Quinta-feira, 19 de julho de 2007 - 01h39
Recentes levantamentos mostram que quase um terço dos parlamentares do Congresso Nacional são objetos de processos. É tanto propineiro e sanguessuga, que é de dar medo. Como sempre, Rondônia dá sua contribuição neste percentual alarmante. Quase a metade de nossa bancada responde ou já respondeu ações na justiça.
Por falar em bandidagem na política, o site gentedeopinião estreiou a seção "Fora-da-Lei", destinada aos políticos corruptos e ladrões. O primeiro "agraciado", é ex-prefeito e ex-deputado estadual pela região de Alvorada e chegou a cumprir cadeião. Um detalhe: é um mero trombadinha perto dos políticos desta geração de sanguessugas e propineiros.
Os pescadores do Vale do Guaporé ampliam a mobilização contra a Lei Textoni, que proíbe a pesca nas bacias hidrográficas dos rios Mamoré e Guaporé. O magnata dos combustíveis, deputado Alex Textoni (PTN-Ouro Preto do Oeste) explica que seu propósito é tornar a legislação semelhante ao que se pratica no pantanal mato-grossense.
As boas relações entre o governo do Estado e a Assembléia Legislativa tem resultado na aprovação da esmagadora maioria dos projetos emanados do Palácio Presidente Vargas. A articulação de Juarez Jardim e do vice-governador João Cauhla ajuda, mas o que vale mesmo é a maioria governista de Dom Ivo: são 18 e as vezes até 19 deputados.
A cada eleição os políticos vão descobrindo amargamente que política realmente não é uma ciência exata. Nas eleições municipais passadas, por exemplo a contabilidade da dupla Mauro Nazif/Carlinhos Camurça - que juntos se acreditavam campeões de votos - ruiu pesadamente. Dos 130 mil votos aguardados, pouco mais da metade apareceu.
Sob medida
Ajustes políticos feitos sob medida, nas eleições seguintes, em 2006, também mostraram o quanto a política não é uma ciência exata. Everton Leoni (ele a estadual) montou uma dobradinha com Lindomar Garçon, especialmente para se reeleger. Ao final, aconteceu o improvável, o inacreditável: Leoni caiu do cavalo e Garçon alçou Brasília, devorando seu criador.
Coligação PPS/PFL
O que dizer da coligação PPS/PFL, montada especialmente para eleger os deputados estaduais Silvernani Santos, ex-presidente da ALE e Guilherme Erse, o genro (?) do governador Ivo Cassol? Prá início de conversa, as legendas satélites PTN, PSDC etc – acabaram se dando bem e a engenharia montada por Moreira Mendes só deu certo para ele próprio, que acabou se elegendo a federal.
Se elegeria fácil?
O senador Valdir Raupp, ao ser indagado sobre os processos que sofre no STF, disse que não quer ser mais governador em Rondônia e se quisesse se elegeria facilmente. A coisa não é mais assim, caro senador cara-pálida: Rondônia mudou muito, o PMDB caiu despenhadeiro a baixo e foi engolido pelo PT.
Outro cenário
Além do PT manter uma média de 30 por cento de votos no estado – o que pode garantir a reeleição de Fátima Cleide em 2010 – o cassolismo se espraiou por Rondônia. Até na capital Ivo ganhou em primeiro turno. Na região central, Acir Gurgacz fez 68 por cento dos votos válidos ao Senado em Ji-Paraná e também foi o mais votado nos maiores colégios eleitorais do Estado, como Porto Velho e Cacoal. O quadro mudou muito.
Em 4 de julho a BR 364, antiga 029, Marechal Rondon, atual rodovia JK, completou 47 anos. É uma história de miséria e progresso, heroísmo e covardia, a arrancada para uma das últimas epopéias colonizadoras do Brasil. Seu personagem principal é uma estrada: a BR-364. Antes dela, a próspera Porto Velho de hoje era um lugar remoto e inatingível, a não ser pela via ferroviária, com a construção da Estrada Madeira-Mamoré, a partir de Guajará-Mirim, de balsa a partir de Manaus ou de avião.
Recomendada por antigos planos rodoviários, a obra, no entanto, só foi delineada concretamente em fevereiro de 1960. Ávido por deixar seu nome definitivamente inscrito na história do país, já tendo em perspectiva uma futura reeleição, o presidente Juscelino Kubitschek, em reunião com os governadores dos estados do Norte, anunciou a autorização para construir a rodovia. Surgia ali o esboço da BR-29 ligando Cuiabá a Porto Velho e Rio Branco, abrindo de uma vez por todas o caminho à definitiva conquista do Oeste brasileiro. Uma rodovia que já foi chamada de Leste–Oeste e Brasil–Acre (sic).
Uma carta – Aquela histórica reunião foi relatada pelo coronel Paulo Nunes Leal a partir da inspiração da principal conclusão do encontro: a obra teria sido sugerida por um seringueiro, morador do Km-172 da Madeira-Mamoré, que por meio do jornalista Jorge Ferreira mandou uma carta ao presidente. Nessa reunião, já nos instantes final de seu governo, JK comentou a carta com Leal, então governador do Território Federal de Rondônia. Já havia construído a Belém-Brasília, completando a ligação Sul-Norte e anunciaria em seguida aos governadores do Norte a realização dessa obra com mais de três mil quilômetros.
A obra pode, de fato, ter sido inspirada na carta do seringueiro, mas JK consultou o governador Nunes Leal a respeito.
"Começarei amanhã" – No livro autobiográfico Por que construí Brasília, Juscelino relembra o momento em que fez à imprensa o anúncio da nova obra e alguém comentou: "Isso é uma loucura, isso é impossível! Como poderá fazer essa obra que equivale à Belém-Brasília?" Juscelino respondeu: "Começarei amanhã".
Foi assim que na mesma noite do anúncio da obra, JK determinou providências ao DNER para que fossem tomadas as primeiras medidas. A BR-29 começou imediatamente e nos primeiros meses, seis mil homens trabalhavam na estrada.
Em 4 de julho de 1960, pousa em Vilhena o avião DC-3 da FAB, conduzindo o presidente Juscelino Kubitschek para a derrubada da última árvore ainda existente no leito da projetada rodovia. A partir desse momento a obra seria uma conquista irreversível da gente do Oeste brasileiro.
*** O prefeito Roberto Sobrinho mantém mais presença nos distritos e região ribeirinha que seus antecessores *** Talvez até porque Ivo anda rondando o baixo Madeira com suas peladas de futebol *** O professor Pantera deve disputar uma cadeira a vereador pelo PC do B na capital *** O PSOL é o partido que mais cresce entre os jovens na capital rondoniense.
Fonte: csperanca@enter-net.com.br
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