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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 18/08


A demarcação
Nos últimos dias, o leitor  mais atento, deve ter constatado a competição: O prefeito Roberto Sobrinho (PT) e o governador Ivo Cassol andaram demarcando território na região da Ponta do Abunã. O prefeito petista levou asfalto para Extrema e localidades da região, o governador Cassol escritórios da Emater e o Programa de Mecanização Agrícola-Promec.

Zona ribeirinha
É claro que as obras de Sobrinho na Ponta do Abunã tiveram mais repercussão. Mas na zona ribeirinha de Porto Velho é Ivo Cassol que está melhor na foto que o nosso prefeito. Foi uma grande sacada do governador a construção da estrada Aliança-São Carlos tirando o baixo Madeira do isolamento rodoviário de quase 100 anos.

Greve dos professores
Com elevado desgaste para o governo estadual, para a categoria dos professores e para a própria Assembléia Legislativa que acabou paralisando os trabalhos, a greve fomentada pelo Sintero se arrasta há quase duas semanas. Os pais e alunos se revoltam com a situação de impasse criada em torno da paralisação e cobram soluções para o problema.

Assembléia Legislativa
Como o quartel-general da greve dos  professores foi montado defronte a Assembléia Legislativa e as dependências do Parlamento foi invadida com os profissionais da educação acampados, as sessões legislativas foram paralisadas até segunda feira. Existe uma previsão de que a reabertura dos trabalhos ocorra na terça-feira, dia 21.  Pergunta-se se a greve do Sintero não terminar a ALE continuará parada?

Encontros regionais
O PDT está priorizado os encontros regionais nos municípios onde teve votação expressiva nas eleições de 2004. Reuniões de avaliações sobre a política de alianças já foram desenvolvidas em Porto Velho, Ji-Paraná e outros encontros já estão programados para Ouro Preto, Pimenta Bueno e Cacoal, a a capital do café. Por falar em Cacoal o PDT já marcou seu fórum regional para o dia 30 de setembro.

Candidatura própria
O socialismo moreno também está entusiasmado com o lançamento e uma postulação própria na capital. O PDT  de Porto Velho prepara o ex-deputado Dalton di Franco para assumir a tarefa. Com a popularidade em alta, o apresentador da rede TV não se fez de rogado e aceitou a missão de entrar na peleja pela prefeitura da capital. Já pinta bem nas primerias pesquisas eleitorais.

Controle da Emater
O controle político da Emater, concedido ao deputado estadual Luís Claudio (PTN-Rolim de Moura) continua incomodando a base aliada do governador Ivo Cassol. Deputados de todo interior se queixam que o parlamentar rolimorense tem tratamento diferenciado pelo órgão estadual que prioriza os atendimentos para as reivindicações do parlamentar.

Bicadas no ninho
Por causa do tratamento vip para Luís Cláudio o deputado estadual Euclides Maciel chegou a abandonar a liderança do governo reclamando que até as reivindicações encaminhadas para beneficiar o município de Ji-Paraná  estavam passando para o crivo de Luís Cláudio. É mais um abacaxi para Ivo descascar na ALE.

Os lançamentos
Como lançamento de pré-candidatos os partidos políticos começam a sondar o eleitorado com relação as suas chances nas urnas no ano que vem vem. Na capital, atualmente o PT e o PSB são os partidos mais fortes para a peleja, mas partidos mais a esquerda como o PC do B e o PSOL também mostram avanços, recebendo importantes adesões neste ano.

Do Cotidiano
Os indicadores sociais
Seria espantoso que o recente estudo do IBGE sobre as transformações registradas no Brasil em 60 anos (1940–2000) não apontasse dados impressionantes, tanto do ponto de vista populacional quanto dos indicadores sociais. Uma comparação do Brasil de hoje com o de ontem – e de um ontem bastante remoto – teria fatalmente que apontar avanços consideráveis. Todos os governos do período tratarão de disparar seus próprios fogos de artifício, cada qual apontando o papel de sua competência na estruturação desse progresso. No que se refere à Amazônia, por exemplo, onde ocorreram transformações espantosas, e nem sempre para melhor, pode-se verificar muito bem o quanto as coisas mudaram.
Seja pelas evidências ambientais, não raro para o enriquecimento de poucos e o prejuízo de gerações, seja pelas obras necessárias realizadas no período, pelos registros populacionais e os indicadores sociais apurados, nota-se que em mais de meio século, a rigor, tudo mudou. A grande questão oculta por esse tipo de estudo não está nas curiosidades ou ufanismos que ele desperta. Está, realmente, na constatação de que enquanto continuarmos a nos comparar conosco – o Brasil de ontem com o Brasil de hoje –, estaremos amarrados à ilusão de que estamos nos desenvolvendo a taxas ideais, quando a realidade mostra um quadro de estagnação no cotejo com o conjunto da América Latina e o mundo desenvolvido.
Mas para a Amazônia importa menos o que houve nas décadas passadas do que a realidade presente e as perspectivas para o futuro. A Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic), relativa a 2005, elaborada também pelo IBGE, aponta que no período de dez anos a região Norte foi a que mais ampliou sua participação no setor da construção, elevando o volume de obras executadas de 3,2% (1996) para 7,4% (2005) e, no pessoal ocupado, de 3,3% para 6,6%.  Os destaques da região foram os Estados do Pará (1,2% das construções do País em 1996 e 3,3% em 2005), do Amazonas (0,6% para 1,5%) e do Tocantins (0,8% para 1,7%). Os números levam a concluir que no Pará e no Amazonas a economia vem sendo impulsionada pela crescente industrialização e, no Tocantins, a expansão da atividade de construção tende a estar associada às necessidades de urbanização.
Os dados do IBGE, neste e em vários outros domínios, mostram uma estabilização próxima da estagnação no Sudeste e no Sul e um aumento da fatia nortista no bolo do desenvolvimento nacional.

Via Direta

*** O assassinato do vereador Edson Gasparotto, de Ouro Preto do Oeste,  ainda repercute em todo o estado *** O prefeito Confúcio Moura (PMDB) toca um canteiro de obras em Ariquemes já visando 2008 e 2010 *** A grilagem e invasão de terras come solta nas reservas indígenas e biológicas de Rondônia *** Nunca se prendeu tanto traficante em Rondônia como atualmente *** Já faltam vagas nos presídios...

Fonte:csperanca@enter-net.com.br

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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