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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 18/10


Nazif indeciso
Uma coluna sem papas na língua 18/10 - Gente de OpiniãoO deputado federal Mauro Nazif, presidente regional do PSB ainda não assume que é pré-candidato a prefeitura de Porto Velho no ano que vem. Nazif se mostra hesitante quanto a este projeto já que entende que tem que cumprir seu mandato integralmente na Câmara Federal. Mesmo assim tem ampliado sua presença nos bairros da capital nas últimas semanas.

Bem claro
Está mais do que claro que os partidos da base aliada da administração municipal de Porto Velho - que diga-se de passagem já estão lançando pré-candidatos a prefeito - querem buscar entendimentos com o prefeito Roberto Sobrinho para indicar seu vice. PMDB, PDT e PC do B já fizeram até pré-lançamentos para forçar as negociações.

Gato morto
Mas o prefeito Sobrinho está se fazendo de gato morto, como se a coisa não fosse com ele. Seu comportamento já está irritando as partes interessadas: os aliados entendem que já era tempo de começar as negociações e já estudam medidas mais incisivas para atrair o petista para as tratativas. Trocado em miúdos: querem uma definição já.

Oposição otimista
Conversei ontem por telefone com alguns pré-candidatos a prefeito de Porto Velho e eles se mostraram unânimes em alguns pontos: 1 - Todos acreditam que será uma eleição em dois turnos 2 – Acreditam também que o candidato oposicionista que alçar o segundo turno, derrota o atual prefeito Roberto Sobrinho.

Teto petista
Os adversários do alcaide entendem que o PT tem um teto de 30 por cento do eleitorado da capital e não tem passado disto. Por conseguinte, raciocinam, que o postulante da oposição tem todas as possibilidades de tirar Roberto Sobrinho do poleiro nas eleições do ano vindouro. “A maioria do eleitorado da capital é conservador e não gosta de petistas”, acreditam

Santa inocência...
Os candidatos da oposição também achavam que o governador Ivo Cassol enfrentaria uma eleição em dois turnos em 2006 e que no segundo turno, com a união das oposições, Ivo seria uma presa fácil. No entanto, o que se viu foi uma verdadeira peia do governador nos seus adversários em primeiro turno.

Couro duro
Concordo com a oposição no tocante ao teto do eleitorado petista e também acredito que Roberto Sobrinho não vai conseguir definir a eleição na capital em primeiro turno. Mas não vejo facilidades, como os postulantes da oposição acreditam num eventual segundo turno. Sobrinho está trabalhando com pesquisa na mão e já mostra que será duro na queda. Tem couro duro, uma verdadeira carapaça.

Jogo duro
Mas não é apenas o prefeito da capital que tem espadas apontadas para sua garganta para definir logo suas composições partidárias. O veterano José Bianco, prefeito de Ji-Paraná, catimba o jogo, como um centroavante argentino. Mesmo sob pressão de meia dúzia de partidos ainda não decidiu nada. Com habilidade, dá esperança a todos.

Assédio de vices
Uma coluna sem papas na língua 18/10 - Gente de OpiniãoTambém se faz de morto para engolir o coveiro, o prefeito Confúcio Moura, de Ariquemes, assediado por vários pretendentes ao cargo de vice. Moura diz a todos que vai tratar do assunto quando for oportuno. Mas quando, será o momento oportuno, cara-pálidas do Vale do Jamari?

Boa vantagem
Entendo que Sobrinho, Bianco e Confúcio largam na frente e com boa vantagem sobre seus concorrentes em seus respectivos municípios. A missão mais difícil fica para o petista em Porto Velho, que ao meu ver não deve escapar de um segundo turno. Por isso, para se manter no poleiro vai ter que se submeter a alianças, agora ou depois.

Do Cotidiano
Nos velhos idos do garimpo
Nas eleições de 1986, Rondônia contava com pouco mais de 600 mil habitantes e se prepara para eleger o primeiro governador pelo voto direto. A cidade de Porto Velho fervilhava com o garimpo do Rio Madeira o que atraia milhares de aventureiros, foras-da-lei e prostitutas dos mais diferentes quadrantes do país.
Eram tantas mariposass “trabalhando” na capital rondoniense e nos garimpos próximos que os políticos logo arregalariam os olhos diante da possibilidade da conquista de tantos votos. Nas noites da chamada Zona do Roque, lotada de cabarés – confluência das avenidas Jorge Teixeira e Nações Unidas – milhares de mulheres perambulavam de um lato para outro em boates dos nomes mais diferentes, como “Eldorado”. Na região Central, boates mais sofisticadas como Casa Branca, Maria Eunice e Goianas agitavam a noite portovelhense.
Neste cenário é que surgiu um candidato a deputado estadual pelas prostitutas para  bem representar o lenocínio na Assembléia Legislativa. Era um jovem idealista, um rondoniense: Jaimar Saraivinha. Tinha propostas voltadas a regulamentação da profissão, respeito a atividade e propunha vantagens sociais para a categoria, benesses que seriam ampliados para os travestis que começavam a aparecer nas paradas. Naqueles idos poucos gays se arriscavam a assumir e os travestis sofriam o pão que o diabo amassou.
De brega em brega, de zona em zona, o candidato visitava as suas eleitoras. Estimava-se a existência de pelo menos 10 mil prostitutas atuando na capital e nos garimpos o que aumentava as possibilidades do candidato emplacar uma cadeira. No pleito anterior, a de 82, teve deputado eleito até com 2.500 votos.
Matemática daqui e dali, Saraivinha e o grupo de mariposas que o apoiava concluíram; “Ele está eleito!”
Chegou o dia das eleições e o entusiasmo aumentou, já que Saraivinha recebia calorosas manifestações de apoio da categoria. Naquela época a contagem dos votos se prolongava por dias e dias. No primeiro dia apareceram uns minguados quarenta votos, e nos dias seguintes a decepção aumentaria, já que no escrutínio geral, sua votação não ultrapassava os 360 sufrágios. “Que traíras”, choramingou Saraivinha.
Dias depois o candidato  viria a descobrir o porque que mesmo com toda sua popularidade tinha naufragado: Ocorre que as prostitutas que trabalhavam em Rondônia moravam em outros estados e no dia da eleição ou viajaram para votar em suas cidades ou apenas se justificaram  a ausência nos Correios. Não lembraram, que para eleger o seu representante precisariam transferir seus  títulos de eleitores...  

Via Direta

*** Confiante, o deputado estadual Chico Paraíba (PMDB- Presidente Médici) já se mostra pronto para assumir o cargo de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado –TCE *** A exigência da fidelidade partidária atinge agora todas as esferas políticas *** Mas permanecem algumas dúvidas *** E afinal como ficam os casos de governadores expulsos dos seus partidos? .

Fonte: csperanca@enter-net.com.br

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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