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Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 14/11


Corrida à Brasília
Esfaimados, os prefeitos rondonienses acorrem à Brasília para disputar a dentadas emendas ao orçamento da União para o ano que vem. Como a necessidade faz o sapo pular, já que  o cobertor do orçamento dos municípios é curto, os alcaides buscam recursos extras através do Congresso para tocar suas obras.

Bons resultados
Bem articulados no ano passado, os prefeitos Confúcio Moura (Ariquemes), José Bianco (Ji-Paraná) e Roberto Sobrinho (Porto Velho) conseguiram bons resultados em Brasília, como também Marlon Donadon (Vilhena) e Sueli Aragão (Cacoal). Com isso os demais prefeitos se mobilizaram este ano e estão indo a luta também.

Níveis civilizados
Nesta temporada também se vê que a disputa por verbas da União tem patamares mais civilizados. O que ocorria nos anos anteriores? Mesmo antes da elaboração das emendas o governador Ivo Cassol já acusava a bancada federal de não dar um tijolo para ajudar. Irritados, deputados e senadores forneciam as emendas diretamente aos municípios e desciam a lenha no governo.

Plano de governo
Uma coluna sem papas na língua 14/11 - Gente de OpiniãoO PC de B não poderia ter escolhido alguém mais qualificado para tocar seu plano de governo. Luís Guilherme Erse, primo do ex-prefeito Chiquilito, que foi o coordenador do primeiro plano diretor de Porto Velho num trabalho conjunto com técnicos da Universidade de São Paulo –USP. Tem experiência e estatura para desenvolver um bom trabalho para o partido.

A paternidade
Em temporada eleitoral acirra-se a luta entre os políticos pela paternidade de obras. Em Candeias do Jamari, por exemplo, o prefeito Chico Pernambuco (PMDB) tem se queixado que obras do município em parcerias com  outros deputados e senadores tem sido divulgadas como ações políticas do seu desafeto Garçon.
 
Levando a fama
Como por aqui é usual papagaio comer milho e periquito levar a fama, vou começar a relatar as obras no estado com os verdadeiros pais das emendas. Aliás, grandes obras nos municípios são frutos de emendas  de deputados federais e senadores. Como eles não sabem divulgar bem a coisa passam por meros coadjuvantes do governador e dos prefeitos.

Fazendo justiça
Para acabar com essa mania de “roubar” a paternidade nas obras, minha sugestão para a bancada federal é que divulgue  periodicamente em nota conjunta, as obras e valores de suas emendas e os municípios beneficiados.  Seria uma prestação de contas a população e ao mesmo tempo a coisa fica documentada. E a pirataria acaba...

Críticas pessoais
Uma coluna sem papas na língua 14/11 - Gente de OpiniãoRecebi reclamações de alguns políticos que estão sendo vitimas de críticas pessoais  e em alguns casos até de difamação. Lamentavelmente em quase todos os segmentos existem  os fora-da-lei e na imprensa também temos uma banda podre. Como a depuração  é demorada, recomendo aos atingidos que busquem a justiça.

Casa-abrigo
Finalmente Rondônia contará com uma casa-abrigo para as mulheres vitimas da violência. O anuncio da primeira-dama Lucilene Peixoto é importante e vai preencher uma lacuna  na defesa das mulheres. A autora da emenda ao orçamento é a senadora Fátima Cleide (PT).

Bom desempenho
Uma coluna sem papas na língua 14/11 - Gente de OpiniãoEmbora fora da equipe do prefeito Roberto Sobrinho, já que optou pela volta a vida de comerciante, o mago petista Odair Cordeiro vê um bom desempenho na atual administração municipal. Entende que mantendo a atual performance, Sobrinho não terá dificuldades em emplacar seu projeto de reeleição na capital.  

Do Cotidiano
O desmatamento na Amazônia
Se é o receptador que efetivamente faz a prosperidade do ladrão, são as siderúrgicas as principais incentivadoras do desmatamento ilegal na Amazônia. Essa dedução poderia ser obtida quando se considera que a atividade ilícita de extrair e comercializar ilegalmente madeira na região responde pelo fornecimento de quase 60% da matéria-prima de siderúrgicas.
Atacado por todos os lados, ora por ser o herói do filme, ora por ser tido como um vilão e um freio ao desenvolvimento do País, o Ibama até que cumpre sua parte, ao impor pesadas multas aos infratores identificados, mas a extração, “na lei ou na marra”, como se dizia da reforma agrária na década de 60, não pára de avançar. Segundo as estimativas, as multas aplicadas pelo Instituto já ultrapassaram a marca do bilhão.
É certo que o Brasil não pode parar e as empresas, precisando de matéria-prima, adquirem as partidas que lhes chegam às portas sob a presunção de que transitaram legalmente do sítio extrativista até os depósitos das empresas adquirentes. Mas em tempos de aquecimento global e diante de todas as graves conseqüências ambientais que já se anunciam, além das já presentes, seria melhor vigiar bem o caminho.  
O historiador Maurílio de Abreu Monteiro, professor do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (UFPA), apontou em estudos elaborados em 2006 que o desmatamento não-autorizado fornece 57,5% da madeira que alimenta os fornos das carvoarias. Ao pesquisar a produção carvoeira desde o final da década de 80, quando as primeiras indústrias se instalaram nessa região sob a influência do projeto Grande Carajás, Monteiro chegou a algumas conclusões que confirmam a tese de que o caminho precisa ser mais bem vigiado.
Hoje, 80% do ferro-gusa da região é exportado para o EUA, um grande comprador que manda e não pede. Não se pode fechar os olhos, portanto, para a imensa demanda de carvão existente no setor. A produção de 3,5 milhões de toneladas de carvão vegetal consumida pelo setor siderúrgico brasileiro requer um volume de 22,2 milhões de metros cúbicos em toras de madeira, valor muito maior que o volume autorizado (9,4 milhões de metros cúbicos) pelo Ibama para a extração no Maranhão e Pará.
Só no Pará são pelo menos 20 mil fornos funcionando sem autorização. O resultado é que a devastação da floresta para retirada da madeira e sua transformação em carvão vegetal já alcança mais de 300 mil hectares, aumentando diariamente. Afora as pesadas multas já aplicadas, o Ibama entrou em julho com quatro ações públicas contra as siderúrgicas cobrando indenizações de R$ 832 milhões. São números estonteantes.

Via Direta
*** Os tucanos já preparam sua seleção de pré-candidatos a vereadores na capital sob o comando do presidente regional Hamilton Casara *** Apagada depois que rompeu com o prefeito Roberto Sobrinho, a vice-prefeita Claudia Carvalho não teve espaço no PPS para crescer *** As chuvas prejudicam a conclusão da estrada Porto Velho-São Carlos.
Fonte: csperanca@enter-net.com.br

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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