Sexta-feira, 14 de setembro de 2007 - 06h53
Nossos 14 anos
Com uma edição especial, o Diário da Amazônia comemorou ontem seu 14º aniversário de circulação. Empresa pertencente ao Sistema Gurgacz de Comunicação-SGC, ao longo de sua trajetória o rotativo tem se voltado as causas populares e as bandeiras rondonienses, refletindo os anseios da população.
Trajetória de sucesso
Ainda lembro como se fosse ontem, o parto do Diário da Amazônia em 1993. Mas a idéia já existia desde os anos 80, quando o empresário Assis Gurgacz, presidente do Grupo Eucatur já falava no assunto. Nos anos 90 veio a possibilidade da concretização do projeto e a parceria firmada com o jornalista Emir Sfair, já falecido.
Na casa de Emir
Em maio de 1993, em Cascavel, fui chamado a residência de Emir Sfair. No encontro ele revelou a intenção da criação do novo periódico e marcou uma nova reunião com Waldir Costa que trabalhava na época no jornal O Paraná. Ficou decidido na ocasião que Waldir seria o editor e este que vos fala o pauteiro chefe de reportagem. Fui incumbido por Emir da missão de montar a primeira equipe, já que residia em Rondônia e tinha participado da epopéia da implantação do outro diário, o Estadão.
Primeira redação
A primeira redação do Diário funcionou na antiga sede da Eucatur, na avenida Calama, hoje sede da SGC. Numa pequena sala cedida pelo diretor da empresa, o “seu” Bedin, Waldir Costa e este que vos fala trabalharam nas primeiras matérias para a edição especial de lançamento. Mauro Sfair, filho de Emir tratava das reformas do prédio.
Primeiras edições
Como se tratava de um jornal totalmente informatizado, sofremos nas primeiras edições. Poucos jornalistas estavam habituados com os computadores, além do Emir e do Waldir. Até a casa entrar em ordem e todo pessoal dominar a ferramenta demorou algum tempo, como ocorreu também com este colunista, um dos que mais apanhou...
Com destaque
Hoje um dos jornais mais importantes da Amazônia, o Diário tem na superintendência Sérgio Demoni, na editoria Robinson de Oliveira e uma equipe talentosa de jornalistas e funcionários devotados a causa de um jornalismo voltado as bandeiras da comunidade rondoniense. A todos que vivem esta labuta, nossas congratulações. Vida longa, Diário!
Revisão de eleitores
Por determinação do TSE três municípios rondonienses deverão revisar seus eleitorados já que apresentaram maior número de eleitores do que de habitantes, conforme atestou o IBGE no Censo 2007. Em nosso estado, muitos municípios foram prejudicados pela migração para o distritos de Porto Velho e Nova Mamoré, o que pode explicar a disparidade.
Dose dupla
Nunca o PMDB apresentou tanta disposição para debater os problemas políticos rondonienses. Neste Sábado teremos encontros em dose dupla: um na capital, com o Diretório Municipal realizando um seminário sobre marketing eleitoral e outro em Vilhena, reunindo lideranças de todo o Cone Sul do Estado. O partido já mostra outro ânimo na era Raupp.
Rivalidades tribais
Rivalidades tribais envolvendo as localidades de Nova Califórnia e Vista Alegre do Abunã contra Extrema, prejudicam a criação do município de Tancredo Neves, unindo quatro distritos (Fortaleza do Abunã está no pacote) de Porto Velho. Como Extrema seria a sede do novo município, os demais distritos envolvidos se mobilizaram para que a emancipação não ocorra.
Contras a emancipação
Os contras a emancipação preferem ficar subordinados a Porto Velho e esperar abertura no Congresso Nacional para tratarem isoladamente de suas emancipações. No próprio Tribunal Regional Eleitoral –TRE já existem abaixo-assinados das localidades de Vista Alegre, Fortaleza e Nova Califórnia contra a criação do novo município.
Do Cotidiano
A incidência volta a assustar
A imprensa tem dado destaque ao aumento da incidência da malária no estado e, conforme recente levantamento colhido pelo nosso repórter Luís Martins, da sucursal deste Diário em Ariquemes, 84 por cento dos casos da doença está concentrada em apenas oito municípios. Destes, Porto Velho corresponde a metade das infecções.
Como se vê, a malária volta a assustar: só no primeiro semestre foram registrados quase 40 mil novos casos da doença que tanto aterrorizou Rondônia nos anos 70 e 80.
No auge da nossa colonização, ao final dos anos 70 e 80, a doença atingiu de rijo Ariquemes e seus distritos, como Machadinho, que em seguida se transformaria em município. O título de campeão nacional de malária incomodava a população, com apelidos jocosos dos municípios vizinhos, que chamavam a cidade vitima da doença de “aritremes”. A cada notícia na rede Globo em torno do mal, as lideranças se mobilizavam para reclamar que só “davam, más notícias e as boas eram esquecidas”.
A doença avança nas frentes de colonização. Assim foi na região de Ariquemes nos anos 80, como está ocorrendo agora em Porto Velho e Nova Mamoré. No município de Porto Velho o ingresso de madeireiras e de grileiros e fazendeiros nos distritos de Abunã, Jacy-Paraná, União Bandeirantes, Vista Alegre do Abunã, Extrema e Nova Califórnia, alavancam os casos. Na região de Nova Mamoré, pipocam cidades no meio da selva, como Jacinópolis e Nova Dimensão, além de Rio Pardo na Região da Produção e novos assentamentos em Machadinho e Buritis.
Os dados do Sistema de Vigilância Epimideológica (Sivep) de Rondônia, indica no entanto, uma redução da incidência com relação ao ano passado. Segundo a matemática governamental, nos seis primeiros meses de 2006, o segundo nossos governantes comprova a redução da malária.
Seja para efeito de segurança pública ou para saúde, geralmente os números oficiais dos cara-pálidas do Palácio Presidente Vargas, são desmentidos pelos fatos. Na própria cidade de Porto velho se vê diariamente pessoas se queixando que contraíram a doença.
As recente estatísticas revelam que todas as regiões com projetos de colonização e grilagem de terras são mais atingidas pela enfermidade. O ranking é liderado por Porto Velho, seguido por Nova Mamoré, Candeias, Machadinho e Guajará-Mirim. A boa notícia vem de Buritis, onde a incidência caiu para 3 por cento, mas lá os assentamentos já estão consolidados.
Via Direta
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Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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