Sexta-feira, 17 de agosto de 2007 - 06h15
A mais disputada
A disputa pelo Palácio Tancredo Neves, sede do governo de Porto Velho no ano que vem já sinaliza, pelo numero de pretendentes, como uma das mais renhida de todos os tempos. Além do prefeito Roberto Sobrinho que vai a reeleição, sabe-se que Lindomar Garçon (PV) e Mauro Nazif (PSB) já estão se movimentando.
As pré-candidaturas
Além dos três nomes acima, já temos várias pré-candidaturas lançadas como as do vereador David Chiquilito (PC do B), do presidente regional do PSDC Edgar do Boi e do presidente regional do PSDB Hamilton Casara. Ontem foi a vez do PDT colocar seu prefeituravel na mídia, o ex-vereador e ex-deputado estadual Dalton Di Franco.
Jogo de estratégia
A princípio o que se vê, é que a enxurrada de candidatos pela oposição beneficia diretamente a situação, como ocorreu na eleição ao governo. Tantos candidatos na parada, também indicam uma eleição em dois turnos facilitando a vida do chapa branca petista que deve pontear a corrida na capital.
Espada na garganta
Outro fato interessante é o lançamento e de nomes a prefeitura da capital pelos partidos da base de Roberto Sobrinho. PC do B e PDT estão botando uma espada na garganta do prefeito, tipo assim: ou nos dá a indicação de vice ou lançamos candidatura própria. É um problemão para ser resolvido pela articulação petista, porque uma aliança mal feita em Porto Velho é um caminho para o despenhadeiro. Vide casos Atalah com Raquel e Nazif com Carlinhos...
Nos municípios
Leitores do interior me cobraram durante a semana um panorama regional sobre as eleições do ano que vem. Vamos lá com algumas informações nos principais colégios eleitorais, a começar por Ji-Paraná. José Bianco (DEM) dá toda a pinta de sair para a reeleição. A conclusão é unânime entre os candidatos da oposição.
Quadro nublado
Considero o quadro em Ji-Paraná, o segundo maior colégio eleitoral do estado, ainda nublado, porque um dos cardeais da BR, o ex-prefeito Acir Gurgacz (que fez quase 70 por cento dos votos ao Senado em 2006) ainda não se posicionou. A princípio vejo o prefeito atual em vantagem se forem confirmados tantas postulações. Por enquanto Zé Otônio (PSDB) é o seu grande rival pelo Palácio Urupá.
Em Ariquemes
Em Ariquemes, o terceiro maior colégio eleitoral do estado, a disputa ainda se limita entre dois clãs: Um liderado pelo atual prefeito Confúcio Moura (PMDB) e outro pelo deputado federal Ernandes Amorim (PTB). Moura ganhou a última eleição apertada e se o caudilho da roça estivesse solto, com certeza Moura não estaria no Palácio do Cacau, e sim Daniela Amorim. Mas com uma grande administração, Confúcio abre a jornada em vantagem.
Meca do PMDB
O ex-prefeito Divino Cardoso (PTB) larga como grande favorito em Cacoal, quarto maior colégio eleitoral do estado. Mas também era favorito no pleito passado e acabou atropelado pela prefeita Sueli Aragão. Cacoal é a Meca do PMDB e o senador Valdir Raupp seu maior profeta. Além disto, o PMDB tem um bom nome para a peleja, a vereadora Raquel de Carvalho. O PT e PDT também ameaçam.
Em Vilhena
Já, em Vilhena, o divisionismo dos migrantes sulistas beneficia o clã Donadon que está no poder há mais de uma década. Seja quem for o candidato da família de Melki Donadon, desponta com vantagem na parada. A esquerda pode surpreender, caso se una, mas isso é uma tarefa considerada impossível, tratando-se de Vilhena. Liderança emergente, o deputado Luizinho Goebel (PV) e a ameaça ao poder dominante dos Donadons.
Do Cotidiano
A tarefa da ressocialização
Um dos graves problemas do sistema prisional brasileiro, como se sabe em todos os quadrantes deste país, é sua incapacidade de recuperar o condenado. De Manaus a Porto Alegre, as autoridades brasileiras se mostram incompetentes nesta tarefa de ressocialização. Em quase todas as penitenciárias a tônica é o despreparo e a corrupção.
Um ex-presidiário pernambucano, que cumpriu dois anos e meio de detenção, está à frente de uma idéia que criou um destino para os presos sem família, recém-libertados das penitenciárias. Em parceria com o Movimento Terra e Progresso (MTP), uma entidade de defesa de trabalhadores rurais, Pietro Daniel Malta quer dar a essas pessoas um futuro humano, que ele mesmo suou para alcançar. Tive sorte por encontrar assistência, afirma ele, integrante do Conselho Metropolitano da Comunidade Pernambuco, uma instituição ligada à Vara de Execuções Penais do Recife. Malta deseja levar os ex-presidiários para uma área de terras que fica na cidade de Escada, a 55 quilômetros da capital, e proporcionar a eles a chance de plantar e comercializar os produtos da sua safra.
Os 87 hectares do Engenho Providência, segundo o coordenador do MTP, Matusalém Dias, estão sendo comprados pelo Incra e serão repassados às cerca de 180 famílias que permanecem em acampamentos na região. O único pré-requisito na seleção dos presos em face de ser liberados é que eles não devem ter família.
De acordo com o argumento do autor do projeto os presos que têm parentes, na pior das hipóteses, contam com alguém para amparar, para acolher. Os que estão só não têm essa sorte. De fato.
Quem sabe esse modelo importado do Nordeste não seja apropriado para Rondônia? Temos quase 4 mil presidiários sem ter o que fazer. Como cabeça desocupada é oficina de satanás, as tentativas de fugas se sucedem com toda espécie de túneis nos presídios da capital rondoniense e mesmo nas penitenciárias interioranas. Se nossos detentos são habilidosos para cavar a terra para escaparem, certamente o serão para virar a terra e plantar, produzindo hortigranjeiros para se manterem, com o excedente se transformando em renda, com os produtos vendidos em feiras livres nos municípios rondonienses de origem.
Caro leitor, em tempos bicudos, onde até aqueles que estão fora dos muros das penitenciárias sofrem com o problema de emprego, temos aí uma opção de renda para essa sofrida classe de excluídos.
Via Direta
*** O secretário de Obras da capital Edson Silveira anunciou que a espera pavimentar toda Porto Velho em dois anos *** È uma meta ambiciosa, é fazer mais asfalto que seus todos os antecessores do prefeito Roberto sobrinho, juntos *** O Congresso aprovou a fidelidade partidária relativa, aquela em que se pode tocar de partido depois de quatro anos *** Da classe política, como se vê, podemos esperar de tudo...
Fonte:csperanca@enter-net.com.br
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