evolução do direito e da religião, o canibalismo e a escravidão eram no passado práticas socialmente aceitas e inclusive consideradas como agradável aos deuses e aprovados pelas hierarquias religiosas. Entre os casos historicamente comprovados de canibalismo na antiguidade está o da grande seca de 3 mil anos antes de Cristo no Egito, que os anais registraram como “os anos dos chacais”.
O canibalismo não foi praticado apenas pelos indígenas, portanto. Também era usual na Europa, de onde se originam muitas das famílias brasileiras. Os povos primitivos que deram origem aos europeus foram canibais, como estão comprovando escavações arqueológicas que apontam, pelo estudo dos ossos, para a prática de uma antropofagia ritual, de caráter religioso, por nossos remotos antepassados.
O canibalismo era uma atividade sistemática e ritual no período Neolítico em praticamente toda a Europa, segundo os estudos de uma equipe de antropólogos sob a chefia de Miguel Botella, diretor do Laboratório de Antropologia Física da Universidade de Granada (Espanha). Desde o final do ano 3000 al 2500 a.C, o canibalismo era comum em toda a bacia mediterrânea européia e na Finlândia. A carne dos mortos era comida depois de três ou quatro horas, “talvez para assimilar suas características”, disse Botella. Os ossos estudados, com marcas de lâminas e de dentes humanos, procediam de homens, mulheres e crianças, e apareciam em depósitos misturados com restos dos animais que conformavam sua dieta, o que constata o canibalismo no Neolítico.
Encontrado com farta documentação apenas nas Américas Central e do Sul, é certo que o canibalismo era uma prática mais comum entre os índios Guaranis, no Brasil. Ao se alimentar da carne humana, eles acreditavam superar os limites da existência terrena para chegar ao Paraíso.
Na Bíblia, não se fazem referências muito explícitas ao canibalismo, mas se pode perceber nas entrelinhas que ele era praticado e conhecido entre os antigos. Em Deuteronômio 28 e em Jeremias 19, por exemplo, existem referências antropofágicas.
O Oriente Médio, como berço das religiões monoteístas, permite discutir como o canibalismo é tratado como prática do Outro entre as sociedades. Para alguns povos africanos, os europeus é que seriam canibais.
Em todos os continentes há relativa facilidade em obter informações sobre canibalismo, menos na Europa, onde a censura e o silêncio de séculos sufocaram esse incômodo assunto. (concluo na edição de terça)
Via Direta
*** O sanguessuga Nilton Capixaba é o representante de Rondônia em Brasília *** Uma beleza para a imagem de um estado já tão deteriorada Brasil afora *** O ex-prefeito Carlos Magno (DEM) está sendo conclamado a não desistir de disputar a prefeitura de Ouro Preto do Oeste *** Magno está sendo apontado como futuro secretário de estado da regularização fundiária.
Fonte: Carlos Sperança
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