Quarta-feira, 19 de agosto de 2009 - 06h12
Muitas turbulências
Nem é ano de eleições, mas Rondônia já ferve em turbulências. Recentemente tivemos a ocupação de hidrelétricas, fechamento da BR, manifestações indígenas etc. Agora, se prenunciam greves na saúde e educação. Um possível fracasso nas negociações pela transposição dos servidores e pela autonomia da Ponta do Abunã, podem transformar a capital num vulcão em erupção.
União política
Nos bastidores o quer se vê, é que é mais fácil galinha criar dentes do que aos políticos se entenderem por uma causa comum, que é o estado. Em cada bandeira rondoniense – pontes, viadutos, transposição etc – apresentam-se vários deles disputando a paternidade de obras que às vezes acabam nem saindo do papel. É lamentável.
Sonho de consumo
Sonho de consumo da maioria dos pretendentes do Palácio Presidente Vargas em 2010, o PSDB caminha para os braços da base aliada do governo.Ocorre que mesmo Expedito Júnior, deixando o Senado, já terá uma nova moeda de troca para negociar com os tucanos: ele é o ungido palaciano caso se confirme a cassação de Ivo Cassol, para a inevitável eleição indireta na Assembléia Legislativa. E o governador tem ampla maioria na Casa par fazer valer sua vontade.
Estratégia de ocupação
Como nas eleições anteriores, o governador Cassol trabalha na ocupação das legendas. Assim sendo, tomou posse do PP, escalou Odacir Soares para ficar com o PSL, o fiel escudeiro Nilton Capixaba permanece no PTB, e ainda tem domínio de forma indireta no PV (de Garçon e Miguel Sena), no PTN (Alex Testoni e Luis Cláudio) e por aí vai.
A base aliada
A base aliada do governo tem metas ambiciosas para 2010: eleger o novo governador (Expedito), dois senadores (Ivo e mais um, pode ser Tziu ou Neodi), 12 deputados estaduais (a metade da atual composição da ALE), e quatro federais (a metade dos oito parlamentares da nossa bancada federal). Lembrando que em 2006, Ivo transformou a oposição em farofa, mas 2010 a oposição acordou e esta bem mais articulada.
Enfim, os viadutos
A prefeitura de Porto Velho, com recursos do PAC já deu o pontapé inicial à construção de três viadutos na capital. O primeiro, já em obras, no trevo do Roque, vai acabar com um dos gargalos do trânsito local. Os transtornos serão inevitáveis, mas fazem parte do contexto, no canteiro de obras que se transformou a cidade nos últimos meses.
Partido em alta
Com a provável candidatura da senadora Marina Silva a presidência da República, que estuda sua transferência para o PV, à legenda verde se tornar um partido em alta em todo país, inclusive em Rondônia. Como Antenor da Shitati, presidência regional, o deputado federal Lindomar Garçon e o estadual Miguel Sena vivem descendo a lenha na´ex- ministra (são pupilos de Ivo), é provável que percam espaço no partido para verdinhos autênticos.
Donadons ficam
O presidente regional do PMDB, senador Valdir Raupp informou a militância da legenda, que o clã Donadon não deixará o partido. A confirmação da presença do grupo teria partido do deputado federal Natan Donadon. Como se vê, Raupp, depois de algumas baixas em Porto Velho e Guajará Mirim esta conseguindo reagrupar a legenda para a dura disputa das eleições do ano que vem.
Nos institutos
Os institutos de opinião começam a definir seus prováveis pré- candidatos ao governo em novas rodadas de pesquisas. Saem Moreira Mendes (PPS), Neodi Carlos (PSDC), (João Cahula (PP), Sueli Aragão (PMDB) e Fátima Cleide (PT), e entram: 1 – Expedito Júnior (PR) 2 – Confúcio Moura (PMDB) 3 – Acir Gurgacz (PDT) 4 – José Bianco (DEM) 5 – Roberto Sobrinho (PT), entre outros.
Do Cotidiano
A distribuição de prêmios
O que é mais necessário? Distribuir presentinhos a figurões da política e atletas famosos ou cuidar dos direitos das crianças? Para as autoridades brasileiras, mais importante é presentear os figurões, a julgar pelos gastos com uma e outra coisa registrados no primeiro semestre de 2009.
Crise sempre sugere contenção de gastos, redução de despesas, eliminação de itens desnecessários, rigor na aplicação de cada centavo. Principalmente se o centavo – e depois dele os milhares, milhões e bilhões – forem públicos. Mas para o Brasil, que tardiamente admitiu o impacto da crise mundial no plano interno, a gastança continua. Os aplausos são merecidos quando se trata de liberar recursos para a infraestrutura, mas continua a haver gastos inacreditáveis, inclusive ampliados onde seria conveniente e sadio pensar duas vezes antes de gastar.
Por isso mesmo, causa uma certa indignação em quem trabalha, luta contra a inadimplência e paga a carga tributária mais pesada do planeta, saber que os gastos da União no primeiro semestre deste ano com distribuição de prêmios a políticos, autoridades, personalidades, atletas, entre outros, cresceram quatro vezes em relação ao mesmo período de 2008. A questão que mais habitualmente aparece diante dessa notícia é bem pertinente: essa gente que já ganha tanto merece tantos prêmios assim num País com falta de recursos para tudo?
Aproveitando a transparência crescente que passa a haver na administração pública, pois, afinal, a Constituição a exige, o site Contas Abertas se tornou o must dos caçadores de incongruências na aplicação dos caraminguás do erário. Ao contrário daqueles que só perseguem o Executivo, ou só fiscalizam os parlamentares ou apanham excessos na Justiça, o Contas Abertas “pega geral” – uma espécie de “Bope” contábil.
Segundo o levantamento, a conta paga pelos órgãos públicos federais (incluindo Executivo, Legislativo e Judiciário) para custear “premiações culturais, artísticas, científicas, desportivas e outras” somou o montante de R$ 15,2 milhões entre janeiro e junho de 2009, em confronto com R$ 3,5 milhões registrados no ano passado. O montante desembolsado este ano é superior, por exemplo, à quantia aplicada com o programa de promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente em todo o ano passado, R$ 13,4 milhões.
Via Direta
*** O ex-prefeito de Guajará Mirim, Dedé de Melo (PDT) deve disputar uma cadeira da Assembléia Legislativa no ano que vem *** Em caravana, lideranças políticas e sindicalistas desembarcam em Brasília em setembro pela PEC da Transposição *** Com quatro pretendentes, o PMDB de Porto Velho esta rachado com relação a sucessão do seu ex- presidente Fernando Prado *** O novo comando terá um prazo para eleger o novo diretório definitivo
Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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