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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 18/07


É pré-candidato

 

Convencionais do PSDC estão pedindo para que o empresário Edgar do Boi, agora investido na condição de presidente regional do partido, assuma a candidatura a prefeito de Porto Velho, nas eleições municipais do ano que vem. Edgar já consulta as bases e a unificação da legenda em torno do seu nome. A legenda faz parte da base de sustentação do governo.

 

Em duas frentes

 

O deputado federal Lindomar Garçon (PV), um dos nomes que ponteiam a corrida sucessória do prefeito Roberto Sobrinho na capital, está atuando em duas frentes. Numa delas, para se eleger prefeito em Porto Velho, noutra para emplacar um parente seu, o popular Dinho, em Candeias do Jamari, cidade em que foi prefeito duas vezes.

 

PSOL vitaminado

 

O P-SOL começa a se vitaminar em Rondônia, a partir de adesões de ex-petistas em vários municípios do estado. A exemplo da cúpula nacional  formada por ex-petistas, como Heloísa Helena, Luciana Genro e cia, em Rondônia a legenda é comandada por um dos ex-petistas de primeira hora, o professor universitário Adilson Siqueira.

 

Acabou o isolamento

 

Prossegue em ritmo acelerado a abertura da estrada Nova Aliança-São Carlos, a estrada da integração, que vai acabar de uma vez por todas com o isolamento secular do povo ribeirinho de Porto Velho. É, sem dúvidas, uma obra histórica e que vai criar, ao mesmo tempo, uma nova fronteira agrícola no estado, além de proporcionar o escoamento mais rápido da produção agrícola do Baixo Madeira.

 

A guerra  Norte–Sul

 
Quando já começavam os entendimentos com o Estado de São Paulo, que mostrou concordância inicial em revogar medida que elevou alíquota de ICMS de 12% para 18% na venda de monitores do Pólo Industrial, o Amazonas começa uma nova frente de batalha – agora com o Paraná.

 

Os incentivos

 
O secretário amazonense da Fazenda, Isper Abrahim, disse que com São Paulo a questão dos monitores está mais adiantada que a discussão em torno dos celulares e ainda assim tudo ainda está mais na base da conversa. Com o Paraná, o atrito começou com decreto baixado no final de junho pela Fazenda araucariana, concedendo incentivos de redução de 7% nas operações internas e interestaduais com produtos de informática.

 

As medidas

 
Além disso, o Paraná, a exemplo de São Paulo, também adotou medidas diferenciadas quanto aos produtos fabricados no Pólo de Manaus. Sem acordo, o Amazonas vai entrar com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra o Paraná. Enquanto os estados brasileiros se desgastam com a guerra fiscal, a China vai tomando a sopa pelas beiradas. A falta de entendimento facilita o ingresso no país de produtos do concorrente asiático.

 

Sistema cubano

 

O governador do Maranhão Jackson Lago (PDT) anunciou que pretende reduzir pela metade o índice de 23% analfabetismo no Estado, o maior do Brasil, com a implantação de um sistema cubano de alfabetização. Segundo o governador, as primeiras turmas de alfabetizadores devem começar a trabalhar em agosto.

 

Taxa vergonhosa

 

"Queremos baixar a menos da metade a taxa vergonhosa que o Maranhão tem hoje", disse Lago, que é médico e militou na União Nacional dos Estudantes quando estudava no Rio de Janeiro. Já foi três vezes prefeito de São Luís e exerce o primeiro mandato como governador, depois de derrotar o poderoso clã Sarney nas eleições de 2006.

 

Sim, eu posso!

 

O programa cubano "Sim, eu posso" já foi adotado na Bolívia e na Venezuela, além de diversos países africanos e asiáticos.  Com o método, a Venezuela foi declarada nação sem analfabetismo pela Unesco (organismo das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura).

 

Do Cotidiano

 

Com segundo turno?

 

As projeções iniciais em torno das eleições a prefeito no ano que vem em Porto Velho, a partir de pesquisas tabuladas por institutos tupiniquins, indicam claramente a perspectiva de segundo turno. O PT, transformado no maior partido local, pontua a corrida, com o atual prefeito Roberto Sobrinho e deve obter com  folga presença no segundo turno.

Com um eleitorado em torno de 240 mil eleitores, Porto Velho assistiu durante anos políticos do PMDB ( e do seu filhote  PSDB) e do PDS ( e do rebento PFL) e seus partidos sucessores se revezarem no poder. Saia Jerônimo Santana, entrava, Chiquilito Erse, deixava o poder José Guedes voltava Chiquilito Erse de novo e sua cria  política Carlinhos Camurça que entrou nas paradas para um mandato tampão de dois anos e depois se elegeria por mais quatro, até que em 2004 o PT quebrou a hegemonia dos cutubas e peles curtas da modernidade, com a fantástica eleição do  atual alcaide petista, que surpreenderia todo mundo.

Além dos petistas, que detém um eleitorado de que quase 30 por cento na capital, existem mais duas correntes políticas fortes em condições de apear Sobrinho do Palácio Tancredo Neves, nas eleições de outubro do ano que vem. A primeira corrente política é liderada pelo deputado federal Mauro Nazif e pelo ex-prefeito Carlinhos Camurça e, a segunda é comandada pelo governador Ivo Cassol. Neste agrupamento político, o nome mais forte é o do deputado federal Lindomar Garçon (PV), mas  existem outros nomes buscando o apoio do governador, como Alexandre Brito (PTN) que foi o deputado estadual mais votado na capital,  o presidente regional do PSDC Edgar do Boi e o médico Amado Rahal, dedicado diretor do HB, que de tanto atender pacientes de Rondônia, outros estados e outros países acabou até infartado. Mas já mostra fôlego para novas jornadas. Inclusive para disputar a prefeitura.

Seja quem pegar segundo turno, vai precisar de alianças para se garantir. Mesmo em alta, Sobrinho dificilmente vai escapar do perigoso segundo turno. Vejo, desde já, como principal ameaça para o petista, sendo possível, uma dobradinha entre Mauro Nazif/Lindomar Garçon (ou vice-versa). Além disto,  já está assim de caciques torcendo para que ele se quebre logo, para não ter concorrente de asas crescidas na disputa ao governo em 2010.  

 

Via Direta

 

 *** Tem sido freqüente a renúncia de mandatos por parte de políticos apanhados em quebra de decoro parlamentar, mas raramente ocorrem renúncias de líderes decepcionados com as más práticas *** Em Primavera do Leste (MT), o vereador Oswaldo Gavioli (DEM) abdicou do mandato alegando dificuldades em trabalhar em favor da cidade. *** Ele não se conformou com as brigas entre a Prefeitura e a Câmara.

 

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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