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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 16/10


Base rachada

A base governista na Assembléia Legislativa está rachada quanto a proposta do deputado estadual Miguel Sena (PV-Guajará Mirim) que corta o auxílio moradia para conselheiros, desembargadores, procuradores etc. Um naco vai acompanhar Sena e um outro pedaço o presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos, que entende que o projeto precisa ser melhor avaliado.

Meio termo

É provável, pelos últimos acontecimentos naquela Casa de Leis que os deputados procurem um meio termo para a questão que envolve a  queda-de-braço entre parlamentares governistas com conselheiros e procuradores. Para evitar encrenca com os outros poderes, será cortado apenas o auxílio moradia dos próprios deputados, deixando que cada Poder trate da sua própria "moralização" ( se é que isto é possível...)

Os ex-prefeitos

Uma carrada de ex-prefeitos alimenta o desejo de voltar a berlinda nas eleições o ano que vem. Vejam alguns casos: Tião Serraia (Rolim de Moura), Cláudio Pilon (Guajará Mirim), José Amauri (Jaru), Melki Donadon (Vilhena),  Carlos Magno (Ouro Preto do Oeste), Ernandes ou Daniela Amorim (Ariquemes) e Ines Zanol (Pimenta Bueno), entre tantos outros nomes. 

As pendengas

As pendengas e rivalidades tribais entre os historiadores rondonienses já chegaram as salas de aulas. Professores e estudantes do nível médio e também os universitários reclamam que as tantas versões sobre a origem de Porto Velho confundem. Acaba campeando a desinformação, já que cada corrente de historiadores puxa uma versão diferente.

A mesma língua

Espera-se que a partir do seminário, provido pela Fundação Cultural Iaripuna, sobre o centenário de Porto Velho, reunindo escritores de todas as tendência acabem tantas diferenças que tem provocado até discussões calorosas entre os sabichões. È  importante que  se apaguem as labaredas da fogueira de vaidades e que esse fogaréu todo dê lugar ao bom senso, ao diálogo – e ao entendimento.

A listagem aumenta

Os institutos que abrem as pesquisas na semana que vem definiram um pré-candidato do PDT –  o partido tem divulgado três nomes – na peleja pelo Palácio Tancredo Neves para ser inserido no contexto das sondagens eleitorais. Assim sendo, por contar com mais respaldo popular nas sondagens anteriores, foi inserido o nome do apresentador Dalton Di franco.

Veja as alternativas

Com a informação dando conta de que Carlinhos Camurça, recém filiado ao PMDB não entra na peleja, constará para efeito de novas pesquisas, o nome do empresário da educação Fernando Prado. O listão fica assim: 1 – Prefeito Roberto Sobrinho (PT) 2 – Deputado Alexandre Brito (PTC) 3 – Dalton Di Franco (PDT) 4 – Deputado federal Lindomar Garçon (PV) 5 – Dr. Amado Rahal.

Lista completa

E ainda completam a lista os nomes de: 6 – Fernando Prado (PMDB) 7 – deputado federal Mauro Nazif (PSB) 8 – Davi Chiquilito Erse (P C do B) 9 – professor Adilson Siqueira (PSOL).  Nesta nominata existem três nomes da base cassolista (Brito, Garçon e Amado) e três da base Sobrinhista (Dalton, Prado e Davi Chiquilito).

Primeiras impressões 

A se confirmar todos estes nomes, teremos um recorde de candidaturas no pleito do ano que vem. Não acredito que isso ocorra. Se prevalecer os entendimentos nos bastidores, tanto a articulação das bases do governador Ivo Cassol como a do prefeito Roberto Sobrinho devem agir mais adiante, buscando composições com seus partidos aliados.

 

Do Cotidiano

Nossos heróis esquecidos

O historiador Nelson Townes narra emocionado: "Eles ainda estão lá, esquecidos e perdidos há quase um século, no meio do bosque místico, sagrado e histórico em que se transformou o Cemitério da Candelária, a dois quilômetros do centro de Porto Velho. São os 1.593 trabalhadores que vieram de 22 países de todos os continentes para lutar contra a selva amazônica e morrerem durante a construção da Estrada de Ferro Madeira-Madeira, e que ainda estão lá sepultados". Ele fala de nossos heróis abandonados em seus túmulos já violados, em matéria da última edição da revista Momento Brasil.

Para Nelson, talvez não haja cemitério igual no planeta. É uma espécie de ONU (Organização das Nacões Unidas) fúnebre, Lá estão enterrados espanhóis, antilhanos, portugueses, gregos, bolivianos, italianos, venezuelanos, colombianos, chineses, turcos, peruanos, barbadianos, alemães, franceses, ingleses, austríacos, árabes, russos, porto-riquenhos, japoneses e dinamarqueses que a Madeira-Mamoré Railway Company recrutou no mundo inteiro para trabalharem  na construção ferrovia.

O historiador revela que nossos heróis  foram sepultados entre 1.907, quando o cemitério foi aberto, anexo ao Complexo Hospitalar da Candelária, criado para tratar de funcionários da ferrovia, e 1.912, quando a ferrovia foi inaugurada. Era reservado só para os operários estrangeiros que morriam nas obras na grande ferrovia da floresta. "Quando a construção da estrada acabou, e a maioria dos estrangeiros voltou para suas terras de origem, os que morreram foram abandonados pelos compatriotas sobreviventes" arremata.

Conforme Nelson Townes, os 1.593 sepultamentos são confirmados por estatísticas necrológicas dos médicos do Complexo Hospitalar da Candelária.

Não há registro de que algum deles tenha sido exumado para lugar algum. Heróis de uma das maiores obras da humanidade, nunca foram repatriados após a morte em terra estranha.

Acrescenta ainda que "seus nomes foram esquecidos. Seus túmulos começaram a ser violados após a desativação do cemitério em 1920. As lápides foram destruídas ou roubadas. As que não foram violadas foram engolidas pela floresta que ressurgiu no local. Árvores gigantes se ergueram sobre os túmulos, penetrando-os com grossas raízes, envolvendo, triturando e misturando os ossos com a terra".

É, caro leitor, o nosso patrimônio histórico abandonado e profanado, sob as vistas grossas de nossas autoridades. Até quando?

 

Via Direta

*** O PSC se reúne no próximo dia 20 em Ji-Paraná para tratar da sua política de alianças ***Sob comando do presidente regional Lamir Fontes a legenda pretende crescer nas eleições de 2008 *** A Associação Rondoniense de Prefeitos - ARON espera que a recontagem da população faça justiça aos municípios prejudicados no censo 2007 *** O governador  Ivo Cassol ainda não definiu seu ungido para o pleito em Porto Velho...
Fonte: csperanca@enter-net.com.br

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