Uma coluna sem papas na língua 14/10/08

 
Em revoada

Como andorinhas em revoada, com as asas quebradas e cheias de dor, centenas de operários rondonienses que trabalhavam na construção civil nos Estados Unidos estão voltando ao Brasil. Muitos deles já chegaram na região de Ouro Preto, Ji-Paraná e Rolim de Moura, grandes centros exportadores de emigrantes na última década.

A crise americana

A grande crise americana atingiu de rijo o setor de construção civil nos Estados Unidos. Parte da mão de obra rondoniense que estava na terra de Tio Sam partiu para o gélido Canadá e outra  que caiu em desgraça, e sem emprego, está voltando a nossa pátria amada. 

Balanço do PSB

Apesar das inesperadas derrotas em Porto Velho e Pimenta Bueno, o PSB comemorou e eleição de três prefeitos e 34 vereadores em todo o estado. A legenda que conta com um deputado federal – Mauro Nazif – e um estadual – Jesualdo Pires – também se firmou em outros 
municípios onde firmou alianças.

A reeleição

Ao final das eleições municipais se constatou que 67 por cento dos prefeitos conseguiram se manter nos cargos no Brasil. A mesma tendência foi confirmada em Rondônia, com a reeleição de Roberto Sobrinho, José Bianco, Confúcio Moura, Augusto Placa e tantos outros prefeitos.

Segundo turno

Com segundo turno em algumas capitais e tantos outros municípios brasileiros, a tendência é o percentual de reeleitos aumentar, já que Gilberto Casebb (DEM-São Paulo), José Fogaça (PMDB-Porto Alegre), entre tantos prefeitos em municípios, já lideram a corrida com larga vantagem sobre os concorrentes. 

Pulga atrás da orelha

É para os deputados estaduais ficar com a pulga atrás da orelha com as eleições de 2010. Tanto em Porto Velho – houve um recorde de renovação na Câmara de Vereadores – como no interior do estado o eleitorado votou contra os políticos que estão no poder. Não tenho dúvidas que a tendência será esta em 2010.

As definições

Depois de um breve recesso, por causa das eleições municipais, a Assembléia Legislativa tem importantes definições a tomar a partir de hoje. Uma delas é a indicação do relator do Orçamento, um dos cargos mais cobiçados no Poder Legislativo estadual. Também deve sair hoje ou amanhã os membros da chamada CPI do Leite.

As cotações

No que se refere a CPI do Orçamento comentava-se ontem nos bastidores políticos que os deputados Luiz Cláudio (PTN- Rolim de Moura) e Chico Paraíba (PMDB-Presidente Médici) eram os mais cotados. Mas tinha mais gente de olho no cargo em vista da projeção que a função proporciona ao parlamentar indicado.

As regras do jogo

A mudança nas regras do jogo para a construção da usina hidrelétrica de Jirau pode dar chabu. Num artigo publicado no jornal eletrônico gentedeopinião (veja abaixo, na seção Cotidiano) fala sobre o que está pegando na pendenga que envolve megaempreiteiras.

Pagando o pato 

Por conta do fiasco nas eleições de 5 de outubro o deputado estadual Alexandre Brito (PTC- Porto Velho) teria demitido todos os funcionários do seu gabinete na Assembléia Legislativa. Pagou o pato quem menos devia, segundo o que rolava ontem nos corredores da Casa de Leis.

Do Cotidiano
A polêmica mudança

A reunião pública – não é Audiência Pública, por tanto não é oficial – que o IBAMA fará na próxima quarta-feira em Porto Velho, dia 15, para discutir se permite ou não a mudança do local de construção da segunda usina hidrelétrica do rio Madeira, servirá para que a empresa que ganhou o leilão se justifique e demonstre que a mudança do projeto trará menos agressão ao meio ambiente e mais economia para o país.

No entanto, desde que o presidente do consórcio Energia Sustentável do Brasil, Victor Paranhos deu uma entrevista coletiva após o leilão ocorrido dia 19 de maio, que os executivos da Construtora Norberto Odebrecht reclamam e ameaçam entrar na justiça se o resultado for mantido, com a mudança anunciada. A Odebrecht, junto com a estatal Furnas, foi responsável pelos estudos de inventário, viabilidade e pela preparação dos Estudos de Impacto Ambiental e pelo Relatório de Impactos ao Meio Ambiente (EIA/RIMA), pesquisa que foi feita de 2001 a 2006.

Os diretores da CNO alegam que o deslocamento do eixo da barragem para 12,5 quilômetros do local onde foi estudada originalmente pode aumentar os impactos ambientais já que vai afetar uma região muito plana, sendo necessária a construção de centenas de quilômetros de diques de contenção e causando impactos diretos a dezenas de famílias, especialmente que moram no Ramal do Arrependido, que antes não seriam afetadas.

Segundo os engenheiros da Odebrecht, não há tecnologia no mundo ou antecipação de entrega de energia que possa explicar um preço tão baixo (valor que foi oferecido para venda energia, R$ 71,40 da Enersus, contra R$ 85,02, oferecida pelo consórcio do qual participava a CNO). A tarifa, segundo eles, não remunerará, pois ainda há o valor a ser gasto na linha de transmissão. Disseram ainda que o deságio provocou no Governo Federal a falsa ilusão de que o preço da energia vendida no Brasil está baixo e deixam a conta para ser paga pela indústria.

A Odebrecht entende que não houve obediência ao edital da ANEEL e que houve mudança total do projeto. A licitação é feita conforme o edital, que prevê o aproveitamento hidrelétrico que tem características técnica e de operação específicas, afirmam. Para eles está dito no edital que “eventuais alterações dependerão de prévia anuência da ANEEL”, o que não ocorreu, já que o anúncio de mudança do local da construção foi feita imediatamente após o anúncio do resultado do leilão.

Na opinião do assessor técnico da FIERO, engenheiro Antônio Marrocos Neto, que defendeu tese de mestrado em “Desenvolvimento Regional” justamente sobre fontes de energia, “se mudar o local da construção de uma barragem, deve-se fazer os estudos todos de novo”. 
 

Via Direta
*** Ao agradecer seu eleitorado, em nota a imprensa no final de semana, David Chiquilito já mostrou que assimilou a derrota *** E já esta pronto para outra *** Com as primeiras chuvas o nível das águas dos poços caseiros começam a subir em Porto Velho *** A falta d’água foi um sério problema durante o verão na periferia da capital.

Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião