Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 17/11/09




Na medida certa 

Uma coluna sem papas na língua 17/11/09 - Gente de OpiniãoA pré-convenção do PMDB, realizada no final de semana, animou as bases do partido depois de sucessivas trapalhadas do seu comando nos últimos anos. A escolha de Ji-Paraná como sede das prévias foi na medida – dá um tom de ousadia se lançar no quintal dos caciques Acir e Bianco – e o discurso do pré-candidato Confúcio Moura foi marcante, com frases de efeito. O PMDB esta preparado para disputar a ponta. 

Jogo de estratégia

Uma coluna sem papas na língua 17/11/09 - Gente de OpiniãoNo discurso final de Confúcio, uma constatação: o pré-candidato do PMDB abre a jornada já buscando polarização com a base aliada do governador Ivo Cassol. Um jogo de estratégia inteligente e oportuno, devido à necessidade de quebrar uma polarização inicial já existente entre petistas e cassolistas. Aliás, Moura desceu a lenha na administração estadual – principalmente na saúde – já com o objetivo bem definido. 

Pesquisa na mão

Uma coluna sem papas na língua 17/11/09 - Gente de OpiniãoA impressão que Confúcio passa é de uma campanha competente e de pesquisa na mão: na semana passada ele acampou em Porto Velho (ele realmente precisa melhorar sua performance na capital), já que abre com a ponteira no Vale do Jamari e tem bom desempenho na Bacia Leiteira. Daí, a necessidade de se firmar em redutos eleitorais estratégicos, como é o caso de Porto Velho. 

Equação peemedebista

Uma coluna sem papas na língua 17/11/09 - Gente de OpiniãoA equação de Moura para alçar uma vaga ao segundo turno é essa: quebrar a polarização entre o PT com os governistas e melhorar a performance na capital e em Ji-Paraná. E é justamente no que ele esta trabalhando, fuçando nos bairros da capital e fazendo o lançamento da sua candidatura na região central. Tudo, até agora, na medida certa, para entusiasmar a militância. 

Madeira ilegal

Quase 90% da área que sofre exploração madeireira no Pará está sendo explorada sem autorização legal, revela um estudo do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). Até hoje ninguém sabia direito qual é a quantidade de madeira clandestina na região. O número mais citado, impreciso, fala em 50%. 

Ação criminosa

Mapear a extração ilegal é importante, porque em muitas áreas da Amazônia a atividade madeireira criminosa é o passo inicial da derrubada total da floresta. Os dados usados pelo Imazon agora, vindos de imagens de satélite de 2007 e 2008, indicam que até a atividade madeireira legalizada tem irregularidades – como o registro de toras supostamente oriundas de áreas já desmatadas por completo – em 37% dos casos. 


Culpa de Rondônia!


Uma das tantas desculpas esfarrapadas pelo apagão que atingiu 18 estados na semana passada, foi a integração de Rondônia e Acre ao sistema integrado elétrico nacional. Na falta de melhores explicações, só falta, nós rondonienses, pagar o pato, a cada falha que acontecer doravante. 

Carneiros dão bode

A doação de carneiros para pequenos produtores por parte do governo com a intenção de melhorar geneticamente o rebanho regional deveria ser um bom programa oficial, mas os criadores do Sul do Estado de Roraima denunciam que os animais são entregues em péssimas condições de saúde. 


Expedito, na peleja

Uma coluna sem papas na língua 17/11/09 - Gente de OpiniãoO ex-senador Expedito júnior (PSDB) se mostra renitente em aceitar a proposta do governador Ivo Cassol em disputar uma vaga ao Senado em dobradinha. O pré-candidato tucano corre o estado acelerando a viabilização de sua postulação ao governo do estado, mesmo sabendo que o ungido palaciano (pelo menos, por enquanto...) é João Cahulla. 



Do Cotidiano

A diáspora dos Brasivianos


Assim como boa parte daquela leva de brasileiros que invadiu o Paraguai na década de 70 - os chamados os brasiguaios – tem retornado ao Brasil por causa de perseguições política, conflitos agrários e falta de perspectivas, milhares de brasileiros que migraram para a Bolívia nas últimas décadas começam uma diáspora de volta.
São os chamados “Brasivianos”, muitos já falando um “portunhol” amazônico, uma língua híbrida formada pelo português, o espanhol, além da introdução de dialetos indígenas, portanto uma formação étnica sem identidade, já que uma nova geração surgiu e cresceu no vizinho país adquirindo hábitos e costumes locais. A adaptação será mais fácil do que vencer a barreira da discriminação dos brasileiros acostumados a menosprezar tanto paraguaios como os bolivianos – e a miscigenação deles com brasileiros.
Existe uma grande insegurança dos brasileiros que habitam a faixa de fronteira de Rondônia e Acre com a Bolívia em vista do comportamento radical do presidente Evo Morales, seguidor das idéias nacionalista do autoritário manda-chuva venezuelano Hugo Chaves. Se grandes investidores brasileiros já levaram prejuízos do outro lado da fronteira - inclusive o governo brasileiro com a nacionalização de empresas - imagina-se a situação de pobres camponeses brasileiros o que tem penado naquela desmoralizada república rachada ao meio entre índios, mestiços e descendentes de espanhóis.
A promoção de diversas ações, como reuniões e cadastramento de famílias, para dar encaminhamento à resolução da questão envolvendo os brasileiros, trabalhadores rurais que habitam a faixa de fronteira dentro da Bolívia e precisam ser assentadas no lado brasileiro, está sendo coordenada pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), com o apoio do Ministério das Relações Exteriores, o consulado brasileiro na Bolívia e movimentos sociais.
As primeiras reuniões ocorreram em Acrelândia no estado do Acre e em Cobija, na Bolívia, para cadastrar cerca de 500 famílias de brasileiros que moram no país vizinho e desejam se mudar para o lado brasileiro.
A ação mais difícil é a desapropriação de áreas para assentamento dos repatriados, que vem se arrastando há anos, mas o Incra assegura que o processo está bem adiantado e os brasivianos terão acesso a terra para se tornar completamente brasileiros outra vez. Os interessados reclamam da morosidade e recorrem aos congressistas na busca de uma solução 


Via Direta

Uma coluna sem papas na língua 17/11/09 - Gente de Opinião*** “Derrotada” nas prévias do PMDB, a ex-prefeita de Cacoal Sueli Aragão deve disputar uma cadeira a Assembléia Legislativa em 2010 *** A região central terá uma bela disputa a Câmara Federal *** Joarez Jardim (PSDC), Carlos Magno (PP), Assis Canuto (DEM), Nilton Capixaba (PTB), Anselmo de Jesus (PT) etc *** E Jardim entra fazendo dobradinhas com quase todos os estaduais do PSDC do estado, endurecendo ainda mais o jogo. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoTerça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Os clãs políticos rondonienses já formados e outros em criação já se preparam para as eleições de 2026

Os clãs políticos rondonienses já formados e outros em criação já se preparam para as eleições de 2026

Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist

Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho

Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho

O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese

É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira

É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira

DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec

A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026

A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026

Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri

Gente de Opinião Terça-feira, 26 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)