Quinta-feira, 19 de março de 2009 - 05h50
Onda de boatos
Espalhou-se pelo estado ontem, como uma bomba, a onda de boatos iniciada ainda no inicio da semana dando conta de uma eventual renuncia do governador Ivo Cassol para livrar-se da cassação e, ainda disputar um terceiro mandato em 2010. Fontes palacianas confirmam que o assunto chegou a ser cogitado, mas ninguém confirma a decisão.
Mais boatos
Além da boataria dando conta sobre a renuncia do governador e do seu vice, também correu de Praia do Tamanduá a Che Guevara, que a senadora Fátima Cleide (PT) já estaria montando seu corpo de secretários, por conseguinte de prontidão, para assumir o Palácio Presidente Vargas, a qualquer momento. Neste caso os petistas estariam acreditando na batata assando para Ivo, a cassação.
Clima de insegurança
Um clima de insegurança tomava conta ontem dos corredores do Palácio Presidente Vargas. A renuncia ou a cassação do governador implicaria na troca de milhares de cargos de confiança dos atuais mandatários e uma verdadeira revoada de rolimorenses para a região da Zona da Mata, de onde predominou a maior migração de colaboradores do atual governo.
Foro privilegiado
Nos bastidores ventilou-se ontem, ainda, que Cassol não deixou o cargo, porque esta decisão implica na perda do foro privilegiado. Foi alertado que sem mandato, seus inimigos poderiam transformar em pó suas pretensões políticas em vista dos processos que sofre e dos que ainda estão em andamento. Tudo isso estaria sendo pesado para sua decisão final.
A choradeira
Aumenta a choradeira dos prefeitos rondonienses tendo em vista a queda no rateio do Fundo de Participação dos Municípios - FPM. Não se trata de um quadro exclusivo de Rondônia, o chororô é nacional, já que o impacto da crise global já chega às regiões metropolitanas, como já foi constatado pela Confederação Nacional de Municípios.
Bicho pega
Na verdade, o bicho deve pegar mais pesado nos pequenos municípios, como advertiu recentemente o presidente da AROM Laerte Gomes. Ocorre que as pequenas cidades são extremamente dependentes deste tributo para quitar a folha do seu funcionalismo e tocar a máquina pública. Vai faltar recursos para saúde, educação etc.
Sem confirmação
O PSDB de Rondônia ainda não confirmou data (nem a disposição de aceitar...) da anunciada filiação do ex-senador e ex-ministro da Previdência Social Amir Lando, que já estaria de malas e bagagens para o tucanato, depois de mais de duas décadas no PMDB, onde seu espaço político ficou curto, devorado por Valdir Raupp.
Fogo cerrado
Ainda é inicio de gestão, mas alguns prefeitos atuam, sob fogo cerrado da oposição, como é o caso do Padre Franco (PT), no município de Cacoal. Os adversários não querem deixar o padreco da região do café, criar asas e desenvolver seus projetos. Quem perde com esse divisionismo político é a população do município.
Nova sede
O presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, deputado Neodi Carlos (PSDC -Machadinho do Oeste) anunciou que a construção da nova sede do Poder Legislativo será iniciada ainda no segundo semestre de 2009 e concluída ainda na gestão da atual mesa diretora. “Foi um grande esforço na economia de recursos, mas valeu a pena. Teremos um prédio de linhas arrojadas, moderno e funcional”, explica.
Do Cotidiano
Indústria da segurança
Tem se armado neste país uma verdadeira indústria de segurança particular. Essa florescente indústria, que se beneficia da incompetência da máquina pública e da troca de time de policiais que se vendem ao bilionário negócio do crime organizado, entendeu o recado: atacar, mas sem matar.
O negócio da segurança particular está abrindo um novo e forte veio na economia nacional. O medo é seu principal insumo. Sem contar a procura por armas, que é a pior maneira de se proteger, um estudo sobre quanto custa para um cidadão garantir a própria segurança no Brasil de hoje apontou gastos que podem ser feitos apenas uma vez ou constantemente.
Gastos mensais, por exemplo, como pagar um guarda de rua em cotização com os vizinhos ou pagar mais caro pelo condomínio cujo prédio instale um sistema eletrônico de segurança. E gastos freqüentes, como pagar flanelinhas ou estacionamento toda vez que sai de casa, ou estruturais, como aumentar muros e botar grades nas janelas de casa, colocar sistema de alarme monitorado em casa ou apartamento, película protetora nos vidros do carro ou optar pela compra de um carro blindado, que no mínimo é o dobro do normal.
Dentre os produtos de segurança privada mais requisitados no momento, além de todo um vasto arsenal de gadgets, está a Taser, uma arma que permitiu a redução do número de indenizações nos Estados Unidos em milhões de dólares. Não sendo letal e de uso permitido no Brasil, as empresas prestadoras de segurança privada no País começam a protocolar autorizações para importar o equipamento junto aos órgãos do governo americano.
A Taser, já vista em muitos filmes policiais, paralisa a pessoa abordada por 5 segundos através de uma descarga elétrica, tempo suficiente para algemá-la. Nos EUA, esse tipo de arma diminuiu o número de indenizações pagas pelo governo às pessoas que eram alvejadas pela polícia. No Brasil, alguns organismos públicos já contam com a Taser, que passou a ser usada pelas polícias americanas a partir de 2000. A pistola também está em outros 45 países, incluindo o Brasil.
A Taser não substitui armas de fogo, mas cria uma etapa intermediaria nas ações policiais. Em algumas cidades americanas o número de tiroteios entre a polícia e suspeitos se reduziu a zero. Nos locais onde a Taser foi implantada a redução do emprego de armas de fogo é em média de 80%. Tem tudo para ser uma nova moda. Infelizmente, também pode ser operada por bandidos, que vão nos derrubar com o choque mas, pelo menos, nos deixarão vivos.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança / www.gentedeopiniao.com.br
csperanca@entner-net.com.br
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