Quinta-feira, 16 de outubro de 2008 - 05h55
Encontro petista
O Diretório Regional do PT anuncia para os dias 8 e 9 de novembro a realização de encontro estadual com os prefeitos e vereadores eleitos, mais os representantes das bancadas estadual e federal para discutir projetos conjuntos e afinar o discurso. O presidente regional Tácito Pereira espera com isso maior entrosamento dos petistas.
Melhor organizado
O PT continua a legenda melhor organizada no estado. Antigamente existia o PFL, nos tempos de Odacir Soares, que se reunia até para decidir onde seria a próxima reunião. Atualmente, nenhuma outra legenda tem melhor estrutura que os petistas. Mesmo quando não era governo, era assim. Os petistas gostam de discutir a relação. Às vezes até quebra o pau.
Caindo fora
Nos bastidores políticos corre a informação que o governador Ivo Cassol teria desistido de ingressar no PTB, o partido dos mensaleiros e sanguessugas. Não que ele se importasse com esses atributos petebistas, mas ocorre que o partido naufragou pesadamente em Rondônia e muita gente já está desertando para outras siglas. Ivo pode escolher a vontade e com tempo, mas a preferência é o PR de Expedito ou o DEM de Bianco.
Lebrão se articula
O popular Lebrão é o único candidato a prefeito derrotado em Rondônia com ótimos motivos para comemorar. Derrotado em Francisco do Guaporé, ele vai assumir a vaga do deputado estadual Alex Testoni, eleito prefeito em Ouro Preto do Oeste. Bem articulado já visitou o Poder Legislativo e a luxuosa sala que herdará do milionário Testoni naquela Casa de leis.
Cheiro de chantagem?
Quando um político faz denuncia de alguma coisa e não dá o nome aos bois, como fez deputado estadual Miguel Sena (PV), referindo-se a formação de quadrilha no Sindicato da Indústria da Construção Civil –Sinduscon de Rondônia, a articulação pode acabar dando conotação de chantagem. O parlamentar fala que recebeu denuncias, faz uma acusações pesadas, mas não cita nomes.
Com responsabilidade
Talvez Sena tenha sido ambíguo, por ingenuidade, já que é inexperiente, como tantos outros deputados que assumiram nesta legislatura. Vamos dar uma dica sobre deputados que agem com responsabilidade: o cara vai à tribuna, faz a denuncia, mata a cobra e mostra o pau, se possível com documentos provando que o denunciado - no caso o Sinduscon - esta envolvido em barbaridades.
Dedo na ferida
Por outro lado, não se pode tirar as razões de Sena em agir com prudência. Ele é um deputado governista e o que rola na aldeia é que tem gente (falo de políticos...) daquela entidade envolvida até o talo em obras públicas superfaturadas com a ficha mais suja do que poleiro. Mas para deixar claro que ele não tem intenções escusas, ele precisa dar os nomes aos bois.
Base governista
A posse do empresário Lebrão não vai mudar nada dentro da base governista. Lebrão é do PTN e ligado aos cassolistas do Médio Guaporé. Correlegionários até comemoraram em São Francisco, com foguetório: é a primeira vez que a cidade emplaca um parlamentar na Assembléia Legislativa. Enquanto não assume – isso só deve acontecer em janeiro - Lebrão vai se familiarizando com a Casa de Leis.
A representatividade
Municípios pequenos, mas coesos, tem conseguido emplacar representatividade na Assembléia Legislativa, como está ocorrendo com São Francisco. Ministro Andreazza, com Maurão Carvalho há várias legislaturas tem seu representante. O mesmo ocorre com Machadinho do Oeste, com Neodi, Presidente Médici com Chico Paraíba, entre outros.
A fragmentação
A fragmentação do eleitorado em municípios como Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena tem causado prejuízos na representação política nestas cidades. Caso os candidatos locais fossem mais prestigiados nestes pólos regionais, não haveria nem chances para os pequenos colégios eleitorais.
Do Cotidiano
As responsabilidades
Ao final da disputa eleitoral nos quase 6 mil municípios brasileiros uma grande preocupação já assola aqueles que vão assumir as prefeituras em janeiro. O orçamento é curto e ao longo das últimas décadas os municípios têm sofrido na pele a transferência de responsabilidades, em setores de demandas que exigem quantias vultosas de recursos, como saúde e educação.
Através de mobilização maciça, a Confederação Nacional de Municípios-CNM tem cobrado um Pacto Federativo mais justo na distribuição de recursos. Foram apresentados pelos alcaides neste sentido pelo menos 215 propostas. Todas têm objetivo de fortalecer o tratado, considerado fundamental para as discussões em torno da reforma tributária e a reforma do próprio setor público avancem.
O presidente da CNM Paulo Ziukoski acredita que os avanços na distribuição de recursos vão melhorar a situação de indigência dos municípios brasileiros tratados pela União a pão e água. Entende que a proposta de reforma tributária parte do diagnostico correto sobre as distorções que o atual sistema causa na economia brasileira, a começar pela guerra fiscal entre os estados com prejuízos aos municípios, pela apropriação diferenciada do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na origem (estado produtor) e no consumo, dependendo da região.
Na verdade, ocorre hoje que a diversidade de tributos na esfera federal (casos do PIS, Cofins, CIDE, IPI e salário educação) burocratiza a vida das empresas, gera comutatividade para o contribuinte e deteriora as base do cálculo do Fundo de Participação dos Municípios –FPM e das transferências para os estados e municípios. É no aumento da distribuição do FPM ao municipalismo que se concentra a reivindicação maior da Confederação Nacional dos Municípios.
O sentimento dos prefeitos rondonienses não é diferente do que ocorre nas outras cidades em outros estados. Todos acreditam que a proposta do Pacto Federativo mostra pontos positivos.
Via Direta
*** Mesmo aumentando o numero de empresas se instalando em Porto Velho a procura de empregos no SINE continua enorme *** Isso demonstra que a geração de empregos na capital não tem acompanhado essa avalanche de onda migratória *** Muito ficha suja acabou se dando bem nas eleições municipais *** Na capital, até o cassado Ramiro Negreiros voltou ao Poder Legislativo.
Fonte: Carlos Sperança/Gentedeopinião - csperanca@enter-net.com.br
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