Quarta-feira, 17 de novembro de 2010 - 05h35
Duas frentes
De volta a terrinha depois de percorrer alguns estados onde foi buscar inspiração para gerir Rondônia nos próximos quatro anos, o governador eleito Confúcio Moura (PMDB) está atuando em duas frentes importantes desde que chegou: a primeira delas, tratando do período de transição. Na segunda frente, na Assembléia Legislativa, acompanha atentamente os desdobramentos do orçamento 2011.
Narcotráfico
Depois do governador eleito Confúcio Moura (PMDB) ter anunciado que uma de suas metas, ao assumir o cargo em janeiro, seria de combater o narcotráfico em Rondônia, o governador eleito do Acre Tião Viana (PT) manifestou a mesma intenção na semana passada. Os dois estados se transformaram em quintal dos cartéis de drogas nos últimos anos.
A violência
Com problemas comuns gerados pelo tráfico de drogas, ficou constatado nestes dois estados que quase 70 por cento da violência – assaltos, homicídios etc – estão relacionados às drogas. E nos presídios de Rondônia e Acre, que sofrem com problema de superlotação, a grande maioria dos detentos está presa pelo tráfico de entorpecentes.
Sessão solene
Por iniciativa do deputado estadual Neodi Carlos (PSDC-Machadinho do Oeste) a Assembléia Legislativa de Rondônia fará sessão solene no próximo dia 24, em homenagem aos 35 anos da Polícia Militar. O presidente do Poder Legislativo está convidando, través do seu cerimonial, as autoridades, a imprensa e o povo em geral para o evento.
Mesma cartilha
O prefeito de Ariquemes Márcio Raposo (DEM) segue a mesma cartilha do ex-prefeito Confúcio Moura, que sempre conseguiu captar recursos em Brasília para sua administração. Raposo já conhece bem o caminho das pedras na Esplanada dos Ministérios e tem aproveitado a mesma cartilha do seu antecessor para se garantir e projetar sua reeleição em 2014.
A jóia cassolista
Uma das coisas que mais continuam doendo nos cassolistas é ter que entregar o magnífico Centro Político Administrativo (um novo cartão postal de Porto Velho) para um adversário e justamente para o PMDB, um partido considerado inimigo. Sabe-se que esta sendo planejada uma inauguração quase às pressas para que Cahulla faça sua homenagem ao ex-governador e senador eleito Ivo Cassol.
Primeiro desafio
Pelo seu blog o governador eleito Confúcio Moura foi direto ao ponto: não vai conseguir atender a todo mundo no que se refere às nomeações. Muito pelo contrário, para atender as demandas sociais de saúde, segurança etc, ele vai precisar enxugar a máquina administrativa. Num primeiro momento a chiadeira será enorme, já que a oposição (toda base aliada...) esta faminta de espaço no novo governo.
Do Cotidiano
Os jovens na informalidade
Dados do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea) apontam que atualmente há maior oferta de emprego para quem tem mais escolaridade. Claro que nem sempre foi assim. No Brasil Colônia, havia “empregos” em pencas também para os escravos e os pobres degredados.
Mais recentemente, começam a minguar postos de trabalho, mesmo de menor remuneração, para quem tem poucos anos de estudo. Em 2008, a maior concentração das vagas oferecidas estava na faixa de trabalhadores com a média de 11 anos de escola. Hoje, são necessários 12 anos de estudo, o que significa toda a educação básica, o ensino fundamental e o médio.
No entanto, entre os jovens brasileiros de 18 a 24 anos, a média de escolaridade é de 9,1 anos em sala. Nota-se que aumenta a exigência de anos de escolaridade no grosso das ofertas novas de vagas nas empresas, mas nem a chamada universalização do ensino no País consegue prestar aos jovens a instrução necessária para lhe proporcionar a qualificação suficiente para concorrer à maioria das vagas oferecidas.
A primeira questão que ocorre, diante desse fato, é o abismo existente entre o discurso da “prioridade” ao ensino e a realidade que se abate sobre a nossa juventude. Fortemente atacada pela propaganda subliminar da droga estupefaciente e a publicidade onipresente nos meios de comunicação e na Internet promovendo o consumismo e as drogas “legais”, os jovens sofrem com uma educação de baixa qualidade, uma preparação profissional deficiente e precisam sobreviver num mundo de preços que não param de subir num País cuja moeda se valoriza enquanto o dólar despenca. Ou seja, paga-se o mesmo valor por um produto, mas ele está mais caro em relação àquilo que o dólar compra.
Quanto mais o mercado pressiona, exigindo trabalhadores mais qualificados e com mais anos de estudo, mais as deficiências na educação tendem a prejudicar seu acesso a melhores postos de trabalho. Isso, colateralmente, vai jogar ainda mais os jovens na informalidade.
A legislação trabalhista e a proibição do trabalho infantil chegam a minúcias. Há uma série de leis, regulamentos e exigências, mas diariamente surgem mais denúncias sobre ambientes de trabalho com brasileiros desprovidos de qualificação profissional submetidos a condições análogas à escravidão.
Via Direta
*** A capital rondoniense chega ao final de 2010 batendo sucessivos recordes de criminalidade *** Nem terminou o ano e já foram praticados mais de 130 homicídios em Porto Velho. Aonde vamos parar? *** Finalmente começaram os trabalhos de transição entre o atual governo e o que toma posse em janeiro *** A preocupação de quem entra é com relação à herança...
Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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