Terça-feira, 16 de junho de 2009 - 06h03
Ano de turbulências
Rondônia, especialmente Porto Velho, onde ocorrem os maiores reflexos do divisionismo político existente no estado, vive mais um ano de turbulências. Existem vários ingredientes adubando as pendengas existentes entre grupos rivais, num ano pré-eleitoral, onde é previsível muito pano para manga.
Clima de terror
Existem problemas emergenciais, a espera de soluções, como o caos na saúde pública - o fim da greve pode melhorar um pouco a coisa -, o colapso na área de segurança pública, agora com a barbárie de ônibus queimados e um motorista quase queimado vivo- a beligerância entre o governo e os sindicatos de funcionalismo, só para citar alguns fatos.
Cassações em pauta
Como não bastassem os problemas da saúde e segurança, também é aguardado com grande expectativa o desfecho das cassações dos mandatos do governador Ivo Cassol e do senador Expedito Júnior, por compra de votos. Isso pode mudar todo cenário da disputa estadual do ano que vem, já que Ivo quer ser candidato ao Senado e Expedito ao governo.
Caso Expedito
E por falar em cassações, o caso da compra de votos, que envolve o senador Expedito Júnior, entra em julgamento no Superior Tribunal Eleitoral–TSE ainda no decorrer de hoje. Como já foi cassado três vezes pelo TRE no estado e mais uma vez perante o TSE, o protagonista do caso garoupa esta em maus lençóis.
As compensações
Cumprindo acordo com as lideranças municipalistas a União está liberando mais R$ 197,8 milhões para os municípios brasileiros referentes à segunda parcela do auxilio financeiro que repõe as perdas ocorridas nos repasses com o Fundo de Participação dos Municípios- FPM. É apenas um alento, já que a divisão destes recursos será feita para mais de 5 mil municípios.
Situação crítica
Em Rondônia, onde os pequenos municípios vivem uma situação critica, serão distribuídos o montante de R$ 1.351,462 para 52 municipalidades. Um grão de areia para nossos municípios, que segundo denuncia da senadora Fátima Cleide perdeu recursos destinados ao transporte escolar, devolvidos pela secretaria de planejamento de Rondônia a União numa situação inexplicável.
Correndo trecho
O vice-governador João Cahulla, pré-candidato ao governo da base aliada, acelera o passo no interior, onde tem recebido efusivas manifestações de apoio para sua candidatura ao Palácio Presidente Vargas. A estratégia é boa: Cahulla entrega equipamentos e anuncia a pavimentação nos municípios, colando sua imagem na do governador Ivo Cassol.
Polêmica da ponte
O diretor de planejamento do Dnitt Miguel de Souza acabou desiludindo os militantes do movimento que pleiteava a mudança do local da ponte da BR-319, sobre o Rio Madeira. Segundo ele, a medida não será possível porque obrigaria o Ministério dos Transportes a fazer um novo projeto para a restauração inteira daquela rodovia.
A pujança rondoniense
As feiras agropecuárias, que começam a pipocar no interior, depois da realização da Expovel em Porto Velho, encerrada, no final de semana, exibem todo o vigor da economia de um estado impulsionado pelo agronegócio. Com Rondônia forte no campo, municípios como Cacoal e Ariquemes tocam obras de envergadura, como novos e modernos paços municipais.
Do Cotidiano
Remédios vencidos
Por ignorância ou esquecimento, as pessoas tendem, depois de resolver eventuais problemas de saúde, a deixar acumular nas prateleiras os medicamentos que usaram e já não precisam mais. Em alguns casos, para deixá-los como reserva, para o caso de precisar mais tarde. No entanto, os medicamentos têm datas de validade, ao cabo das quais aqueles comprimidos nas caixas, xarope nos vidro e até ampolas de injeção se tornam um tipo de lixo muito perigoso.
Jogá-los fora sem remorso algum pode ser uma atitude irresponsável. Pois os resíduos de medicamentos contaminam o solo e a água quando descartados no lixo ou na rede de esgoto comum. O problema é que boa parte da população não sabe disso e, pior, não há postos de recolhimento nas farmácias e postos que os vendem ou distribuem. O consumidor não pode fazer a devolução dos remédios para as drogarias, a exemplo do que fazem os proprietários de celular nas lojas do ramo, por não haver lei determinando essa coleta e também porque maus comerciantes poderiam vendê-los indevidamente.
De resto, mesmo dentro do prazo de validade os postos de saúde ou farmácias básicas, por exemplo, não devem aceitar de volta medicamentos que nos domicílios podem ter sido armazenados fora dos padrões necessários, já que as propriedades terapêuticas do remédio são alteradas quando próximo a fonte de calor ou sob umidade.
A exemplo dos remédios, baterias de celulares, lâmpadas fluorescentes e outros resíduos que podem contaminar o meio ambiente, há conceitos e ideias que, sendo mantidas em uma sociedade, podem lhe causar atraso e fragilidade social. O antigo comunitarismo primitivo, por sua fragilidade como sistema – simplesmente não havia sistema – foi substituído pelo escravismo. O escravismo foi um conceito vitorioso à força, defendido pelos antigos sábios e religiosos: o escravo era um insumo do trabalho e um elemento indispensável para a produção. Um mundo sem escravos era impensável.
Então veio o feudalismo e finalmente o capitalismo, que é o sistema de produção mais avançado de toda a história, mas sua atual etapa, de cunho neoliberal, fracassou com o apocalipse financeiro de 2008. Todos esses sistemas resultaram de ideias que a realidade pôs abaixo.
Nenhum sistema de gerência e administração válido há cem, 50 ou mesmo 20 anos passados tem cabimento no mundo atual. Com a atual crise, o planeta está diante da opção de manter seus lixos venenosos e suas ideias ultrapassadas ou procurar novos rumos, marcados por mais humanismo – numa expressão, mais respeito aos semelhantes.
Coisas inservíveis, de produtos a conceitos, devem ser descartadas. É uma condição essencial ao progresso.
Via Direta
***Depois de décadas, o Congresso Nacional finalmente definiu uma política destinada a incentivar a pesca no país ***A OAB-RO festeja um eficiente programa de interiorização no estado recebendo fartos elogios do presidente nacional César Brito *** O presidente da subsecção-RO Hélio Vieira deve estar com o peito estufado, como um pombo, orgulhoso pelo prestigio da entidade.
Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br / www.opiniaotv.com.br
csperanca@enter-net.com.br
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